just friends... right? - jenlisa

14 - Porn

Jennie's Pov...
[05/03/2021]

Tudo estava indo bem. Durante aquela semana, eu não pensei uma vez sequer na possibilidade de perder minha virgindade com Lalisa. Isso é bom, não é? Voltamos ao normal. Nenhuma toca naquele assunto, me sinto aliviada por isso. Mas talvez seja necessário, de certa forma. Na verdade, eu não sei. Uma pequena parte de mim quer. Ainda seria estranho. Lalisa estava bem menos ocupada como estava nos dias anteriores. Talvez já transou com todos da faculdade e não tenha mais ninguém. Às vezes me perguntava se Sullyoon e Ningning já... vocês sabem, com ela.

O dia estava tranquilo, o tempo estava fechado, e eu torcia para que chovesse, adorava dias de chuva. As aulas terminaram mais cedo, o que era incrível. Final de sexta, à noite, no frio. Dia perfeito para... transar?

Assim que abri a porta do quarto, pude ver Lalisa deitada na cama. Abaixo dela, uma menina totalmente pelada. Eu simplesmente travei. Via as mãos de Lisa percorrerem o corpo nu da garota. Os lábios duelando com os da garota. Um sentimento horrível apertou em meu peito. Ciúmes... ou será que era inveja? Demorou para que as duas me notassem ali. Lalisa parou assim que sentiu minha presença. A garota seguiu o olhar da mesma, me vendo logo depois.

— Jennie? Tá fazendo o que aqui? - Lisa disse, tentando parecer casual, mas falhando miseravelmente – era impossível. A garota se cobriu com o lençol e sorriu com vergonha.

— Eu durmo aqui. - Respondi, seca. Mais alguns segundos, e percebi que estavam usando minha cama. Eca. — Se quiserem continuar, eu sa...

— Não precisa. A gente já acabou. - A menina pareceu meio decepcionada. Lalisa se levantou e juntou as peças da menina. Me virei, para dar "privacidade" para ela se vestir. Ao finalizar, ela só se aproximou da porta, me olhou com uma cara de cu, saiu do quarto e se afastou batendo os pés. Talvez estivesse com raiva por eu ter atrapalhado sua foda.

— Li...

— Pode só esquecer que isso aconteceu? - Pediu. Esquecer, é claro.

— Deve ser fácil pra você. - Disse, mandando uma grande indireta pra ela.

— O quê?

— Não precisa fingir.

— Jennie, do que você está...

— Eu sei que você não lembra.

— Não lembro do quê? - Sorri ironicamente, e ela estranhou.

— Tá óbvio.

— Só pedi pra esquecer isso. - Ela disse, na defensiva.

— Esquecer que nem esqueceu que eu pedi pra transar com você? - Por que eu estava fazendo isso? Por que eu tinha que tocar nesse assunto? Lalisa apenas me olhou, boqueaberta.

— Não quero discutir com você. Não transo com você por você ser inocente demais pra isso. - Ela passou por mim e saiu no quarto. Inocente? Essa é a desculpa dela?

Algumas horas depois, me deparei assistindo... pornô. Talvez, se eu soubesse o suficiente, teria chances. Por que exatamente eu quero tanto isso? Lalisa quer isso também? Eu creio que não, mas não custa tentar, não é?

Olhava atentamente a mulher chupar o órgão do homem musculoso. Por que minha intimidade pulsava desse jeito? Minha respiração se desestabilizou, tentava ao máximo controlá-la. Mais alguns minutos, o homem dava estocadas violentas dentro da mulher de cabelos castanhos. A expressão dela me fez questionar se isso é tão bom quanto aparenta. Após acabar o vídeo, eu fui ver outro. Na maioria das vezes, tinha uma historinha antes, o que era estranho, mas muito engraçado. Elas começaram a tirar a roupa uma da outra. A morena levou a boca até o seio da ruiva, mordiscando levemente. Minha intimidade começou a pulsar mais, tanto que chega doía. Isso era normal? Sentia meus mamilos duros pela excitação roçarem contra o tecido do meu pijama.

Quando menos esperava, Lisa entrou no quarto. O susto que eu levei não tá escrito. Ela parou e estranhou o som que saiu do meu notebook antes de eu o fechar. Ela franziu o cenho, fechando a porta atrás de si. Me observou atentamente. Provavelmente percebeu minha respiração descontrolada e o suor escorrer pelo meu pescoço.

— O que estava fazendo? - Olhou para o notebook, depois olhou para mim.

— Nada de mais. - Mentira. — Apenas estudando. - Outra mentira. — E você? - Perguntei, tentando parecer casual.

— Estava com uns amig... Por que você tá agindo assim? - Nem terminou sua primeira frase. A curiosidade gritava dentro dela, e eu percebi pelo jeito que ela perguntou aquilo.

— Agindo como? - Arqueou as sobrancelhas, como se parecesse óbvio. Sim, Lisa, era óbvio. Ela se aproximou com passos largos e pegou meu notebook. Tentei tomar, mas ela se distanciou. Me levantei da cama para tentar novamente, mas era tarde demais, ela já tinha aberto o notebook.

— Jennie! - Pareceu indignada. Tá, assistir porno é horrível, mas também não é o fim do mundo. — Você é uma tarada! - Zombou. Jura, Lisa? Eu que sou a tarada aqui?

— Me devolve isso! - Dei um pequeno pulo para pegar o notebook e consegui. O fechei novamente e o joguei na cama, agindo como se nada tivesse acontecido.

— Estava vendo pornô lésbico, lindinha? - Perguntou, tirando sarro da minha cara. Ela abriu a boca e franziu a testa. — Estava estudando isso? - Ela pareceu animada. Minha expressão era séria, aquilo não tinha a menor graça.

— O que tem de ruim nisso?

— Há quanto tempo?

— Há quanto tempo o quê?

— Há quanto tempo você assiste pornô?

— Não te interessa. - Seu sorriso sumiu, mas a expressão de indignação continuou. Ela sabia, e eu sabia que ela sabia.

— Por que ultimamente você só pensa em sexo? Hein, sua taradinha? - Bagunçou meus cabelos. Estava com uma vontade avassaladora de esmurrar Lisa naquele exato momento. — Não me diga que quer perder a virgindade? - Ela sabia fingir tão bem. Ou ela realmente não se lembrava.

— Você não lembra mesmo, né? - Perguntei. Ela parou de sorrir. — Não lembra de falar pra mim que eu estava bêbada demais pra sentir prazer quando praticamente pedi pra transar com você? E agora? Eu não bêbada, estou? Então o que te impede de me foder nesse exato momento? - Tá, até eu me surpreendi com o que eu disse. Ela não esperava que ia dizer isso, nem mesmo eu esperava isso. Mas, de certa forma, eu estava certa. Ela apenas me olhou sem saber o que falar. Consegui a deixar sem palavras. Talvez aquela não fosse a primeira vez – e nem a última.