35° capítulo

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Sarah.

Hoje o dia começou com um perrengue atrás de outro. Primeiro peguei um puta trânsito a exatos 30 minutos atrás, com direito a chuva e frio e mesmo dentro do carro, ainda estava gelado.

A boba não pegou nem um casaco. Mas eu usava minha calça jeans preta justa com uma blusa fina de gola para dentro, além dos saltos e meus acessórios. Casaco estragaria meu look.

Estava elegante, perfeita, mas dentro de um trânsito cheio!

Quando eu cheguei na minha empresa, já passavam das 9h e eu tinha uma reunião com um cliente às 8h.

— ele está na sala de espera, quer que eu mande para a sua sala ou para a sala de reuniões? — Lia me recepcionou sendo rápida em suas palavras.

— droga, não pode remarcar? — Lia me entregou duas pastas. — ele está esperando a um tempão, e eu não sei do que se trata... Deve ser um crime e tanto. — arregalou os olhos e eu pensei ser isso.

— ok, manda ele ir na minha sala em cinco minutos. — concordou e eu saí andando pra longe.

Em minha sala pude suspirar em alívio de ter chegado. Estava seca pois estacionei no estacionamento interno pra não pegar chuva... Mas lá fora, meu Deus, caía o mundo.

— aaai meu Deus! — deu um raio tão alto... Trovão, um trovão tão alto.

Mas falar raios, fica menos assustador.

Organizei minha mesa tentando ignorar o tempo ruim e deixei meu notebook ligando enquanto via a minha agenda. Julgamento pelos próximos três dias, mas não é concreto, contando que ainda não me comunicaram horários e datas certinhas. Preciso da resposta do tribunal primeiro.

Em alguns minutos, alguém bate na porta e como eu sabia que poderia ser o cliente marcado pra hoje, fui lá abrir para ele.

— Oi, tudo bem? — não era alguém da empresa.

Vestido formalmente com um terno cinza e cabelo lambido para o lado na cor loiro escuro, não deixei de notar os óculos e os olhos azuis.

— me chamo, Ethan. — sua mão foi esticada a mim e eu a apertei, notando o quanto era firme.

Ele era lindo, não vou mentir, mas muito... Certinho.

— por favor, entre. — o solto e dou espaço na porta.

Ele logo passa por ela e eu a fecho.

— então, oque lhe trouxe até mim? — ando em sua frente até minha mesa, ele me segue e então sugiro que se sente em um gesto que fiz.

— bom, primeiro preciso perguntar se fez faculdade pra estar aqui. — eu não entendi bem e minha cara, ainda gentil, mostrou isso. — é muito bonita e jovem. — o sorriso dele me encantou. Branquinho que só, dentes extremamente retos.

— bom... Obrigada, mas eu fiz faculdade sim. — ri já nervosa, entendendo que era uma piadinha.

— eu te procurei por que... Sua reputação é impecável. — improvisou, eu percebi.

— uhum... E qual o tipo de processo está enfrentando? — pego meu caderno abrindo em uma página em branco, onde anoto tudo sobre oque preciso saber sobre meus clientes.

O semblante dele de repente ficou pensativo mas ele disfarçava bem.

— eu estou envolvido em um crime. — anoto, tão rápido voltando a atenção a ele, que retirava do bolso interno do paletó, um celular.

Ele deu atenção ao celular por meros segundos.

— qual o tipo de envolvimento no crime exatamente? — ele não fez contato visual comigo até o segundo em que parou de olhar pra baixo.

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