just friends... right? - jenlisa

36 - Good morning

Jennie's Pov...
[25/04/2021]

Eu estava realmente nua na frente de Lisa ou era apenas minha imaginação fértil inventando tudo aquilo? Lisa iria mesmo transar comigo? Tinha tantas perguntas que elas ficavam entaladas na minha garganta. Fazia mais ou menos dois minutos desde que Lisa tirou o meu vestido e ela não fez absolutamente nada a não ser me olhar com uma expressão indecifrável. Parecia estar gostando muito do que estava vendo. Foi quando ela começou a beijar meu pescoço, e eu aproveitei para livrá-la daquele sutiã. Levei minha mão até o feixe de seu sutiã e o abri, descendo as alças pelos seus ombros, a livrando daquela peça.

Ela sorriu enquanto ainda dava leves mordidas na região do meu pescoço. Quando ela se afastou do meu pescoço, percebi que já estava abrindo o zíper de sua calça. Meu Deus, é hoje, pensei. Um arrepio que desceu do meu coração até minha intimidade me fez ficar nervosa. Estava prestes a perder a minha virgindade com Lalisa... minha ex melhor amiga. O que seríamos a partir dali? Teríamos algum título? Querer um romance/relacionamento após o sexo chega a ser clichê, até.

Do nada tudo ficou mais quieto, apenas nossas respirações ofegantes e a música abafada da festa ao fundo. Meu coração pulsava em meus ouvidos, podia escutá-lo claramente, cada batida. Lalisa estava de joelhos entre minhas pernas, botando aquela maldita camisinha; por que Lalisa tinha que ser tão... tão, argh, nem sei o que dizer. Notei seu semblante e comportamento mudar, ela conseguia ser tão instável que até me assustava.

— Isso vai doer um pouco. - Ela levou o corpo para frente, ficando totalmente em cima de mim, me olhando nos olhos enquanto alisava minha perna. Devagar, ela encaixou seu membro entre minhas pernas; senti minha intimidade arder, ao passo que ela ia cada vez mais fundo dentro de mim. Ela apenas penetrava, não se mexia nem estocava, estava esperando eu me acostumar com ela dentro de mim. — Tudo bem? - Perguntou, chegando quase no meu ápice.

— Sim. - Arfimei. Foi quando ela atingiu meu ápice. Gemi quando ela tirou seu membro e penetrou novamente, ainda lentamente. Olhei para o lado, tentando controlar a respiração.

— Olhe para mim, Nini. - Ela ordenou enquanto me penetrava mais uma vez. Eu a olhei no olhos; seus olhos escuros e profundos me causavam uma coisa na barriga... Borboletas. Gradativamente, ela aumentou a velocidade, os meus gemidos aumentaram também.

— Lisa. - Murmurei baixinho, ao passo que ela me penetrava, ainda com delicadeza. E foi quando eu parei para pensar: se aquilo era estar sendo delicada, imagina quando...

— Porra, Jennie. - Seu gemido saiu rouco e descontrolado, irrompendo meus pensamentos. Sua voz não era mais fria e seca, tinha algo a mais no seu tom de voz, algo que me fazia sentir bem, me fazia sentir que iria ficar tudo bem entre nós, mesmo que aquele não fosse o melhor momento para pensar nisso.

Apertei seu braço com toda a força que eu consegui, sentindo tamanha satisfação com suas estocadas dentro de mim. Notei a brutalidade dos estoques aumentarem quando eu gemia mais alto. Lisa afundou o rosto na curva do meu pescoço, abafando seus gemidos ali, me fazendo sentir seu hálito de álcool misturado com menta; era uma boa combinação. Ela me olhou novamente, sua expressão indicava que estava sentindo prazer tanto quanto eu.

— Olhe para mim, lindinha. - Não importava o quanto eu tentasse, Lisa não me deixava quebrar o contato visual. O que ela queria? Que eu gozasse olhando nos seus olhos? Isso é tão clichê quanto querer um relacionamento após o coito.

— Ah, merda. - Deixei escapar quando senti um aperto na minha coxa, seguido por um leve tapinha de Lisa. Eu não conseguia mais segurar, mas eu tentava; não queria adiantar meu orgasmo, mas estava quase impossível. Quanto mais demorasse para gozar, mais duraria, e era exatamente isso o que eu queria. Foi quando Lisa apertou meu peito e me fez vacilar, eu estava gozando, e que orgasmo incrível. — Ah, meu Deus! - Grunhi enquanto Lisa ainda me estocava na mesma velocidade de antes. Até que ela desacelerou os movimentos; estava gozando.

— Puta que pariu. - Rosnou contra meus lábios antes de selar os mesmos em um beijo casto, até. Ela retirou seu membro de dentro de mim. Desviei o olhar ao notar o pouco de sangue na camisinha. Ela se levantou, indo até o banheiro, provavelmente jogar a camisinha no lixo. — Não vai vim? - Perguntou, deixando só a cabeça para fora do banheiro. Ela quer que eu tome banho com ela? Me perguntei, ainda deitada na cama, olhando para ela. 

