4° capítulo

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“Não quero me gabar não mas... Te faria um estrago se te encontrasse dentro de quatro paredes”. — Jay Coleman.

Jay.

Não tirei os olhos de Sarah a noite inteira, afim de saber se ela estava bem.

Em um certo momento senti que ela me procurava e tive um sorriso de canto por isso, observando do segundo andar enquanto bebia.

Conhecendo ela bem, transaria comigo e no outro dia não me procuraria mais, achando que eu ficaria no seu pé.

Pois saiba que vou ficar a gente fudendo ou não, bebê.

Parece que fica mais satisfatório quando ela não tem ideia do estrago que eu posso causar em sua vida.

Desde o dia em que ela não estava olhando pra porra da frente dentro do shopping, eu não consigo mais ficar tão longe assim. Já que sempre fiquei por perto, mas nunca deixei que percebesse.

Deixei que ela se esbarrasse em mim para que eu pudesse olhar em seus olhos de perto. Para que pudesse imaginá-la chorando por me ver causando dor em John.

Entre eu e ela, a coisa é bem mais antiga do que parece, desde os meus 14/16 anos. Já oque ela acha que tem entre nós dois, não há nada, por que ela não sabe nem da metade.

Para ser breve, o seu querido papai massacrou minha família inteira e eu tive a sorte de sobreviver, mesmo com algumas cicatrizes.

E mesmo assim, cá estou, cuidando para que Sarah não sofra nenhum dano antes de sofrer em minhas mãos.

Seguindo ela de carro no meio da noite depois de perceber outro já fazendo isso. Chegando a passar a noite acordado em frente a sua casa garantindo que ela acorde viva no outro dia.

Essas são as famosas dívidas de John Miller.

Ela nem sonha que passei a noite a vigiando, enquanto vagava na sua conta do Instagram, observando cada detalhe das fotos quentes e maravilhosas que ela posta.

Por sorte, quando aquele carro percebeu que eu não iria sair, foram embora. Talvez deduzindo que chegamos juntos e ela não estava sozinha.

Sarah teve que virar em inúmeras ruas até chegar na sua e parabenizei ela o caminho todo pela estratégia.

Me divertia a vendo olhar inúmeras vezes pela janela, ela achou que estava sendo bem discreta e eu dei boas risadas com isso.

Não acho que Sarah mereça morrer, mas tenho certeza que John está cada vez mais próximo do perdão da justiça pelo corte de gastos e que em breve viverá como um cidadão comum.

Eu vou fazê-lo sofrer o bastante para se lembrar de mim.

Apesar da festa cansativa de ontem e a preocupação que tive em saber se Sarah voltaria bem, eu consegui acordar hoje às 06h para trabalhar.

Com a mão enfaixada para esconder os hematomas em meu punho, vesti a camisa branca e deixei para fora de minha calça já bem afivelada com o cinto.

Os sapatos nos pés e todo o resto já pronto em mim. Só faltava o perfume que passei no mesmo instante.

Dormi mal essa noite vagando pelos storys que Sarah fez na boate.

Ainda quebro aquele gay de merda ao qual coloca câmeras em seus quartos para espionar "homens bem dotados".

Sim, ele me revelou naquela conversa, falando especialmente de um cara aparentemente hetero no meio de nós, que já havia alugado um dos quartos várias vezes na companhia de diferentes mulheres.

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