Chegamos em casa e o Ohm está em silêncio, ele fica assim quando está nervoso e depois de tudo o que nós passamos eu sei que ele odeia não poder ficar de olho no Dew. Se dependesse dele nós estaríamos em uma bolha longe de tudo, protegidos que qualquer mal. Mesmo com o passar dos anos isso não mudou nem diminuiu, ao contrário, quanto mais independentes o Dew e eu nos tornavamos, mais protetor ele ficava.
Eu me aproximo dele devagar e o abraço, ele me abraça e beija a minha cabeça.
- E se acontecer alguma coisa com ele?
- Nós já conversamos sobre isso, ele precisa disso como eu precisei para amadurecer, sair de casa, ter novas experiências, tomar as próprias decisões. Ele está logo ali, você sabe que se ele precisar nós seremos os primeiros para quem ele vai ligar.
Ele suspira e continua em silêncio. Eu fico aliviado, no fim a adoção da bebê vai fazer bem para ele, que vai ter um novo foco, alguém que mais do que qualquer um vai precisar do seu amor e da sua proteção.
Eu me afasto e beijo ele mais uma vez, então começo a tirar o seu terno.
- Os advogados disseram alguma coisa sobre a adoção?
Ele me olha sério e toca o meu rosto.
- Me desculpe por isso, você deve ter ficado surpreso com o que eu fiz. Tudo bem mesmo adotarmos ela?
Eu aceno concordando e começo a desfazer o nó da sua gravata.
- Na hora eu concordei por você, eu sabia que você faria e queria te apoiar, mas depois que eu peguei ela nos meus braços, parecia tão certo, assim como você sempre pareceu certo e como o Dew sempre pareceu certo, então eu soube que queria fazer não só por você, mas também por mim e por ela.
Ele fica me encarando sem dizer nada, sinto o meu rosto formigando e olho para baixo. Será que eu disse alguma coisa errada?
Ele segura o meu queixo e levanta o meu rosto fazendo eu olhar para ele.
- Eu te amo!
- Eu também te amo!
Ele segura a minha cintura e me puxa para ele, segura o meu rosto com a outra mão e me beija, começa com o sorvete com calda de chocolate, mas logo me dá tudo que eu tenho direito. Ele abaixa a mão que está segurando o meu rosto e segura o botão da minha camisa, quando abre e vai para o próximo eu seguro a sua mão.
- Agora não, eu vou fazer o seu jantar.
Ele encosta a testa na minha e fecha os olhos, levanta a mão trazendo a minha junto e beija, se afasta ainda segurando a minha mão e sorri.
- Faz uma massa pra mim hoje?
Eu olho o horário, se eu começar agora não vou terminar tão tarde, eu concordo e viro em direção a cozinha, ela abaixa e pega a sua mala do chão e me segue.
Enquanto eu preparo as almôndegas e cozinho a massa ele vai lendo documentos do trabalho, depois de um tempo para, tira os óculos e massageia os olhos, quando me olha sorri e solta os papéis que estão na sua mão.
Volto a fazer as almôndegas com ele me observando, sinto o meu rosto formigando, mas continuo, depois de um tempo ele levanta pega uma almôndega que eu acabei de enrolar e come crua, eu olho para ele e sorrio, esse é um péssimo hábito que ele tem.
- Non, eu estava pensando em trazer a sua mãe para cá.
Eu olho para ele surpreso.
- Nós sabemos que ela não tem idade mais para ficar sozinha, ela está lá só por causa do restaurante, mas eu acho que quando ela souber da bebê ela vai aceitar vir morar com a gente para ajudar com ela.
Eu penso nisso, nós já tentamos várias vezes convencer a minha mãe a se aposentar, o restaurante dela não tem movimento há anos, mas ela mantém ele mesmo assim, o Ohm da uma pensão para ela todos os meses para ajudar com as despesas, no início ela não queria, mas ele ficou bem chateado com a recusa porque ela é como uma mãe para ele, como ela viveu com a gente por anos cuidando do Dew ela sabe como ele gosta de cuidar das pessoas que ama, então para ele não ficar triste ela acabou aceitando, mas só metade do valor que ele queria dar.
- Você está certo, eu tenho certeza que ela vai querer voltar, vai ser bom, você vai poder cuidar dela também.