— Pode ir primeiro. - Ela deu de ombros e fechou a porta. Escutei o som do chuveiro; um som tranquilizador, até. Nem percebi que estava de olhos fechados. E quando eu menos esperava, eu estava dormindo, sonhando com algo que parecia ser a praia, Lalisa e uma outra garota que não me era familiar.

— Lili, preciso de contar uma coisa. - Falei com insegurança, enquanto caminhávamos descalças na areia, o vento forte batendo em nossos rostos, o sol quente mas confortável.

— O que foi? - Foi quando ela se virou para mim, e eu percebi o quão linda ela estava.

— Eu te... - Alguém gritou, me interrompendo. Olhamos na direção da voz, uma menina de cabelos loiros acenava de longe, sorrindo com o seu melhor sorriso, o vestido branco soltinho voando ao vento e seus cabelos também. Ela correu até nós e prendeu Lisa em um abraço forte e apertado, cheio de carinho.

— Que saudades. - Falou Lisa antes de selar os lábios da garota. A clássica sensação de arrependimento, dor, decepção e tristeza se fez presente em meu corpo. — Jennie, essa é minha namorada. - E foi aí que aqueles mesmos sentimentos aumentaram ainda mais. Sem conseguir segurar, deixei as lágrimas caírem e saí correndo para longe dali.

Tropecei em alguma pedra e eu estava no mar – no fundo do mar. Não conseguia me mexer, eu estava me afogando. Ouvia risadas femininas ao fundo – a risada de Lisa. "Eu te amo, Lisa", ouvi a voz da garota. "Também te amo", Lisa disse. A dor me apunhalava, meus pulmões sem ar me faziam querer chorar – ou até mesmo morrer. Minha visão turva... eu estava morrendo.

Acordei com a respiração descontrolada, o coração a mil por segundo. Que merda de sonho foi esse? Sentia saudades de quando eu sonhava com Lisa em cima de mim, me beijando e me estocando. Eu não conseguia respirar direito, parecia que ainda estava afundando na água salgada do oceano. Cobri o rosto com as mãos, tentando me acalmar. Foi apenas um sonho – estava mais pra um pesadelo –, repetia para mim mesma, tentando controlar a respiração.

Me deitei novamente. Não conseguia mais fechar os olhos sem lembrar daquela cena. Me mexi e percebi que não estava sozinha. Lisa dormia bem ali do meu lado, o lençol cobrindo do seu quadril para baixo, deixando exposto seu busto e seu sutiã preto de renda. A luz do sol batendo em sua pele clara, suas bochechas e os lábios levemente avermelhados. E eu me lembrei de tudo, de cada mísero detalhe possível, cada toque, cada gemido e suspiro que demos de madrugada.

Sem ao menos perceber, já estava sorrindo bobo. Desviei meu olhar dela e me aconcheguei nas cobertas, ficando de costas para ela. Senti seu braço em minha cintura, me envolvendo em um pequeno abraço, seu corpo chegando mais perto do meu. Inconscientemente meu coração acelerou. Ficava impressionada de como eu mesma podia me trair daquele jeito.

— Bom dia. - Ela sussurrou, a voz rouca, ainda com sono. A vibração de sua voz me causou um arrepio que demorou para cessar. — Você dormiu em vez de tomar banho. - Ela falou, se afastando de mim, deixando um vazio ao meu lado. Percebi que eu estava totalmente despida e apenas o lençol me cobria. Notei ela entrar no banheiro e ligar a torneira. — Você vem comigo. - Sem eu perceber, ela já estava na minha frente, me puxando pelos braços para eu me levantar da cama e ir ao banheiro junto com ela.

— Lisa... - Resmunguei quando pisei no chão frio do banheiro.

— Você tem que se limpar. - Ela falou, um tom protetor e levemente mandão na voz. — Se divertiu demais ontem à noite. - Eu saquei sua indireta. Notei seu olhar queimar minha bunda enquanto eu ligava o chuveiro na água quente. — Água quente não. - Ela falou, enquanto tirava o sutiã. Acho que nunca iria me acostumar a vê-la sem roupa. — Nós bebemos ontem, precisamos de um bom banho gelado. - Abri caminho para que ela mudasse para a água fria, olhando fixamente para os seus seios incrivelmente bem projetados.

Nós tomamos banho. Por mais incrível e surpreendente que fosse, foi um banho sem nenhuma malícia. Tá, talvez algumas trocas de olhares, alguns olhares em partes que não deveríamos olhar com tanta naturalidade e alguns toques não propositais – talvez nem tanto. Será que estávamos bem? Será que ela deixaria de me evitar? Nós transamos, e o mínimo que ela podia fazer é continuar mantendo contato comigo depois disso.