77° capítulo

442 23 1
                                    


Sarah.

Três dias depois...

Eu passei um dia inteiro chorando. No caso, ontem.

Paul me ligou nos últimos três dias, com muitas notícias, boas e ruins. Disse que a empresa estava bem e que estava cuidando de tudo mesmo ela estando fechada.

Em meio a isso eu pedi que procurasse algo sobre a família Coleman pra mim, mais precisamente sobre as duas irmãs mais novas de Jay.

E ele achou...

Há um arquivo confidencial sobre dois corpos não encontrados. E pro público isso é só uma hipótese, porém isso realmente é verdade.

Dois anos depois do crime, a polícia iniciou uma busca pra encontrar ao menos os corpos.

Foram avaliadas as evidências novamente e nada. Procuraram no banco de crianças encontradas e que estavam sem indentidade e nada.

Eles tentaram e logo desistiram, sem nem mesmo questionar John por isso. Porém Paul se comoveu e ficou curioso. Claro, tive que contar que isso tinha ligação com o meu namorado que ele talvez ainda não tenha visto pessoalmente.

Paul quis reabrir o mandado de busca e estamos esperando por isso. E com certeza vai demorar.

Jay é um poço do silêncio, é assim que ele está a três dias.

Dei espaço, eu sei como não deve ser fácil.

O motivo de meu choro, é que Paul disse que talvez a audiência de John, seria marcada para 9 de fevereiro... Ou seja, logo ali adiante.

Eu não estava preparada, mesmo sendo só um "talvez".

Chorei horrores por conta disso, mais ainda por saber que eu não seria a advogada, seria a testemunha. Teria que falar sobre Ben novamente e oque eu vi.

— tá pronta? — suspiro pesado fechando o meu gloss e desgrudando os lábios.

— não. — eu estava com medo.

— é um "esporte", ninguém vai saber que estamos indo pra treinar. — engulo em seco e solto o frasco sobre a penteadeira, me virando para Jay com o coração acelerado.

— ele vai estar lá, sentado me olhando com aquele olhar autoritário. — noto as roupas de Jay, pretas e que o deixava lindo. — você tá lindo. — digo ainda preocupa e frustada.

— não vai passar por isso sozinha, e não vai encarar nos olhos dele. — concordo suspirando, não tirando minha visão de seu corpo.

Quando decidimos sair de casa, avisamos que faríamos um passeio de casal, para não precisar explicar a eles oque faríamos. O "esporte".

Jay continuava calado, mesmo que falasse com a gente, o seu olhar sempre era desconfiado e pensativo.

— quer conversar? — o carro já estava em movimento e o encarei. — eu sei que é um assunto seu... Mais... O resultado vai sair em duas semanas. — ele não me responde e resolvo dar espaço.

Depois do que Paul conversou comigo, Jay lembrou de uma clínica infantil que tinha, segundo ele, frascos de sangue que eram de suas irmãs.

Poderiam nem estar mais lá, mas Jay disse que era de um exame para descartar o câncer que havia na família de sua mãe. O laboratório, pra ser mais exata, conservaria os fracos até a próxima vinda das crianças. 

Mas elas nunca puderam voltar.

Ontem eu coletei sangue e mandei para os Estados Unidos, já que por incrível que pareça, os fracos ainda estão lá.

• Paixão Obsessiva Onde histórias criam vida. Descubra agora