19. Cordelia e Holand Heinz

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Vivienne nada quis falar sobre o que estava sonhando, apenas voltou para perto da irmã, abraçando-a. Kitty sentiu o quanto seu corpo estava quente e um tanto suado. Apesar de não haver nada externo para atrapalhar o seu sono, fatores internos o impediam. Ela estava farta disso. Sentiu-se mais aliviada da irmã não perguntar com o que ela sonhara.

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Elizabeth encontrava-se dirigindo o seu discovery sport, seguia em direção a casa dos seus pais em uma parte afastada da cidade, perto da praia, no alto de uma antiga e rochosa estrutura. Ela dirigia contornando aquela estrutura em formado de caracol, enquanto a noite engolia cada recanto de luz. Ao final daquela estrutura uma majestosa casa aristocrata se exibia com toda sua suntuosidade por trás de um muro alto de tijolos e, um portão de aço maciço era a primeira proteção daquela fortaleza. Os Heinz eram uma grande e importante família de toda aquela região, todos os conheciam, eram os maiores modelos de família. Elizabeth era procurada como profissional, pelo bom nome que sua família fez, seu pai, assim como o pai do seu pai e sucessivamente, eram conhecidos por sua gentileza para com todos, sem distinção de status social, ela possuía muitas relações devido a isso.

 Mas uma coisa era certa, haviam níveis das famílias Heinz, nem todos eram gentis, nem todos eram reconhecidos, o brasão principal ficava com os Heinz de alto grau, e por muitos anos, esse brasão principal estava com os Heinz Terceiros, ou seja, c...

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Mas uma coisa era certa, haviam níveis das famílias Heinz, nem todos eram gentis, nem todos eram reconhecidos, o brasão principal ficava com os Heinz de alto grau, e por muitos anos, esse brasão principal estava com os Heinz Terceiros, ou seja, com o bisneto mais novo do falecido Holand Von Heinz. Enquanto o resto dos Heinz, observa a espreita algum erro que os renomados podem cometer.

Liz pegou seu controle e abriu o portão, dirigindo-se para o parque de estacionamento que a residência da família exibia

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Liz pegou seu controle e abriu o portão, dirigindo-se para o parque de estacionamento que a residência da família exibia. Encontravam-se vários carros parados, de baixos de uma cobertura protetora para os automóveis. À frente do hall de entrada era exibida uma linda fonte barroca, cujo centro ficava uma escultura de mármore da deusa Freya da mitologia nórdica. A estrutura aristocrata exibia duas colunas elevadas. A advogada como também atriz, estacionou e desligou o carro, dirigindo-se para os degraus da casa carregando um caderno de anotações preto. Antes de bater na porta, o mordomo da residência Heinz, que havia visto a herdeira dos Heinz nascer e crescer, ainda continuava ativo em sua atividade. Era um senhor de aparência gentil e com o cabelo liso e grisalho penteado para o lado desempenhando mais a função do que Elizabeth chamara de Poder de polícia, que é voltada para a fiscalização e limitação. Como ela havia o comparado, dizia que o mordomo executava exatamente essas funções quando fiscalizava avidamente as outras maides. Elizabeth o abraçou apertado, deixando o senhor de, aparentemente, sessenta e cinco anos envergonhado. Ele trajava um típico terno preto que Liz criticava sempre que o via, dizia que sua mãe era desvairada por deixá-lo trajando algo tão insuportável naquela região tropicana. Revelou que não estavam mais na Alemanha e que os climas eram distintos. Victor, o nome do senhor, explanava que não eram ordens da mãe, ele adorava vestir o seu uniforme era isso que o tornava um legítimo mordomo. O ancião sorriu orgulhoso, mostrando algumas rugas ao redor dos lábios. Do alto da escada a matriarca da família Heinz, Cordélia, descia de forma imponente, sempre bem arrumada e elegante, maquiada, não importava a hora do dia. Eram raros os momentos em que alguém veria aquela mulher sem uma cor no rosto, mesmo que colocasse apenas um singelo batom.

Cordélia Elizabeth Von Heinz Terceira, era o tipo de mulher que não tolerava erros, era metódica em tudo o que fazia, mas não chegava a ser uma ditadora que exigia ao máximo dos outros

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Cordélia Elizabeth Von Heinz Terceira, era o tipo de mulher que não tolerava erros, era metódica em tudo o que fazia, mas não chegava a ser uma ditadora que exigia ao máximo dos outros. Sabia até onde poderia ir com suas manias de organização e meticulosidade. Ela descia radiante aquela escada de madeira com carpete em royal. O sorriso branco estava desenhado no rosto alvo como a neve. Seus braços se abriram calorosamente o que Elizabeth não resistiu demorar mais um segundo para senti-los. A filha abraçou a mãe que era um pouco mais baixa, apertando-a com todo o carinho que podia, depositando no alto da cabeça um terno beijo. Cordélia afastou para ver a filha e sorriu dizendo que já estava com saudades. Liz confessou que também estava. Ela perguntou pelo pai e a mãe informou que ele estava na casa de um dos amigos jogando uma partida de sinuca e conversando sobre negócios.

- Havia esquecido que hoje era o dia do divertimento dele - confessou a garota. – A noite dos "rapazes" – fez o gesto de aspas com as mãos.

- Não há problemas querida, ele deixou um forte abraço para você, lamentou não poder vê-la. Mas esperou longamente - informou ela enquanto saiam conversando em direção ao escritório da família.

Victor havia se retirado para a cozinha, deveria pedir para as maides prepararem o suco preferido da milady. A casa dos Heinz era enorme, com altos quadros espalhados pelas longas e altas paredes, detalhes em fios de ouro nos quadro, sendo muitas obras originais desejadas e invejadas por muitos museus. Além de contar a história da arte, aquelas paredes repousavam a história da família.


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maides: empregadas

foto da capa do capítulo são Holand e Cordelia Heinz, em sua juventude.

Segredos | Elliot HellsOnde histórias criam vida. Descubra agora