Capítulo 7 - Se Descobrindo

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A Força de Um Desejo


Quatro taças de vinho tinto, duas de vinho branco, cinco shots de tequila e duas doses de whisky, dançava no centro de uma boate como se estivesse mais leve que o ar, sorrisos e gargalhadas com aqueles que ela jurava que eram seus amigos, acede um cigarro do lado de fora, "ei Lu, vamos tem outro lugar do outro lado da cidade" alguém chama. Som alto mais uma garrafa de cerveja em mãos. Tudo girando, um som alto de batida, cabeça doendo. Luiza não sabe o que está acontecendo apenas ouve sirenes ao fundo.

Luiza se senta no sofá ofegante, mais uma vez o mesmo sonho.

-Tá tudo bem, Lu? - Valentina percebeu o levantamento brusco que a morena fez ao seu lado, Luiza ainda respira em tempos curtos.  - Ei, calma...foi só um sonho - Valentina esfrega gentilmente as suas costas.

-Desculpa...foi só um sonho ruim... - Luiza diz já se levantando do sofá procurando seu celular - Que horas são?

Valentina tateia a sofá e encontra o seu aparelho e olha para a tela.

-Três e quarentena e cinco da manhã, acho que acabamos dormindo demais...

-Melhor eu ir para casa - Luiza diz finalmente achando seu aparelho.  - Droga! Tem um carregador para me emprestar?

-Eu pego lá no quarto - Valentina se levanta e caminha em direção ao corredor.

Luiza olha em volta, o sonho ainda estava vivido em sua cabeça. Tem uma estante com bebidas bem na sua frente, ela encara aquelas garrafas cheias de líquidos que ela já tanto gostou. Poderia tomar apenas um copo, só para se acalmar, Luiza vai até o móvel pega um copo que fica do lado de uma garrafa de whisky e se serve uma dose.

-O que está fazendo? - Valentina questiona quando volta para sala e vê a cena.

-Me desculpa, eu não pedi - Luiza coloca o copo  na mesa de centro com vergonha.

-Não é isso Luiza... - Valentina tenta buscar um bom jeito para falar para Luiza sobre aquilo - Lu, olha eu vi o lugar que você saiu quando eu fui te buscar aquele dia do protesto, não acho que é uma boa ideia você beber agora...

Luiza se enche de vergonha nesse momento e olha para baixo.

-Eu vou embora, deve ter algum táxi lá embaixo - Luiza faz um movimento brusco para sair, mas Valentina a segura.

-Lu, calma! Eu não quis te julgar, é um problema relativamente comum, não precisa se envergonhar...

-Tá tudo bem Valentina, eu sei me controlar - Luiza tenta sair de novo e é impedida pela publicitária novamente que estava com medo da morena procurar bebida em outro lugar. - Me deixa passar, Valentina!

-Por favor se acalma, carrega seu celular, pede um Uber ou melhor, liga para o André, eu não quis te ofender Luiza...

-Eu quero ir embora Valentina - Luiza vai se exaltando - Me deixa passar, EU SEI ME CONTROLAR - o grito da morena ecoa pelo apartamento assustando Valentina.

-Me desculpa... - Luiza diz caindo na real - E-eu não quis gritar com você, eu sei, eu sei o que viu, eu sei que estou passando por um momento difícil. Eu sei que eu não deveria ter pegado aquele copo de bebida eu sei...

-Se senta, por favor... - Valentina diz apontando para o sofá.

Luiza apenas obedece e se senta no sofá respirando fundo, Valentina pega o celular da morena de suas mãos e coloca para carregar na tomada mais próxima.

-Desculpa... - Luiza fala novamente com a cabeça baixa.

-Não sei muito bem como isso funciona, acho que você tem uma espécie padrinho ou madrinha para quem liga quando tem uma recaída...

A Força de Um DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora