Hotel 68

Capítulo 22

Quando saímos da sala de reuniões ele vai novamente para a sala dele, entramos e ele abraça, se afasta e passa a mão pelo meu rosto.
- Como você está?
- Eu estou bem.
- Você entendeu tudo que aconteceu?
- Entendi, mas não precisa fazer aquele contrato e eu também não vou processar a empresa da sua família.
- Eu sei disso, mas eles tinham que entender que essa era uma possibilidade para levar a sua situação a sério e o contrato é apenas uma garantia, você pode sair quando quiser, eles só não vão poder te demitir.
- Entendi.
- Você acha que está bem para sair já? As pessoas vão ficar olhando novamente.
Eu apenas aceno, não tenho muita confiança sobre isso.
- Tudo bem você ficar no meu apartamento por alguns dias? Com essa história de repórteres nos procurando eu tenho medo de que eles descubram onde você mora e façam alguma coisa.
Eu penso nisso e concordo.
- Se importa de usar as minhas roupas?
Eu nego.
- O que você acha de fazer o seu macarrão hoje? Amanhã vamos visitar a minha mãe.
- Isso eu não entendi, porque ela quer me conhecer?
- Porque você é meu namorado.
Eu fico olhando sem entender.
- Ontem depois que você saiu o meu pai perguntou e eu disse que você era meu namorado.
- Porque?
- Porque era questão de tempo acontecer, eu não estava mais aguentando manter distância.
Eu achava que ele não queria ficar comigo, mas ele queria, ele é muito estranho. Eu sorrio para ele que coloca a mão no meu rosto, então passa o polegar pela minha covinha e depois pela minha boca.
- Agora que você é meu namorado você só pode sorrir assim para mim entendeu?
- Eu não posso sorrir para outras pessoas?
- Não assim.
- Você está fazendo de novo, falando coisas que eu não entendo.
- Tudo bem, deixa pra lá. Vamos?
Eu concordo e nós vamos até a porta.
- Porque você tem uma sala aqui?
- Porque eu faço parte da diretoria, eu estudei nos Estados Unidos e voltei recentemente, o meu pai me colocou na diretoria, mas eu quis conhecer o hotel antes de assumir.
- Porque você trabalha no hotel?
- Antes porque eu queria conhecer toda a dinâmica, todas as áreas, conhecer como um hotel funciona na prática e não apenas na teoria, agora por sua causa.
- Por minha causa?
- Quando você entrou eu já estava me preparando para sair, já tinha aprendido todas as áreas, mas então você chegou e alguma coisa em você me atraiu como um ímã, desde o primeiro momento quando você me chamou de phi e ficou todo vermelho e tímido, eu sabia que não ia conseguir me afastar.
Ele se aproxima e toca o meu rosto.
- Mesmo agora é difícil me afastar.
Ele se aproxima me encosta na porta e me beija, ele beija o meu pescoço e vai até o meu ouvido.
- Eu já falei que você está muito sexy hoje?
Ele continua me beijando e eu sinto a sua mão descendo pelo meu corpo, ele passa pela minha cintura e vai até a minha bunda, aperta com as duas mãos e me encosta nele, sinto aquela coisa estranha e agora sei o que está acontecendo lá embaixo e tenho que avisar pra ele, mas quando ele beija pescoço eu perco esse pensamento. Abraço o pescoço dele para me equilibrar , porque estou ficando tonto novamente, não estou conseguindo me concentrar, ele aperta a minha bunda mais uma vez e sinto o meu pênis apertando contra o corpo dele, ele para de me beijar, solta a minha bunda e encosta a cabeça no meu ombro.
- Pelo amor de Deus Non, você tem que aprender a se controlar antes que eu perca o controle.
- Perder o controle seria ruim?
- Seria maravilhoso, mas não vai acontecer.
Ele sorri , me beija e se afasta, pega a minha mão e me leva até um sofá.
- Vamos ficar aqui até a sua ereção diminuir pra gente ir embora.
Eu concordo e fico olhando para ele.

Quando nós saimos mais uma vez percebo que várias pessoas estão nos filmando, o Ohm olha para mim e sorri.
- Não vamos poder voltar para o Hotel até a coletiva de imprensa. O que você acha de ir visitar a sua mãe e já marcar uma consulta com o seu médico?
Eu olho para ele e fico triste, ele não quer ficar comigo.
- Tudo bem eu vou falar com ela.
- Você quer ficar com ela ou no hotel comigo?
- Com você?
- Claro, se acha que eu vou tirar os olhos de você enquanto essa confusão continuar, você ainda não me conhece. E você vai conhecer a minha mãe, é justo que eu conheça a sua.
Eu olho sem acreditar.
- Non, esse sorriso... Cuidado com a porta.
Eu nem percebi que atravessamos toda a área, olho em volta e as pessoas ainda estão me filmando.
- Você realmente acha que não vai ter problema eles nos filmando?
- Na verdade como eu disse, quanto mais as pessoas te verem assim melhor, não quero que ninguém te trate como um deficiente por causa de um evento isolado.
- Entendi.
- Isso tudo é momentâneo, depois da coletiva nós vamos publicar uma nota de uso indevido de imagem e a equipe jurídica consegue retirar as imagens por ação legal se precisar.
Eu aceno, não entendi muita coisa, mas confio que ele sabe o que está fazendo.  Quando chegamos onde ele estacionou o carro ele abre a porta para mim.
- Porque você estacionou o carro aqui?
- Para as pessoas verem.
- O carro?
- Você.
Eu sorrio e entro no carro, ele realmente é estranho as vezes.
- Vamos ao mercado? Acho que pela primeira na vida eu vou fazer compras de verdade.
Ele parece estranhamente animado com isso.

Quando saímos do mercado estamos com dois carrinhos cheios de compras, eu olho para o carro dele e sei que não vai caber tudo ali.
- Como nós vamos levar...
Um carro para na nossa frente e o secretário do pai dele sai.
- Desculpa incomodar Jimmy.
- Não esquenta cara, você me tirou de perto do seu pai, acredite eu estou muito feliz de ser o entregador hoje.
Ele olha para os carrinhos.
- Porque você comprou tanta coisa?
- Porque eu não tenho nada no apartamento.
- E quem você acha que vai cozinhar tudo isso?
- O Nanon, a mãe dele tem um restaurante.
Ele me olha, então olha para o Ohm e sorri.
- Filho da puta sortudo! Deus é cruel, deu tudo pra você e nada pra mim.