“Você está em todo canto, menos dentro de mim e isso dói”. — Sarah Miller.
Sarah.
Estava assistindo um filme enquanto Clare não cansava de me ligar, em plenas 23h.
No começo até ignorei, mas visto que ela não me deixaria em paz, atendi.
— caralho atende merda. — disse assim que coloquei o celular no ouvido, ou se não jogaria esse celular longe.
— aff Clare. — bufo.
— amiga aqui é tudooooo, tem uma vista linda!... E muito boy tô te falando. — suspiro, deitada de barriga para cima e os joelhos dobrados.
— Clare... — tento expressar meu desinteresse pela festa de hoje, igual como havia dito antes de voltar pra casa hoje.
— Jay tá aqui. — senti meu rosto queimar como um pisca pisca até parar.
Se repente a animação e agitação, se tomaram presentes em meu corpo, dando espaço para a vontade ir pra essa festa.
— para. — me sentei na cama trêmula, tendo o olhar expressivo. — não é como se ele fosse estar em todo canto né. — revirei os olhos enquanto sorria boba, pondo uma mecha do cabelo atrás da orelha.
— eu juro, vou tirar uma foto pera aí. — suspiro com certas esperanças, esperando que Clare esteja certa de suas certezas impossíveis
Ele não pode estar em todos os lugares que iremos frequentar tão de repente.
— droga, a mulher tá olhando, calma. — sinto um aperto no peito e as minhas esperanças somem.
— que mulher? — perguntei sem hesitar, me sentindo totalmente desesperançosa, levando o dedo a boca e mordendo minha unha.
— sei lá, ele tá bebendo e rindo com uma mulher... Mas ela é feia. — pontua como se quisesse amenizar as coisas
Por um segundo quis que não fosse ele.
Os pensamentos pessimistas me tomaram conta.
— deu, vê rápido... Meu Deus eu tirei foto de um Deus. — afastei o celular do ouvido olhando a imagem.
Meu coração se acelerou.
Era ele... Não existe ninguém que se pareça com Jay nesse mundo. Sua beleza era tão única. Até mesmo em uma foto ao qual ele estava distraído.
A mulher de pele pálida, magra, loira e em um vestido branco, estava sentada elegantemente à mesa enquanto ele ria de algo que contava a ela... Escorado na quina de madeira e com a postura...
Me senti pulsar.
Uma postura de um verdadeiro homão da porra.
— vem pra festa por favor, por mim. — implorou igual um cachorrinho sem dono, e eu queria, mais não queria ver aquilo diante de meus olhos. — por favor, Sarah! — se desesperou e eu levei a mão ao rosto deixando um suspiro sair pelos meus lábios.
Mesmo de coração acelerado, eu precisava entender que ele era um desconhecido gostoso, e se for pra acontecer, irá, é só questão de tempo.
Eu vou sentar nele uma hora ou outra.
— não vai me deixar em paz né? — falo convencida.
— não mesmo, e eu prometo, não vamos amanhecer aqui. Mamãe vem amanhã cedo me visitar... De novo. — senti a raiva em seu tom de voz, mas não dei corda a isso.
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• Paixão Obsessiva
Romance- que tudo se foda. - Disse ela. E seu assassino a fodeu dia e noite incansavelmente, enquanto ela implorava por mais. Sarah é filha de um dos maiores assassinos dos Estados Unidos. Além de crescer com traumas precisa sempre andar escondida pois seu...