Jennie's Pov...
[05/11/2021]Tá, eu sei que eu deveria reagir. Como é que é a pergunta. Ouvir aquelas palavras saindo da boca dela era um tanto quanto raro. Não. Era muito raro. Ela foi a maior pau no cu? Sim. Eu ligo? Não. Sinto que estou fodidamente apaixonada por ela. Ela nem imagina o quanto. Sem saber o que dizer, meus lábios foram de encontro aos dela, tentando beijá-los da forma mais carinhosa que eu podia.
Quando me afastei, fui tomada por uma vontade incontrolável de dizer aquelas três palavras que podem estragar todo o momento em segundos. Mordi meu próprio lábio, me forçando a ficar calada, forçando meu coração a ficar quieto.
— Tá, isso tá ficando estranho. - Ela tentou mudar de assunto. Eu ri, ainda com aquelas três palavras querendo sair. Não podia estragar tudo. Eu fiquei calada. Tinha medo de que aquela frase pudesse escapar assim que eu abrisse minha boca. — E o seu quadro? - Ela esquadrinhou o quarto, procurando pela pintura. Minha mesa continuava uma bagunça, tantos pincéis, tintas, papéis e rascunhos ali em cima que me dava uma agonia enorme só de olhar.
— Ah, tá indo. - Arrisquei abrir a boca. A voz saiu meio tensa, mas acho que ela não percebeu. Ela se aproximou da escrivaninha, pegando os papéis amassados e os jogando no lixo.
— Isso tá uma bagunça. E você não gosta de bagunça. - Ela estava... arrumando. Estava arrumando a mesa, organizando as paletas de tinta, as canetas e lápis. Eu realmente espero que essa dor em meu coração seja infarto.
— Lalisa, não precisa fazer isso. - Me aproximei dela. Tentei afastar suas mãos dos utensílios, mas ela me empurrou levemente.
— Você tá cansada. Arrumar isso só vai piorar. - O que tá acontecendo com o meu coração? Por que ele está batendo tão forte? Será que ela consegue escutá-lo? Talvez o embrulho na barriga seja por causa do coração a mil por segundo.
— Deixa eu te ajudar. - Peguei os lápis e os guardei no porta-lápis. Ficamos ali, em um silêncio confortável enquanto arrumávamos a escrivaninha, trocando olhares momentaneamente. Suas bochechas estavam levemente avermelhadas, e sua respiração estava instável tanto quanto a minha.
— Vem cá. - Ela chamou depois de se sentar em sua cama e bater nas próprias coxas. — Sei que você precisa descansar, mas... - A interrompi. Eu sabia o que ela ia falar. Sabia o que ela ia fazer. Ela era tão previsível que eu nem me surpreendia mais. A prendi em um beijo calmo e apaixonado. O ritmo lento me fazia querer beijá-la com mais força, mas ainda estávamos só começando. Ela separou o beijo, a respiração ofegante. — Não era isso o que eu tinha em mente. - Não era?
— Não? - Ela sorriu, negando de uma forma adorável.
— Estava pensando em irmos dar uma volta. Pra, sabe, esvaziar a mente. Você anda muito ocupada esses dias. E você também anda muito pervertida esses dias. - Ela se levantou, ainda comigo em seu colo, suas mãos me segurando pela bunda, meus braços indo para sua nuca. — Mas quem sabe a gente possa se pegar mais tarde?
— Eu a... Eu adoraria - Meu coração gelou. Foi por pouco. Por que aquela vontade miserável de falar eu te amo não ia embora de uma vez? Eu não posso dizer isso. Não agora. Por que eu posso estragar tudo. Qual a chance dessas três palavras melhorarem as coisas? Poucas. Chance de -100%
E aqui estávamos. Andando pela rua. A lua iluminando as partes escuras da rua. Nossas mãos se tocando a cada passo que dávamos. O vento frio da noite batendo em nossos rostos. Andar sem rumo ao lado dela me deixava tão feliz. Ela não precisava dizer nada, fazer nada. Só a presença dela já era o suficiente. Ela tinha colocado sua mão dentro do bolso do casaco, a afastando da minha. Andamos por mais alguns minutos em um silêncio nada desagradável. Foi quando senti sua mão quente envolver a minha, sua pegada firme e aconchegante. Olhei para o ato e depois para ela, que ainda olhava para frente, tentando disfarçar o sorriso. Lance implícito...
— Não me olha assim. - Ela colocou sua mão no bolso como se minha mão não estivesss entrelassada à sua. — Você está com frio? - Neguei com a cabeça, e o silêncio se instalou novamente. Andamos mais um pouco e entramos em um restaurante de comida japonesa.
— Já sabem o que vão querer? - A garçonete perguntou, parecendo com sono. E fazia sentido, afinal já passava das dez.
— Você quer esse? - Ela me mostrou o cardápio, apontando para o prato que ela estava se referindo. Fiz que sim. Eu só queria comer. Com a fome que eu estava comeria absolutamente qualquer coisa. — Dois Oko... - Se aproximou pouco mais dk cardápio para poder ver melhor. —Okomo- Okonoma.. Essa porra aqui. - Desistiu e nostrou para a moça.
— Dois Okonomiyaki? - Lalisa forçou um sorriso e acenou um sim. A moça foi embora segundos antes de Lalisa terminar de assentir. Quando seu olhar encontro não consegui segurar o riso. Suas bochechas estavam vermelhas de vergonha, e ela me olhava com certa timidez. Tô achando que essa dor no peito um dia vai me matar.
— Eu não sei japonês, tá? - Eu não consegui não rir do seu tom defensivo. — Não sei nem coreano, quem dirá japonês. - Sejamos sinceros, pra uma garota filha de dois tailandeses, Lalisa sabia muito bem coreano. Lalisa nasceu na Tailândia, mas se mudou para a Coreia ainda muito novinha por causa do trabalho do seu pai. A última vez que ela falou tailandês foi antes do seu padrasto chegar e... O que eu tô querendo dizer é que Lalisa fala muito bem o coreano e não tem nem um pingo de sotaque.
— Aham, sei. "Okonomaki". - Ela sorriu pra mim, e eu senti meu coração doer mais do que já tava doendo. Eu sinceramente não sabia mais o que pensar ou fazer. Talvez eu só deixasse rolar, esperando um dia esse sentimento ser recíproco. Não importava o quanto demorasse, eu iria esperar. Iria esperar por ela. Iria esperar o medo, o receio dela passar. Podem demorar anos, mas ainda vou estar aqui esperando por ela.
⚠️IMPORTANTE⚠️
Tenho uma pergunta um pouco – mas que pra mim é muito – importante pra fazer pra vocês.
Vocês gostariam que eu focasse em outras pessoas da fanfic ou só nas Jenlisa?
Usar o Storyteller's Pov (ponto de vista do narrador) para focar em outras pessoas e seus relacionamentos. Já tenho essas pessoas em mente, a história em mente, que contribui para a história das próprias Jenlisa.
Pra que fazer uma nova fanfic se eu posso simplesmente fazer isso? Concordam? Então eu peço a opinião de vocês pra saber se posso ou não fazer. Tudo depende de vocês.
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just friends... right? - jenlisa
FanfictionFinalizada Enquanto Lalisa lutava contra o sentimento de se apaixonar pela melhor amiga, a ideia de perder a virgindade não saía da cabeça de Jennie. Lisa G!P Casal Secundário : Changhyunlix (história completa: https://www.wattpad.com/user/whyl...