Capítulo 37

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- Non? Non acorda nós chegamos.
Acordo, mas estou meio tonto ainda, ele coloca o meu braço no seu ombro e me segura pela cintura para sair do avião. Como a viagem era mais demorada ele pediu para eu tomar um remédio para dormir para não ter uma crise, então eu acabei dormindo a viagem inteira.
Nós não trouxemos bagagem , ele trouxe apenas os nossos passaportes, eu nem sabia que tinha um, ele mandou fazer.
Pegamos um táxi e vamos direto para o hotel, quando chegamos eu já estou lúcido.
Já no lobby do hotel fico em dúvida se ele pensou realmente antes de vir para cá, tem pessoas para todos os lados, turistas, artistas vestidos como celebridades, funcionários. Ele aperta a minha cintura e eu olho para ele.
- Se concentra em mim.
Eu aceno e nos aproximamos do balcão. Ele mostra os documentos e fala em inglês com a recepcionista, pega os cartões de acesso e saímos. Passamos pelos elevadores e ele entra em um corredor, chegamos em um outro elevador, ele aperta o botão e eu olho sem entender.
- É o elevador de serviço, eu pedi para usar.
- Entendi.
Quando chegamos no quarto ele me abraça e beija o meu rosto.
- Está cansado ainda?
- Não, estou bem agora.
- Vamos tomar um banho?
- Vamos.
- Vai preparar, eu tenho que fazer algumas ligações.
- Tudo bem.
Os produtos do banheiro são bem parecidos com o do Hotel 68, então mesmo não entendendo os rótulos fica fácil adivinhar o que é o que.
Ele demora um pouco, mas vem para o banheiro, me beija e começa a tirar a minha roupa, eu entro na banheira e fico olhando ele tirar a roupa também. Nunca me canso de olhar o seu corpo, é muito bonito. Ele me olha sorri e senta atrás de mim.
- Como você está? Já passou o efeito do remédio?
Eu aceno e ele começa a beijar o meu pescoço.
- Que bom, porque eu vou querer aproveitar a nossa lua de mel.
Ele começa a deslizar a mão pela minha barriga até chegar no meu pênis.

A campainha toca e eu me assusto.
- Deve ser da loja do hotel, eu pedi para trazerem roupas para nós.
Ele vem até mim, aperta a faixa do meu roupao e me beija, quando abre a porta várias pessoas entram no quarto arrastando vários cabideiros.
Eu me afasto e me sento no sofá enquanto o Ohm conversa com eles. Eles vão mexendo e separando várias roupas e colocando em um cabideiro que veio vazio. Um homem me olha e pergunta alguma coisa para o Ohm, ele sorri e nega com a cabeça enquanto responde, então eles saem.
- O que ele falou?
- Ele perguntou se você ia precisar de ajuda para se arrumar para o casamento.
- Casamento?
- Sim, não foi para isso que viemos?
- Ohm, não tenho muita certeza, tem muita gente em todos os lugares por aqui.
- Eu aluguei um salão e um juiz vai vir aqui, podemos usar o elevador de serviços, não se preocupe.
Claro que ele pensou em tudo.
- Por favor, não sorri assim, nós temos mesmo que nos arrumar e sair.
Eu me levanto, vou até ele e o beijo.
Ele segura a minha mão, me leva até o cabideiro e me dá um cabide com um termo branco.
- Se arruma que eu te ajudo com o cabelo.
Ele pega um terno e tira o roupão, pega uma sacola abre e tira duas cuecas e me dá uma.
- Eles lavaram na lavanderia do hotel, pode usar.
Eu me visto e espero ele se arrumar, depois que arruma o meu cabelo ele se afasta e fica me olhando.
- Você é perfeito!
Eu sinto o meu rosto formigar e sorrio.
Ele levanta a mão e abaixa.
- É melhor a gente ir, antes que eu perca a cabeça e não saia mais do quarto. Só uma coisa antes.
Ele pega a caixinha das alianças, tira a aliança da minha mão e depois da dele.
- Juro que essa é a primeira e última vez que essas alianças saem das nossas mãos.
Guarda a caixinha no bolso, segura a minha mão e saímos.
O salão não é muito grande, quando entramos o Ohm me para na porta, arruma o meu terno, pega a minha mão e engancha o meu braço no dele.
- Uma música vai tocar e uma pessoa vai tirar fotos nossas, então se você ficar nervoso é só pedir para parar, ok?
Eu aceno, uma música começa e nós vamos entrando devagar. Ele coloca a mão na minha e aperta, olho para ele e sorrio para ele saber que estou bem. Chegamos no final do corredor e ficamos de frente para um homem.
Ele vai falando em inglês. Ele fala alguma coisa me olha e sorri, eu olho para o Ohm e ele diz.
- Desculpe, eu não pensei nisso, ele pediu para fazermos os nossos votos. Não se preocupe, pode dizer qualquer coisa.
Ele se vira para mim e eu fico de frente para ele,  vejo uma câmera muito perto e tento me concentrar nele, fico pensando no que posso dizer.
- Ohm, eu quero agradecer por você ser paciente e cuidadoso, por se preocupar e lutar por mim e quero agradecer principalmente por me amar, sei que não sou uma pessoa normal e deve ser difícil para você muitas vezes. Eu sei que não sou muito de falar isso e eu peço desculpa, mas eu te amo, te amo muito mesmo, você é o meu primeiro e vai ser o meu único amor para sempre.
Eu olho para ele e para o juiz preocupado de ter dito alguma coisa errada, porque ele está chorando.
- Está tudo bem? Porque você está chorando?
- Porque eu te amo amor.
Ele respira fundo, limpa as lágrimas e olha nos meus olhos.
- Nanon, antes de te conhecer a minha vida era sombria e vazia, no momento que você entrou na minha vida você trouxe luz, você me tirou da escuridão. Você é um anjo que me resgatou, abençoou e purificou. Dizer que te amo seria pouco para descrever o que sinto por você, você é a minha vida e tudo para mim, eu vou cuidar, proteger, amar e adorar você pelo resto das nossas vidas.
Ele passa o dedo no meu rosto e percebo que estou chorando também, mas não estou triste, estou feliz, tão feliz que quase não consigo respirar.
O Juiz fala alguma coisa e ele pega a caixinha das alianças, pega uma , ouve o juiz de paz, então diz.
- Eu aceito!
E coloca a aliança no meu dedo e beija. O juiz fala alguma coisa novamente, o Ohm sorri e diz.
- Ele perguntou se você aceitar se casar comigo.
- Aceito! Eu aceito!
Eu pego a aliança coloco no dedo dele e beijo também.
O juiz fala mais algumas palavras, uma mulher joga pétalas de rosas em nós e a pianista começa a tocar uma música, o Ohm segura o meu rosto e me beija.
- Eu te amo!
- Eu também te amo!

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