Ele sorri, levanta e me abraça.
- Por acaso você está tirando sarro de mim?
Eu viro a cabeça e tento olhar para ele.
- Não... eu...
Ele me beija e apoia o queixo no meu ombro.
- Eu sei que não, eu estou brincando, Non.
Eu aceno e volto a preparar o jantar.
Durante o jantar eu fico olhando ele comer preocupado, talvez seja hora de eu trocar as receitas para massas mais saudáveis para ele.
Ele me olha e sorri.
- Está uma delícia, Non!
Ele termina e eu dou mais um prato para ele, quando está comendo a última almôndega ele me olha e sorri.
- Eu vou ter que malhar bastante hoje, Non, acho que você vai ter que dar uma fábrica inteira de sorvetes só pra mim.
Eu sinto o meu rosto inteiro formigando e com certeza eu estou muito vermelho, mas mesmo assim eu digo.
- Se você vai ter que malhar, então é melhor você me dar uma fábrica inteira de sorvetes.
Ele fica me encarando, então vem até mim e começa a tirar a minha roupa, tira a dele também e me abraça, desce as mãos até a minha bunda e aperta, sinto aquela coisa lá embaixo e ele me beija, derrepente ele aperta a minha bunda e da um impulso me tirando do chão, eu me assusto e ele me olha preocupado.
- Você está bem?
Eu respiro fundo e tento me controlar, então aceno, ele me beija e fala no meu ouvido.
- Levanta as pernas e prende na minha cintura.
Eu olho para ele tentando entender, então abraço o seu pescoço e levanto as pernas, ele me beija e começa a andar, quando eu encosto na parede ele fala no meu ouvido mais uma vez.
- Eu vou dar muitas fábricas de sorvetes para você hoje, então se prepara que você vai malhar comigo.DEW
Acordo com alguém batendo na porta, saio da cama meio dormindo e me arrasto até a sala, abro a porta e o Josh me encara surpreso, me olha dos pés a cabeça, para embaixo, fica olhando sem piscar, a sua garganta se move como se ele tivesse engolindo alguma coisa, então coloca a mão na frente dos olhos e se vira, eu olho para baixo e percebo que estou sem roupas, na hora eu me lembro de ontem a noite, eu , a Becca... o meu pênis começa a subir e eu corro para o sofá, pego a manta e me enrolo, o Josh abre os dedos e olha entre eles, então abaixa a mão e suspira.
- Não deixa a Becca saber disso, ela me mata se souber que eu te vi assim.
- Assim como?
Nós olhamos para a porta e ela vem na minha direção vestida apenas com a minha camiseta, ela é alguns centímetros menor do que eu e por causa da minha sensibilidade eu uso roupas grandes, então a camiseta vai até as suas coxas, ela está linda, mas mesmo assim alguma coisa me incomoda.
Ela olha para mim e para o Josh, na hora ela fica irritada, mas eu não sei porque.
O Josh também olha para mim e depois para ela.
- O que você está fazendo aqui?
- É o quarto do meu namorado. O que você está fazendo aqui? Não tem outro macho pra correr atrás não?
Eles ficam se encarando, acho que eles nunca vão superar seja lá o que eles têm contra um ao outro. Sem me olhar a Becca fala.
- Gatinho, vai se vestir.
Eu aceno e ando na sua direção, quando chego na frente dela olho para ela e de novo alguma coisa me incomoda, mas eu não sei o que, então eu seguro a sua mão e olho para a porta.
- Josh, eu te encontro na aula.
Ele me encara por um momento, acena e fecha a porta. Eu puxo a Becca para o quarto segurando firme a manta para não soltar. Olho para ela e para o guarda roupa.
- Fica aqui que eu vou me trocar no banheiro.
Ela da um passo na minha direção, segura a minha mão e puxa.
- Acho que não, Gatinho, agora nós vamos fazer outra coisa.
Quando ela me toca e eu prendo a respiração, conto até três respiro, me próximo e beijo ela.
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Hotel 68
FanfictionNanon está sozinho em Bangkok pela primeira vez na sua vida, uma cidade onde tudo é novo e diferente de onde ele morava, os lugares, a poluição, o barulho, as pessoas... Ele começa a trabalhar em um hotel como camareiro e vê a sua vida mudando de re...