35 - Desperate touches

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Lisa's Pov...
[24/04/2021]

Quando aqueles beijos se tornaram tão brutais? Quando os nossos toques se tornaram tão desesperados? Quando passei a ansiar tanto por seu toque de novo? Talvez eu tenha transformado a raiva de vê-la beijar outra pessoa em desejo; isso explicaria o meu desespero de senti-la ainda mais contra mim. Suas investidas em meu colo me faziam querer tirar as nossas roupas e transar naquela cadeira. Se não fosse as pessoas festejando dentro daquela casa, seria exatamente isso o que eu faria.

Estávamos sentadas em uma das cadeiras de madeira da varanda – corrigindo, eu estava sentada na cadeira, e Jennie estava sentada em meu colo –, nos beijando de uma forma tão intensa que eu já não tinha mais fôlego, mas mesmo assim não parava de beijá-la. Deixei com que Jennie tomasse conta do meu corpo, descendo os beijos para o meu pescoço, chupando-o levemente com sua boca delicada e inchada de tanto que eu a suguei.

Sem um pingo de vergonha e timidez, uma de suas mãos desceu até minha virilha, a apertando de leve, estava tão dura que não queria mais ficar presa àquela cueca box e nem àqueles jeans. Foi quando Jennie tirou minha jaqueta de couro, me deixando apenas com o cropped branco. Quando Jennie ficou tão confiante em relação ao sexo? Não vou mentir, não estou achando ruim. Nunca ninguém me fez sentir o que essa garota me faz, ela tem um poder sobre mim que ninguém tem noção; ela me tem na palma da mão, e é exatamente esse o problema.

Apertei sua bunda com força, a fazendo rebolar contra meu colo outra vez. Suas mãos agora se encontravam em meu rosto, enquanto ainda beijava meu pescoço. Levei a cabeça para trás, arfando, depois olhei para o corpo da garota sentada em meu colo. Aquele vestidinho justo ficava ótimo em seu corpo, os bicos dos peitos quase visíveis através do vestido de tão duro que estavam. Tive que me segurar para não subir a barra de seu vestido um pouco mais para cima e deixar sua bunda à mostra. O vestido era curto, mais alguns movimentos e ele subiria sozinho, então eu o baixei sem pensar duas vezes; afinal, estávamos praticamente em público.

Essa festa não acabaria tão cedo, e eu tinha certeza daquilo. Festas assim duram até o amanhecer. Queria estar em um daqueles quartos dentro da casa, com Jennie abaixo de mim, nua e implorando por mais, mas em vez disso estava sentada ali fora, exposta e limitada. Subi minhas mãos do seu quadril até seus peitos, apertando os bicos ainda por cima do vestido. Eu queria poder fazer mais do que apenas masturbá-la, queria muito fazer mais do que isso, mas não posso, não aqui.

— Lisa. - Ela murmurou, jogando a cabeça para trás quando eu penetrei dois dedos em seu clitóris.

— Me beija, Nini. - Pedi para que ela pudesse abafar seus gemidos. Por mais lindos que eles fossem, não queria que ninguém ouvisse. Ela nem sequer pensou duas vezes, pegou em meu rosto e me beijou de forma calma, no mesmo ritmo em que eu mexia meus dedos dentro dela.

Pude sentir o cheiro forte de álcool quando ela gemeu contra os meus lábios. Ela remexia os quadris lentamente, decerto estava tentando ter mais contato com meus dedos; ela teria mais contato... se estivéssemos em um quarto. Ela gemeu e escondeu o rosto em meu pescoço, envolvendo os braços ali mesmo.

— Lili... isso. - Sussurrou. Como uma simples junção de palavras pode acabar com o psicológico de um ser humano? Ela continuava se mexendo em meu colo, gemendo baixinho e arfando em meu ouvido. Ela levou uma de suas mãos até a minha nuca, onde entrelaçou os dedos em meus cabelos e os apertou levemente. — Eu tô quase. - Isso me incentivou a continuar. Só mais alguns movimentos lentos, e ela finalmente liberou seu orgasmo, dando suspiros e leves espasmos.

