Capítulo 26

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Isabella, era o nome que estava rodeando minha cabeça naquele momento. Ter Alicia cuidando de mim me enchia de uma sensação que gritava: você não merece isso! E eu não merecia mesmo, mas ainda sim ali estava ela, me dando banho depois de ter prometido cuidar da minha recuperação.

Concordar com isso foi errado, mas minha cabeça estava em outro lugar quando aceitei, agora era diferente. Ter ela ali na casa que comprei com Isabella, no banheiro que ela escolheu até o último azulejo, cuidando de mim naquela situação, lavando meus cabelos e meu corpo de forma amável e carinhosa, era de mais para minha sanidade.

— Amigos não dão banhos um no outro.

— Acho que se você chamar Sean ele pode discordar disso. — eu via ela fazendo gracinhas apenas para acabar com aquela situação. — Deixa disso, prometo que quando estiver bom vou cobrar um banho assim também.

Um sorriso pequeno se abriu em meus lábios, eu adoraria aquilo, especialmente fazer isso agora, ao menos quando me concentrava no lado sexual da coisa e não na avalanche de sentimentos e lembranças que ela trazia.

Alicia voltou a ensaboar meu corpo, com um olhar tranquilo no rosto, quase como se sentisse feliz por ter me feito ceder. Sacudi a cabeça sorrindo mais ainda por vê-la feliz com algo tão bobo.

Uma mecha do cabelo caiu em seu rosto e eu me perdi em sua expressão, quase concentrada de mais passando a bucha por meu abdômen, nunca descendo além da linha da água. Era quase torturante, ela ergueu o braço afastando a mecha com a mão molhada, nossos olhares se cruzaram por uma fração de segundo antes que ela descesse a mão novamente.

Meu coração explodiu em minha caixa torácica, por um momento só o que eu conseguia ouvir os batimentos altos, meu estomago se revirou e minha respiração ficou difícil. O que ela estava fazendo comigo?

— Ei, tudo bem? — Alicia me olhou mais de perto e eu senti sua mão macia e molhada tocar meu rosto. — Jack?

— Tudo, tudo bem. — repeti piscando os olhos e recebendo todos os sons a minha volta.

— Fiz uma pergunta, mas você não me respondeu. — eu não tinha escutado absolutamente nada.

O que tinha sido aquilo? Não era normal um coração bater forte daquele jeito e eu não estar tendo um colapso.

— O que... o que perguntou?

— Ai droga, não devia ter saído do hospital. Você claramente não está bem. — Alicia largou a bucha na banheira e se levantou. — Vou chamar o Sean e vamos de volta para o hospital.

Segurei sua mão impedindo que continuasse, era isso, ela tinha acabado de me dar a resposta que precisava: era resquícios da cirurgia e nada mais! Nada de sentimentos, loucura ou ataque de coração.

— Eu estou bem, não foi nada. O que você perguntou?

— Tem certeza? Podemos voltar ao hospital Jack. — sacudi a cabeça negando, agora eu sabia que estava tudo bem. — Ok então, pode me ajudar a tirar sua cueca? É só se apoiar na beirada e erguer o quadril, eu faço o resto.

Fiz o que ela mandou, mas quando se abaixou para descer minha cueca ficou tão perto de mim que não resisti. Segurei seu pulso e a puxei para a água, a banheira transbordou com dois corpos ali, a água se espalhando pelo chão. Mas foi o grito dela de surpresa seguido da minha gargalhada que me aqueceu o coração.

Alicia ergueu os olhos, o rosto molhado com algumas gotas e os olhos brilhando com uma pitada de felicidade. Naquele instante nada mais importou, só havíamos nós e aquele banheiro, o som das nossas risadas e a água quente nos envolvendo.

— Acho que eu não era o único precisando de um banho. — falei acariciando seu rosto, tentando apagar as gotas e acabei o molhando ainda mais.

— Você é maluco sabia? — ela jogou os braços em volta do meu pescoço e me beijou.

Suas pernas estavam do lado de fora da banheira e ela se segurava ao máximo para não se apoiar em meu corpo, com medo de me machucar. Mas eu segurei em seu cabelo, prendendo meus dedos em sua nuca e intensificando.

Mordi seu lábio inferior e sua língua se enroscou a minha, me seduzindo, quase como se me desafiasse a ir mais fundo.

— Será que vou me cansar de você alguma vez? — puxei seu lábio arrancando um gemido dela. — Essa boca. — desci minhas mãos por seu corpo, dedilhando cada curva, o contorno dos seus seios até sua bunda. — Esse corpo.

— Não podemos, Jack. — ela murmurou afastando os lábios dos meus e virando o rosto, mas aproveitei sua virada para beijar seu pescoço.

Lambi sua pele, como queria fazer com todo o resto do seu corpo, deixei que meus dentes resvalassem sua pele e senti quando seus pelos se arrepiaram.

Porra eu já estava duro e tínhamos apenas nos beijado. Como Alicia tinha esse poder sobre mim? Então distraído sentindo seu gosto e adorando as sensações que despertava nela, seu corpo se afastou do meu.

— O que? Onde você vai? — Questionei perdido quando ela ficou de pé ao lado da banheira.

— A lugar nenhum, mas não posso tomar um banho com roupas, não é mesmo vizinho? — ela sorriu para mim me fazendo quase perder o ar.

— Não vizinha, não pode mesmo. — me mexi na banheira com o pensamento de que finalmente ia tê-la nua por completo e bem ao alcance das minhas mãos.

Ela levou as mãos aos ombros e desceu as mangas do vestido, então empurrou o tecido molhado para baixo, sacudindo o corpo para ajudar a descer o vestido. Encarei os seios fartos emoldurados por um belo sutiã preto, então a calcinha da mesma cor apareceu a minha vista.

Porra, meu pau pulsou na água por vê-a ali usando apenas a lingerie preta, Alicia era uma mulher que eu sempre considerei corpão, seios grandes, barriga, bundão, nada de ser magricela, ela tinha carne no corpo inteiro e eu adorava isso.

Suas mãos alcançaram o fecho do sutiã e ela deixou que ele caísse, libertando o belo par de seios, eram minha fraqueza e ela parecia saber disso, pois se curvou do mesmo que vi no seu primeiro dia aqui, descendo a calcinha sacudindo os quadris e balançando eles bem na minha cara.

Quando estava totalmente nua pra mim eu gemi, olhando aquela bocetinha que já tinha sido marcada por mim, eu queria sentir suas paredes quentes me apertarem, mas dessa vez não com dedos, queria ela sentando no meu pau.

— Não se anime, tarado. Vamos só tomar banho, ok?

— Isso não é justo. — fiz meu melhor olhar de gatinho com fome. — Você não pode ficar nua, bem aqui na minha frente enquanto meu amigo aponta para o teto e esperar que eu vá me contentar só em te dar banho.

Alicia explodiu em uma gargalhada, tão alto que até curvou seu corpo, então entrou na banheira espalhando mais água e se encaixando entre minhas pernas.

— Se você for bonzinho, posso pensar no seu caso. — ela se curvou me beijando, os seios batendo na água e chegando perigosamente perto da minha mão.

Não perdi tempo e estiquei o braço, querendo puxá-la para mais perto de mim, quando a campainha soou pela casa. Alicia ergueu a cabeça, o sorriso ainda em seus lábios e eu estava prestes a pedir que apenas ignorasse, quem quer que fosse não tinha sido convidado, então que fosse embora.

Mas o ding soou dessa vez, mas sem paradas e somado as batidas nervosas e altas na porta.

— Jack! Abra a porta eu sei que você está ai! — era a voz dele, meu corpo inteiro congelou no mesmo instante e eu me afastei de Alicia.

O que o pai de Isabella estaria fazendo ali?

Segunda Chance - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora