O Ohm se aproxima com dois cabides e coloca na minha frente, primeiro um, depois o outro.
- Acho que terno é apelativo demais.
Ele volta para o guarda roupa e começa a mexer.
- Eu não posso apenas usar a minha roupa?
Ele para e me olha, então se aproxima e toca no meu rosto.
- Você sabe que eu gosto de você do jeito que você é, não sabe?
Eu aceno.
- Infelizmente nós vamos entrar em um covil de lobos, a primeira impressão vai fazer toda a diferença, então nós temos que mostrar que você não é só um camareiro.
- Mas eu sou só um camareiro.
- Não, você é o meu namorado.
Eu sinto o meu rosto formigar e ele me beija.
- Acho que nunca vou cansar de ver você assim, você realmente fica adorável.
Ele se afasta e volta para o guarda roupa.Depois de escolher a minha roupa, um conjunto de calça e jaqueta jeans pretas e uma camisa de gola alta preta também, ele para e fica me olhando.
- Se importar se eu arrumar o seu cabelo?
Eu nego e ele me leva para o banheiro. Quando termina se afasta e me olha dos pés a cabeça.
- UAU! Você está... Incrível!
Eu olho para o chão e ele se aproxima.
- Estou falando sério, olha.
Ele me vira de frente para o espelho e me puxa para trás, eu olho, mas quase não me reconheço, estou parecendo ... Não sei, estou muito diferente.Ele se veste, coloca um terno preto, com camisa e coletes pretos também, sem gravata e deixa alguns botões abertos, quando ele sai do banheiro eu até perco o fôlego, sempre achei ele lindo, desde a primeira vez que o vi, mas agora ele está... Incrível, acho que foi essa a palavra que ele usou, ele está incrível.
Nós saímos e vamos para o estacionamento, eu vou para o lado da moto, mas ele segura a minha mão.
- Nos vamos de carro hoje.
Ele aperta o botão e o alarme do carro ao lado dispara, eu olho e parece um carro daqueles hothweels. Vermelho e pequeno, só tem dois bancos que são vermelhos também.
- É seu?
Ele dá de ombros como se estivesse envergonhado e abre a porta para mim.Quando entramos na empresa as pessoas param e ficam olhando a gente passar, elas literalmente param e ficam olhando, eu começo a ficar nervoso e me aproximo dele.
- Essas pessoas estão olhando por causa do vídeo?
Ele olha em volta e sorri.
- Não Non, elas estão apenas nos admirando, não sendo nada modesto, nós ficamos impressionantes juntos.
Eu sinto o meu rosto formigar mais uma vez e começo a olhar para ele, para não ver as outras pessoas.
- O seu pai é dono de tudo isso?
- Sim, nós temos uma grande rede de hotéis e resorts.
- Entendi.
Nós paramos na frente de vários elevadores e esperamos, quando eu olho para o lado vejo que algumas pessoas estão com o celular apontado para nós.
- Isso não vai ter problema?
- Isso o que?
Ele olha e vê as pessoas também.
- Não se preocupe, a equipe de relações públicas vai cuidar disso e as pessoas te verem agindo naturalmente vai ser bom também, vai diminuir a imagem de deficiente que estão tentando pintar.
- Mas não vai ser um problema te verem comigo?
- Eu não me importo.
O elevador chega e nos entramos, quando outras pessoas tentam entrar o Ohm impede e fala para irem no próximo, as pessoas se afastam, ele fecha às portas e o elevador começa a subir, começo a ficar nervoso, a minha mão começa a suar e eu limpo na calça.
- Aqui.
Ele segura a minha mão, tira um lenço do bolso e começa a limpar.
- Não precisa ficar assim, lembra, se começar a ficar nervoso e só focar em mim. Se perguntarem alguma coisa pode dizer a verdade, se for algo que te deixe constrangido não precisa responder e se tiver dúvidas eu estarei ao seu lado.
Eu aceno, ele olha para cima, eu sigo o seu olhar e tem uma câmera, então ele me dá o lenço e se afasta.
As portas do elevador se abrem e ele sai, segurando elas para eu sair também, nós paramos em um espaço aberto com alguns sofás, o Ohm anda até uma mesa e eu vou atrás. Quando nos aproximamos uma mulher que está olhando para o computador com um copo na mão levanta a cabeça, quando nos vê ela aperta o copo espirrando água nela mesma, mas ela apenas continua nos olhando. O Ohm da um sorriso simpático e diz.
- Você pode avisar para o Jimmy que estamos na minha sala?
- Cla claro senhor Pawat.
Ele vai por um corredor ao lado dela e então para em uma porta e abre.
Eu entro e ele entra atrás, então me abraça, vira para ele e me beija. Quando estou sem fôlego ele se afasta e diz.
- Foi uma péssima ideia trazer você assim.
Eu fico olhando sem entender.
- Já é ruim o suficiente ver as pessoas te olhando no hotel, mas hoje está demais.
- Você está exagerando.
- Não Non, não estou, você não faz ideia de como está sexy assim.
Eu sinto o meu rosto inteiro formigando agora, devo estar muito vermelho. Ele toca no meu rosto e sorri.
- Pelo menos isso você reserva só para mim.
Me beija de novo e alguém bate na porta. Ele se afasta e me arruma, então se arruma.
- Pode entrar.
O rapaz que nos chamou ontem para ir falar com o pai dele entra, me olha e sorri.
- Uow! Ótima escolha Ohm!
- Sem gracinhas Jimmy!
Eu olho para o Ohm e ele está sério.
- Desculpa cara, mas você não pode trazer um monumento desse aqui e não querer que as pessoas vejam.
- É exatamente o que eu quero.
O rapaz me olha mais uma vez e fica sério.
- Tudo bem, desculpe.
- Como está a situação?
- Nada bem, mas o problema maior é a imagem do hotel.
Ele me olha e depois para o Ohm.
- Esse é o rapaz dos vídeos?
- É sim.
- Me desculpe Ohm, mas ninguém vai acreditar nisso.
- Não posso fazer nada, é ele. E o meu pai?
- Está de muito mal humor hoje.
- A reunião já vai começar?
Ele olha no relógio e responde.
- Em cinco minutos, vocês podem ir para a sala se quiserem, vai ser na sala 2.
- Certo, nos já vamos para lá.
O rapaz me olha mais uma vez, então olha para o Ohm, sorri e sai. O Ohm se aproxima e me dá mais um beijo.
- Vamos lá?
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Hotel 68
FanfictionNanon está sozinho em Bangkok pela primeira vez na sua vida, uma cidade onde tudo é novo e diferente de onde ele morava, os lugares, a poluição, o barulho, as pessoas... Ele começa a trabalhar em um hotel como camareiro e vê a sua vida mudando de re...