Ela parecia estar sensível, mas dava para notar que ela queria mais. Eu queria mais. Percebi sua cara de decepção e um grunhido sair dela quando tirei minha mão de sua calcinha. Acabei de dar a ela um orgasmo e ela está achando ruim? Eu a olhei enquanto recuperava a respiração. Quando Jennie ficou tão gostosa e atraente? Seus cabelos estavam bagunçados e grudados ao rosto por causa do suor, seu semblante estava cansado e ofegante, os lábios avermelhados e inchados, os olhos cheio de desejo e algum outro sentimento que não conseguia distinguir.

— Se levante. - Ordenei com a voz séria. Ela pareceu decepcionada e triste, mas fez o que eu pedi. Se levantou e abaixou o vestido. Me levantei pegando minha jaqueta para cobrir meu volume e segurei o punho de Jennie, a puxando apressadamente para dentro da casa – mais especificamente para dentro de um quarto. Coloquei a mão em um dos bolsos, sentindo o pequeno pacote metálico. Ótimo, não esqueci.

Notei seu semblante mudar quando percebeu. Iríamos realmente fazer aquilo. Se eu não acreditava, quem dirá ela. Estava tão necessitada que nem pensei duas vezes antes de largar minha jaqueta no chão e tirar a blusa, ficando apenas de calça e sutiã. Os olhos de Jennie se ilumiranaram quando me aproximei mais, pegando a barra do seu vestido, ameaçando tirá-lo de seu corpo. Quando estava fazendo isso, ela me impediu e sussurrou:

— Deixa eu te provocar primeiro. - E foi aí que eu percebi que ela estava alterada por conta da bebida, mas não dei a mínima.

— Já não acha que me provocou o bastante lá fora? - Rebati sem hesitar. Ela riu, o som da sua risada delicada ecoando pelo quarto que agora se encontrava cheio de tensão sexual. Dava para sentir o clima pesado a quilômetros de distância.

— Não me olha assim. - Pediu, corando levemente.

— Assim como? - Não consegui conter o sorriso. Meu coração acelerou só de ver Jennie colocar um mecha de cabelo atrás da orelha. Olhei para o seu corpo quando ela juntou as mãos atrás de si. Preciso livrá-la desse vestido, eu pensei, me segurando ao máximo para não fazer isso.

— Assim. - Ela me olhou nos olhos. Eu fiquei parada sem ao menos saber o que falar ou responder. — Vai ficar parada? - Perguntou, um certo tom de ironia em sua voz. Como já esperado, ela me beijou – por que não conseguia me acostumar com o beijo dela? –, entrelaçando os braços em meu pescoço enquanto ficava quase na ponta dos pés para me beijar melhor.

Eu a peguei pela cintura, colando seu belo corpo ao meu, o tesão crescendo ainda mais dentro de nós. Ah, pelo amor de Deus, como essa mulher conseguia acabar comigo desse jeito? Sem pensar duas vezes levei uma das minhas mãos até seu peito, o apertando com uma certa força e brutalidade, o que fez ela gemer em meus lábios. Suas pernas enfraqueceram, então a segurei com a mão livre e fiz com que ela envolvesse suas pernas em meu quadril.

A coloquei na cama sem nenhuma delicadeza, mas ela não pareceu achar ruim. Ficando sobre ela, eu explorei seu corpo com a mão enquanto me apoiava com a outra. Preciso dela nua. E assim eu fiz: tirei aquele maldito vestido. Se ela era linda de roupa, sem roupa ela parecia uma obra-prima pintada pelos deuses com muita atenção e capricho. Seus seios naturais, nem tão grandes nem tão pequenos – o tamanho perfeito –, as curvas delicadas, os ombros perfeitamente alinhados, as coxas grossas e, com toda e absoluta certeza, o tesão que se instalava em seu corpo. Aquele desejo, a ansiedade, a excitação – tudo isso deixava seu corpo ainda mais bonito.

Notei sua vergonha em ficar quase completamente nua em minha frente. Não entendi muito; afinal, não tinha pelo o que se envergonhar. Jennie deitada sob mim foi a melhor coisa que eu já vi em toda a minha vida. Estava em estado crítico, meu coração já não tinha um ritmo normal, e isso porque eu nem comecei a fodê-la. Como conseguia ansiar tanto por alguém como ansiava por ela? Ah, Jennie, o que foi que você fez comigo?

just friends... right? - jenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora