Capítulo 37

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— E o que você disse? — Júlia perguntou empolgada.

Ela tinha estado assim desde que chegou em casa e eu corri até lá para contar a novidade, Jack e eu estávamos juntos oficialmente, como um casal.

— Eu aceitei é claro! Quando cheguei aqui eu já estava desacreditada do amor, nunca imaginaria que seria seu vizinho ordinário que me faria abrir o coração novamente.

Ela me abraçou de qualquer jeito, estávamos sentadas na sua cama, como duas adolescentes conversando sobre amor.

— Então finalmente conversaram sobre a falecida? — ela perguntou quando se afastou e eu franzi os lábios, sabendo que era resposta suficiente. — Você contou a ele que sabe dela? Que viu o quarto escondido?

— Não Júlia, eu vou dizer, sim quero ficar na sua vida para sempre, ah a propósito invadi sua casa no outro dia e descobri sobre sua mulher, sinto muito. — forcei a voz mostrando o sarcasmo. — Eu preciso deixar que ele fale, na hora certa eu sei que ele vai se abrir comigo completamente.

— Tem certeza disso amiga? Olha eu te amo e não quero que você sofra por um homem que ainda não abriu mão da mulher morta.

Sacudi a cabeça afirmando, sabia que aquilo era um risco, mas eu estava com esperança de que não iria me arrepender.

Ela sorriu pra mim mostrando que estaria do meu lado, me apoiando no que eu precisasse. Júlia era minha melhor amiga, aquela para todas as horas. E eu era o mesmo para ela desde que perdeu sua família.

O que me levou a lembrar...

— E você e o Levi mocinha? Em que pé estão?

Depois do fiasco no aniversário da cidade os dois conversaram e decidiram tentar alguma coisa. Mas Levi era bem da velha guarda, ao menos no jeito de agir, pois até o momento os dois não tinham passado de beijos.

— As vezes eu sinto que estou com um garoto virgem sabe, mas não daquele tipo ávido e louco pra afogar o ganso, ele tá mais pro tipo com medo do que pode acontecer. — ela falou tão sério, mas não consegui me segurar e explodi em uma gargalhada. — É sério amiga, sempre quando as coisas começam a esquentar e eu faço algo como levar a mão dele até meu peito, ou na minha bunda ele da um passo pra trás e fala que é melhor a gente ir com calma.

Eu ri ainda mais porque pela cara da minha amiga ela estava subindo pelas paredes.

Alicia não era do tipo que saia com vários caras, essa era eu da amizade, mas ela tinha um fogo grande de mais e quando escolhia um cara podemos dizer que ele tirava a sorte grande.

— Ei ele pode só querer levar as coisas com mais calma. Ao menos já descobrimos que ele não é gay e que gosta de você!

— Ali, pelo amor de Deus, já estamos nessa há mais de três semanas, qualquer santo teria ao menos dado uma passada de mão boba. — Júlia bufou se jogando na cama. — Eu gosto dele, Levi é grosso, mas tem os momentos românticos, me levando pra andar de cavalo, fazendo piquenique no riacho.

Me joguei ao seu lado e nós duas ficamos encarando o teto.

— Então do que você está reclamando?

— questionei, porque pelo que ela me dizia a relação elo que ela me dizia a relação estava ótima. — Jack não conseguia fazer muita coisa com a mão engessada, mas sempre está tentando me ajudar a fotografar ou gravar algo. Ainda sim eu dúvido que ele seja do tipo romântico que compra flores e faz piqueniques.

Nessas últimas semanas ele estava aparecendo até de mais nos meus stories, alguns seguidores já estavam perguntando quem era o misterioso tatuado, mas eu ainda não estava pronta pra revelar nossa relação.

Segunda Chance - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora