“Não foi como eu queria, mas nessa noite você me despertou grandes coisas... E das grandes mesmo. — Sarah Miller”.
Continuação...
Sarah.
Abri todas as trancas da porta do closet ao notar que aquela voz pertencia a Jay do outro lado, e não ao John como estava em minha memória.
Aquelas lembranças foram tão de repente, que pareciam reais demais, como se eu tivesse me teletransportado pro meu próprio passado.
— Jay. — saio com todo cuidado do closet, logo abrindo a porta do banheiro que havia trancado e notando Jay parado na entrada de meu quarto.
Entrei em desespero.
— acabei de ir aí e não te vi. — anda em minha direção e tudo que consegui pensar, era em como estava feliz de vê-lo finalmente. — onde arranjou isso? — ele puxa a arma de minha mão, me encarando autoritário.
Desatei a chorar. Feito um bebê. Assustada não só com a situação toda em que estava acontecendo enquanto eu estava presa ao passado, mas por achar que Jay deu um fim em Matt e ele está agora de bruços em minha sala. Com uma poça se formando ao redor de seu corpo.
— a polícia veio aqui, levaram o Matt embora. Já tá tudo resolvido. — quis abraça-lo e movi meu corpo para isso, mas ele não me deixou se aproximar, segurando meu corpo de um lado e meu rosto de outro.
— eu vi.. — sussurro sem forças, querendo contar a alguém uma lembrança esquecida dentro de mim.
— hum? — murmura não entendendo, logo erguendo meu rosto ao dele.
Seus olhos dominantes me davam medo, mas de certa forma conforto.
— eu vi oque John fazia comigo. — crio voz para dizer mais alto, mesmo que junto a isso, minha vista dava os primeiros sinais se embaçando pelas lágrimas quentes.
— John tá pagando pelas coisas que deve ter feito por você também. — o encaro com desdém depois de ouvir tanta insensibilidade de sua parte.
Aquilo me causou mais dor. Minhas bochechas chegaram em uma temperatura dolorosa de sentir.
— pode achar que eu gosto dele... — digo baixo em meio ao choro tentando me livrar de suas mãos firmes. — mais não tem ideia das coisas horríveis que ele me fez passar... Que tirou de mim também! — me altero, querendo me soltar dele de uma vez, mas ele não deixou.
Me encarando sério, como se tentasse me ler, em um movimento inesperado, Jay me puxa para seu peito, onde deito o rosto e me permito chorar mais alto.
Poderia levar uma apunhalada pelas costas, mas me sentia protegida diante de tantos músculos, temperatura corporal e perfume masculino.
Mesmo ele sendo a porra do meu assassino!
A confusão em minha cabeça se tornou em medo e eu previa que não dormiria mais. Estava me entregando aos medos e desilusão em minha vida, que em algum momento perdi a noção da consciência, e quase cai.
— Sarah. — obviamente os reflexos de um assassino são perfeitos. Jay não me deixou deslizar nem mais um centímetros pra baixo e me levou pra cama. — deita. — fala mandão e apenas nego já me sentindo melhor.
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• Paixão Obsessiva
Roman d'amour- que tudo se foda. - Disse ela. E seu assassino a fodeu dia e noite incansavelmente, enquanto ela implorava por mais. Sarah é filha de um dos maiores assassinos dos Estados Unidos. Além de crescer com traumas precisa sempre andar escondida pois seu...