Após passar alguns anos vivendo em Curitiba no Paraná, Vivienne Lamartine Hoffman volta para a sua terra natal. Um estado colonizado pelos antigos holandeses que mudaram seu nome de Natal para Nova Amsterdam. De volta a cidade em que nasceu fugindo...
Após alguns arranques falhos e ter estancado três vezes, Vivienne conseguia dirigir quase que normalmente, ao menos, poderia conduzi-las vivas até o condomínio. Não entendia o que a outra possuía na cabeça para beber tanto e se relacionar com tantas mulheres diferentes, por qual razão ela fazia isso? Estaria mesmo possuída pelo espírito de uma antiga súcubo? E principalmente, por que esse contraste de personalidades? Só poderia ser bipolar em alto grau!
Ela estacionou e pediu ajuda para o porteiro e ambos foram até o último andar. Ela não havia encontrado a chave na bolsa da outra, na verdade só havia encontrado a do carro, porque a própria Elizabeth com um pouco de razão retirara do seu bolso. Ela lembrou do que a vizinha disse uma vez: "Henrique e eu guardamos a chave aqui em baixo, no caso de emergência" Quando foi procurar a chave embaixo do extintor de incêndio, enquanto o porteiro segurava Elizabeth, só havia uma única chave, a do seu próprio apartamento. "Será que terei que levá-la para o de H²", pensou. Seus pensamentos foram cortados quando o porteiro disse que havia encontrado a chave na bolsa da outra, estava em um compartimento secreto, ele disse. Um bolso que não poderia ser visto de primeiro momento e não quando se está com pressa.
Era a segunda vez que Vivienne ousava entrar ali e não possuía boas memórias. Eles a levaram até o quarto da outra que ficava no primeiro andar que havia sido reformado. Vivienne agradeceu pela ajuda do porteiro e ele se foi, fechando a porta. Elizabeth estava deitada, parecia serena. Vivienne começava a tirar seus sapatos quando ouviu um rangido, isso a assustou. Achava que o porteirohavia saído, tinha absoluta certeza. Os pelos de sua nuca começaram a se arrepiar.
- Quem está aí? Vamos responda! – Ela havia chegado no topo da escada e olhava para baixo, para a sala, não havia ninguém, todo o apartamento estava escuro, sendo iluminado pela luz da lua e mesmo assim ela podia ver que não tinha ninguém. Mas aquela sensação de estar sendo observada não a abandonou.
Ela ligou as luzes do quarto de Elizabeth e ali estava a outra pessoa no quarto. A outra pessoa que ela sentiu que a observava a todo instante na escuridão. Vivienne olhou para Elizabeth deitada na cama e para a outra figura em pé, com um olhar gelado para ela que a fez arrepiar a espinha. Ela alternou várias vezes para aquelas pessoas, uma na cama e outra pessoa em pé sem acreditar no que estava ocorrendo ali, sentiu-se fraca, suas pernas estavam bambas agora e sua vista escureceu, havia desmaiado. Mas antes de ouvir o baque contra o chão, este não veio.
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Coitada de Vivienne, desde que chegou em Nova Amsterdam, essa ruiva só sofre! Meu Deus, quem será que invadiu o apartamento da Elizabeth? Será que enfim o Alex a encontrou?