Kitty estacionou, estava com uma blusa branca social e calça preta, os barmans costumavam usar esse uniforme no bar e restaurante do Jey. Hoje tocaria uma banda de garagem conhecida. A casa estava começando a ficar cheia, Kitty se dirigiu para trás do balcão já se posicionando.
- Cheguei!! – avisou para o amigo.
- Ah, graças a Deus! Temos que fazer mais esses drinques aqui e logo a loucura irá ficar mais calma.
Algumas pessoas pediam cerveja, Heineken, outras artesanais. Outros eram Martini, vodka, gin, licores, rum, tequilas e outros. Serviu todos os pedidos da comanda. Jey deixou que ela assumisse, pois enfim as pessoas estavam se divertindo mais e comemorando o momento.
Uma loira bem definida se aproximou. Olhos bem azuis, vestia calça jeans, camisa branca por baixo de um terno cinza corte fino sob medida. Desejou boa noite para ela e esticou o seu pedido da comanda. Kitty a olhou, com um rosto simétrico e bem harmonioso. Deveria ter 1,77, esculpia um belo corpo.
- Cerveja? – Kitty leu. – Bom temos algumas variedades aqui: Heineken, petra e claro as artesanais, o próprio Jey dono do bar que as fabrica. Quais você costuma preferir?
- Eu acho que vou de Heineken agora, uma de 600 ml, por favor. – dizia a moça.
- Vai beber aqui no bar mesmo? – Kitty indagou, pois era uma bebida de 600ml no mínimo se bebe acompanhada. – Ou está em qual mesa? Posso mandar deixar lá, enquanto espera a pessoa que irá encontrar.
- Não, aqui no bar mesmo caso não haja problema. – explicou a moça. – é somente para mim.
- Ah, compreendo. Irei trazer a sua bebida. – Após dois minutos, Kitty voltava com a garrafa de Heineken de 600 ml, com um copo tulipa. Abriu e despejou aquele líquido cor de ouro gelado. Além disso, colocou na frente daquela pessoa alguns amendoins – Não sei se já comeu e nem sei sobre sua tolerância a álcool, então, aqui e ali coma esses amendoins. Irá ajudar a manter o equilíbrio e teor alcoolico.
- Obrigada, mas sou bem tolerante a álcool. – dizia tomando o primeiro gole da cerveja. – Mas agradeço a preocupação. Foi só uma semana difícil.
- Bom, desde os anos antigos, nas antigas tabernas históricas, o barman, ou taverneiro se preferir, ouvia as lamúrias dos seus clientes. É uma prática ainda muito utilizada hoje em dia e eficaz. Então... – Kitty pegou um pano branco e começou a esfregar o balcão a sua frente, fazendo uma voz artísticas para a outra captar a referencia e disse. – Qual o problema amiga?! – relembrava totalmente os antigos taberneiros, os antigos sallons de faroeste e tudo mais. O que fez a outra rir pela primeira vez naquele seu dia tão caótico.
- Você deve ser então atriz, porque captei totalmente a referência. – ela continuava rindo. – obrigada por isso, estava precisando rir um pouco.
- Não há problema, as inúmeras gerações de barmans, womens taverneiros, sallons e mais, agradecem pela referência ter sido captada. Precisando estaremos por aqui. – Ela pede licença, pois outra pessoa gostaria de fazer o pedido.
A música ainda está alta, a banda começa um novo repertório e mais pessoas entram. Kitty fica variando os drinks, enquanto a moça loira já havia pedido mais duas garrafas de 600 ml das bebidas artesanais feitas pelo Jay. O tempo começava a passar, e o clima estava com cara de cada vez a festa está acabando. Durante esse tempo Kitty sempre que podia conversava com a mulher no bar, pois a mulher começava a ficar tonta, devido a ingestão rápida de cerveja e a enorme quantidade.
- Ei garota, não acha que já está bom? Você bebeu muito, muito mesmo, não é? Como pretende voltar? – Kitty sabia que estava sendo invasiva, porém deixar uma pessoa bêbada a própria sorte não era bem o seu estilo. Ela já fazia as suas próprias loucuras, não era necessário que outras pessoas também fossem sem juízo.
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Segredos | Elliot Hells
RomanceApós passar alguns anos vivendo em Curitiba no Paraná, Vivienne Lamartine Hoffman volta para a sua terra natal. Um estado colonizado pelos antigos holandeses que mudaram seu nome de Natal para Nova Amsterdam. De volta a cidade em que nasceu fugindo...