44 - Inanimate object

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Lisa's Pov...
[04/07/2021]

Como e por que Jennie estava falando todas aquelas coisas? O que eu lhe fiz para me provocar desse jeito? Quem atrapalhou nossa quase foda foi ela, e quem estava pagando por isso era eu. Ela parecia fazer de propósito, não parecia ser a bebida falando mais alto... mas talvez tenha algo ali nela que a fez falar tudo isso. O que seria? Foi quando ela começou a rir. Ela estava se divertindo com aquilo.

— Você tá gostando, não tá? - Ela continuou rindo. — Porque sabe que estou sentindo tesão e uma vontade avassaladora de abrir suas lindas pernas e te foder com força nesse chão. - Falei sorrindo.  Nada do que eu disse era mentira. Ela cessou a risada aos poucos, me olhando com um sorriso fraco. — Parece que eu te deixei sem palavras.

— Na verdade, não. Posso continuar falando se você quiser. Falando de como você não sabe foder direito, de como fica louca pra me ter, de como você quer trepar comigo até quebrar a porra da cama. - E me aproximei dela, ficando sentada em seu colo antes de deitá-la no chão e ficar por cima dela.

— Repete. - Eu falei, ameaçando ela de certo modo. Ela não hesitou, falou sem o mínimo receio.

— Você não sabe foder. - De onde ela tirava tanta coragem? Nem parecia a mesma Jennie que se sentou naquela cama comigo mais cedo, agindo como se eu fosse algum bicho de fome insaciável, com medo de ficar tão exposta naquele pijama que lhe caía muito bem. Eu sabia muito bem o que havia de errado nela. Ou eu a conhecia ou ela não sabia disfarçar; afinal, seu desconforto estava óbvio.

— É o que você acha? - Ela fez que sim. Ela sabia que tinha ferido meu ego, era essa sua intenção. Ela levou suas mãos até meu rosto, me levou para mais perto, quase tocando nossos lábios, envolveu as pernas em meu quadril e me beijou. Só conseguia sentir seu hálito de cerveja misturado com algum gloss labial novo.

Nada nos impedia. Tirei aquela maldita blusinha preta de alcinhas, livrando seus seios bem projetados. Estava tão pronta pra mim, me fazia ansiar tanto, me fazia realmente querer trepar com ela até quebrar a cama. Ela sorriu enquanto eu a encarava; a cara de quem estava satisfeita por me fazer perder o controle.

Uma enorme vontade de provocá-la, lhe dar o troco se fez presente em meu corpo. Ela merecia. Estava muito abusada, sem medo do que iria acontecer depois. Foi quando comecei a beijar seu pescoço, eu sabia o quanto ela adorava que eu fizesse isso, então nem hesitei. Minhas mãos percorriam seu corpo lentamente, sentindo a sua pele macia, seus pelos se arrepiando.

Ela suspirou meu nome quando cheguei em seus seios, a vontade de me sentir naquela região presente no seu corpo inteiro. Mas não dei a mínima para eles, e ela soltou um grunhido triste. Beijei sua barriga com beijos molhados. Ela tentava não demonstrar o prazer, mas ela não conseguia. Ela dava um suspiro a cada beijo, o seu corpo quente com o efeito do tesão. Não precisava fazer muito para provocá-la.

— Lisa. - Notei seu tom de fala, estava pedindo misericórdia.

— Diga. - Ordenei, a olhando.

— Eu quero... - Tentou pegar mais fôlego, estava ofegante apenas com beijos, e eu adorava isso nela. Subi até seu pescoço e o beijei, fazendo uma trilha até seu ouvido.

— Diga, Jennie. - Dei a ordem mais uma vez. Minha voz em seu ouvido provocou algo nela, mas não sabia ao certo o que era.

— Quero sentir você. - Seu tom manhoso me fazia perder o juízo. Mas não fiz o que foi pedido, e ela pareceu odiar. Apenas continuei beijando seu pescoço, ela parecia triste e sem vontade de continuar. — Eu... - Tentou dizer, mas a beijei. Antes que ela pudesse me afastar, levei uma das mãos até a barra de seu short, tentando tirar ele sem deixar de beijá-la.

Notei sua calcinha ensopada – parece que eu tinha conseguido provocá-la o suficiente –, então a tirei. Baixei minha calça e cueca, pronta para me encaixar nela, fazer seu pedido, sentir o prazer que tanto esperávamos, mas ela me impediu; tocou meu braço e parecia não querer ter que impedir. Mas o que houve com ela? Meu coração gelou no momento em que algo horrível passou pela minha cabeça. Jennie estava se recusando a fazer sexo comigo. Foi quando ela se pronunciou, acalmando todas as minhas paranoias.

— A camisinha. - Ela foi curta, mas notei seu tom entediado; ela tinha parado a foda para lembrar desse mísero detalhe. Onde está? Me perguntei, sem lembrar se havia trazido. Me levantei e, sem vontade e totalmente irritada, fui até a minha mala, que se encontrava no closet.

— Que merda. - Murmurei, sentindo a vontade de transar se dissipar. Estava tão ansiosa para senti-la de novo, estava com tanta vontade, mas a vontade estava saindo do meu corpo. Foi quando eu achei a porra da camisinha, o infeliz objeto inanimado que tirou toda a minha vontade de foder junto com Jennie.

Não esperava ver Jennie na minha frente assim que saí do closet, provavelmente foi ver se eu tinha achado. Ela esquadrinhou meu corpo, procurando a camisinha, e a achou em uma das minhas mãos. Mas ela não fez nada a não ser me olhar. Seus olhos escuros me fitavam com atenção, parecia estar lendo minha mente ou algo do tipo. Precisava explicar para ela, não podia simplesmente me deitar e dormir, ou ir para o banheiro como uma tentativa de fuga.

— Jennie. - Falei, sem a mínima coragem de quebrar o contato visual. — Eu... - Não conseguia falar. Como explicaria para ela? — Acho que eu... - Foi quando decaí meu olhar sobre seu corpo. Ela estava totalmente nua e eu nem tinha percebido. Como meu tesão voltou tão rápido? Em um ato totalmente inconsciente – mas muito consciente –, eu disse. — Acho que quero trepar com você até quebrar a cama. - Eu não tinha cuspido aquelas palavras de uma vez, não tinha dito da boca pra fora; algo em mim me fez falar sem pensar direito.

just friends... right? - jenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora