A Força de Um Desejo
-Luiza eu preciso que foque, ok? - o advogado diz para a morena que não consegue sair da sua mente - Você disse que pegou uma cerveja antes de ir embora, correto?
-Sim, eu me lembro que o Joaquim me chamou e eu estava do lado de fora do bar então eu voltei para pagar a conta e pedi uma cerveja para ir tomando...
-Para onde iam?
-Não sei...o Joaquim quem disse que tinha outro lugar...
-Certo... - o advogado anota algumas coisas - Vamos montar a defesa baseada no fato de que não era você quem dirigia o carro
-Mas eu...eu não tenho certeza...
-Exatamente, Luiza, não temos certeza porque não temos perícia, vamos trabalhar com a dúvida...
-E se eu estivesse dirigindo? - Luiza ainda tem muitas dúvidas
-Luiza, isso já não é importante, o que queremos aqui é te livrar de um resultado de culpa no julgamento..., a promotoria vai vir com força e elas querem uma condenação, o promotor chefe Antônio Alves Correia está com sangue nos olhos...temos que estar preparados.
Luiza respira e o olha, talvez agora ela entendesse que não importava muito o que tinha acontecido e ela precisava se defender se não quisesse ir presa, ela tinha dúvidas se estava dirigindo ou não, era ela quem dirigia sempre o carro era dela, ela não sabia dizer se alguma vez algum deles dirigiu talvez uma vez quando eles foram para praia e dividiram o carro na pista e até Manoela, sua namorada na época, assumiu o volante do carro.
Valentina espera pela saída da esposa enquanto degusta um café expresso que a secretária providenciou para ela, Max estava tenso e eles se levantam quando Luiza sai da sala junto a Martim, o advogado, a morena tem a ponta do nariz vermelho mostrando que ela controlou o choro enquanto esteve lá dentro tentando se lembrar o que tinha acontecido.
-Estamos prontos? - Max pergunta para o advogado que ainda não era da sua confiança
-Sim, estamos prontos - o homem responde com firmeza pois sabia o que estava fazendo - Temos uma estratégia traçada e acredito que é a melhor para a defesa da Luiza
Valentina se aproxima da esposa, aperta a sua mão e acaricia seu rosto e lhe dá um leve selinho na boca, era apenas uma demonstração de afeto e atenção em um momento de tenso.
Os três saem do prédio em que fica o escritório de Martim, ele era um advogado de boas indicações e tinha ganhado vários tribunais, era o melhor para o caso de Luiza e veio através de uma indicação do primo de Marcos, mesmo Max sendo desconfiado ele tinha que confiar nele, era a chance que eles tinham de livrar Luiza de uma condenação.
Tem uma padaria quase em frente ao prédio, onde Max, Valentina e Luiza se abrigam até para a morena se acalmar e falar sobre o que falaria em testemunho no julgamento, eles pedem os famosos pasteis de nata e Valentina toma mais um café como de costume, Max garante que Luiza pegue uma garrada de água.
-Eu...eu, não sei se eu estava dirigindo o carro...
-Como assim? - Max se assusta
-É isso que o Martim quer que eu fale, que eu tenho dúvidas se eu estava dirigindo o carro ou não...e eu não me lembro se era eu...
-Luiza isso é grave, mas você não pode mentir no julgamento - Valentina fica tensa
-Não é mentira, amor... - Luiza ainda se sente confusa - Eu realmente não me lembro, eu só me lembro que as chaves estavam com o Joaquim ele deixou cair, eu fui pegar e ele pegou primeiro...não lembro de ter entrado no carro e depois é só barulho - Luiza fecha os olhos - Batida e sirene
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A Força de Um Desejo
RomanceLuiza Rossi e Valentina Giordano pertencem a famílias rivais, elas se conhecem ainda adolescentes quando estudam no mesmo colégio, ambas com 16 anos, elas engatam um namoro escondido que se desfaz logo após um acidente. Dez anos depois elas voltam...