Jennie's Pov...
[31/05/2021]Me deitei na minha cama e ali fiquei, tentando me acostumar. Algumas reformas foram feitas e trocaram as beliches por camas de solteiro separadas – fizeram um formulário para saber quem preferia duas camas de solteiro separadas e quem preferia uma beliche. Confesso que o quarto ficou um pouquinho menor, mas não dava para notar muito a diferença, a não ser pelas camas novas. As camas eram espaçosas e confortáveis, certamente melhores do que aquela beliche. Sinceramente, de quem foi a ideia de colocar beliche no quarto? O quarto era grande o suficiente para duas camas – duas camas de casal, por sinal, mas essas bastavam.
Se não estivesse tão cedo, eu dormiria ali, certamente; mas não consigo dormir antes das dez horas. Me enfiei debaixo das cobertas e me remexi na cama confortável, parecia afundar que nem um marshmallow, de tão macio que era. Talvez eu estivesse exagerando, mas era realmente confortável. Os lençóis eram de cor branca, os travesseiros também, parecia até cama de hotel. Abri as pernas e os braços e depois os fechei, precisava estrear a cama nova, deixá-la ainda mais macia e confortável, e era o que estava fazendo.
— O que achou? - Quando menos esperei, um peso surgiu em cima de mim, fazendo meu corpo afundar no colchão, e me fazendo respirar com dificuldade. Era Lisa. Ela estava em cima de mim, sua franja e cabelos caindo sobre o meu rosto, seu corpo inteiro sobre o meu.
— Confortável. - Falei, a admirando tanto que ela pareceu perceber.
— Dá até para nós duas. Vamos assistir um filme comendo pipoca e dormir em menos de dez minutos de filme. - Ela disse enquanto se deitava ao meu lado; abri espaço para ela, e ficamos uma do lado da outra. Soltei uma risada com o seu comentário. Fazíamos isso quando estávamos no ensino médio, e, preciso confessar, eu sentia saudades disso, sentia saudades do ensino médio, onde tudo era mais fácil – pelo menos em relação à minha amizade com Lisa.
— Quase 5 meses e só agora trocaram aquelas beliches.
— Não aguentava mais. Eram tão apertadas. - Claro, Lalisa, a cama não tinha sido feita para trepar, pensei, lembrando do dia em que a vi com uma garota na beliche apertada. E não foi só uma vez. Teve o dia em que Ningning e Sullyoon me disseram que Lisa comeu a faculdade inteira, e logo depois a vi com uma garota. Ah, e como esquecer do dia que eu era a garota junto com ela na cama.
— Como hoje não tem aula...
— Vamos maratonar! - Completou. Senti falta da minha melhor amiga, de "momentos de melhores amigas".
E assim nós fizemos: nos deitamos na cama, com alguns salgadinhos e uma barra de chocolate da Milka, nos enfiamos debaixo das cobertas e colocamos um dorama de 10 episódios. Sweet Home era um drama misturado com terror, tenso mas muito interessante e divertido. Humanos se transformando em monstros era uma história um tanto quanto peculiar, mas conseguia te prender até o último segundo. Por mais impressionante que fosse, eu não peguei no sono; estava muito entretida e interessada na série para sequer piscar.
— Acho que já chega. - Falou Lalisa, fechando o notebook.
— Não! - Resmunguei.
— Você sabe que horas são? - De fato, eu não sabia. Devia ser tarde; tínhamos começado a assistir a série um tempo após o pôr do sol – por volta das 08:30, para ser mais exata – e já estávamos no capítulo 9. — Uma da manhã. - Falou, colocando o notebook no chão.
— Mentira. - Falei após me virar um pouco para olhar meu celular. 00:52. — Você que tá com sono, mas não dorme porque não quer perder nem um episódio.
— É o que você acha? - Perguntou, apoiando o cotovelo na cama. Afirmei. — Podemos assistir amanhã. - Murmurei um "não quero", e ela continuou a tentar me convencer. Até que ela ficou sem opções. — O que é que você quer, Nini? - Ela me colocou no seu colo. Por mais que fosse um ato sem malícia, eu senti a tensão sexual entre nós aumentar. Com aquela simples pergunta, minha mente me levou de volta ao dia na varanda da casa de praia e ao dia no banheiro da faculdade.
— O que tá fazendo?
— O que você quer fazer.
— E o que eu quero, hm? - O clássico dia que ela tentou me beijar, mas eu não cedi tão fácil – pelo menos não nos primeiros 10 segundos.
— Jennie... O que você quer? De verdade.
— Você. - Outro clássico dia em que ela me tocou pela primeira vez. Percebi que ela me perguntava aquilo constantemente, tanto que nem passei a perceber. Mas dessa vez a pergunta era diferente – pelo menos em um sentido diferente.
— Responde, Nini. - Pediu. Eu ali no seu colo enquanto lembrava de momentos em que nos tocamos, nos sentimos completamente, não era uma boa combinação. Sem pensar, deitei em seu peito, o meu corpo sobre o seu, cada perna de um lado. Minha intimidade estava praticamente tocando seu membro... Não pensa nisso, não pensa nisso. Ouvia seu coração batendo em um ritmo lento e calmo.
— Ah, eu não sei. - Era apenas impressão, ou sua mão estava na minha bunda? Logo ela a tirou dali. Foi quando senti seu membro endurecer sob minha virilha. Ah, merda, que péssima ideia. Eu a olhava quando me ajeitei sobre ela, tentando não demonstrar desconforto – na verdade, não estava nem um pouco desconfortável. Notei um suspiro sair de seus lábios quando me mexi. Ah, aquilo foi a ponta do iceberg.
— Jennie, o que você... - Perguntou quando comecei a remexer meu quadril de leve; ou pelo menos tentou perguntar, porque eu a interrompi com um beijo lento. Ela não me impediu nem pareceu desconfortável com aquilo. Então ela queria, ela precisava. Desci minha mão até seu short moletom, pegando em seu volume. Ela já me tocou muitas vezes, agora era minha vez de tocá-la.
Ouvi ela soltar um grunhido de reprovação quando me levantei. Me aproximei de seu novo criado mudo, tirando de lá um pacote de camisinha. Destaquei uma e voltei para a cama ficando de joelhos acima dela. Ela me olhava com uma cara de "como sabia que estava ali?", mas eu não dei a mínima; afinal, eu não sabia, só supus que estaria ali.
Eu a livrei de seu short moletom, ficando ainda mais surpresa quando a vi só de cueca. Arranhei levemente seu quadril e depois tirei aquela cueca box cinza. Abri o pacote de camisinha com uma certa dificuldade e coloquei nela. Por alguns segundos, observei seu corpo: as coxas, o abdômen, seu rosto, que ficava impecável com o efeito do tesão, e seus peitos ainda cobertos pelo cropped cinza que ela usava.
Levei meu corpo para frente, dando a entender de que não faria nada com o seu membro, e a beijei. Depois, peguei em seu membro, ainda a beijando, e comecei a masturbá-lo com movimentos lentos e calmos; ela estremeceu sob mim. Separei nossos lábios, mas eles ainda se tocavam, o rosto tão perto um do outro que nossa visão ficava desfocada. Queria algum índice de que aquilo estava sendo bom, de que ela estava sentindo algum prazer. O que tive foi uma separação de lábios e um suspiro prosseguido de um gemido.
— Ah, Nini. - Foi quando eu soube que ela estava sendo provocada. Movimentos lentos a deixavam com mais tesão, então meu plano estava dando certo. Ela mantinha os olhos fechados, parecia estar extasiada com aqueles movimentos. Decidi parar de provocá-la e comecei a fazer movimentos mais rápidos e precisos. — Merda. - Ela me beijou logo depois, tentando, provavelmente, cessar os próprios gemidos.
Eu a encarei seriamente, vendo tamanha satisfação em sua expressão facial. Seus gemidos eram roucos e levemente altos – eram tão bons de ouvir. As vibrações de sua voz percorreram meu corpo até chegar a um lugar onde não deveriam, me fazendo arrepiar por completo. Ela se contorcia sob mim, provavelmente tentando segurar o seu ápice, que estava próximo.
— Caralho, Jennie. - Jogou levemente a cabeça para trás. Senti algo quente na minha mão, ela havia gozado. Uma das melhores coisas era poder levar Lisa ao orgasmo. Ela parecia entregue para mim, parecia me querer até o último segundo, mas, quando acabávamos, voltávamos ao que éramos, e isso era terrivelmente triste pra mim. Dei espaço para ela poder se levantar e ir se limpar, mas ela ficou parada, se recuperando.
— Melhor... É melhor você ir se limpar. - Desviei o olhar, tentando conter a tristeza na voz. Por que eu estava triste? Talvez por lembrar de todas as vezes em que fizemos isso e ela me descartou como se eu fosse embalagem de algum chocolate ou sei lá o quê. Talvez fosse hora de dar o troco, mas, por mais que eu tentasse, não conseguia fazer isso com ela. Por mais idiota e bacaca que ela tenha sido comigo, não conseguia ser com ela. Algo em mim me impedia de querer deixá-la de lado, de esquecê-la por completo. Mas, se ela não me impediu de fazer aquilo, era porque ela queria, ou só estava com tanto tesão que isso a impediu de pensar conscientemente.
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just friends... right? - jenlisa
FanfictionFinalizada Enquanto Lalisa lutava contra o sentimento de se apaixonar pela melhor amiga, a ideia de perder a virgindade não saía da cabeça de Jennie. Lisa G!P Casal Secundário : Changhyunlix (história completa: https://www.wattpad.com/user/whyl...