Capítulo 28

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- Non?
Eu abro os olhos e ele está deitado ao meu lado, apoiado no cotovelo esquerdo me olhando.
- Você está bem?
Sinto o meu rosto formigando e aceno.
- Você gostou?
Eu penso e foi muito bom, foi uma fábrica de sorvete inteira só pra mim, então eu sorrio pra ele.
- Você estava certo, perder o controle é maravilhoso.
Ele abaixa a cabeça e apoia no meu peito.
- Não sorri assim... Acredite eu ainda estou tentando me controlar.
Eu fico olhando pra ele tentando entender porque ele faz isso, parece que ele esse se torturando.
- Se eu fizer o que você me ensinou ajuda?
- O que?
Eu olho para baixo e ele segue o meu olhar.
- Se masturbar?
Ele me olha e eu aceno.
- Mas você acabou de gozar.
Sinto o meu rosto inteiro formigando dessa vez.
- Não em mim, em você.
Ele se levanta rápido, como se tivesse levado um choque e dá vários passos para trás, fecha os olhos e passa a mão pelos cabelos, então coloca as duas mãos na cabeça e suspira alto. Abre os olhos e sorri.
- Eu vou para a reunião, descansa um pouco, mais tarde eu te levo para conhecer o resort. Se  quiser alguma coisa pode pedir. Tudo bem?
Eu aceno e ele sai tão rápido que parece que está correndo. Subo na cama e vou até a parte de cima e me deito, o que ele fez me deixou muito cansado, sinto o meu rosto formigando mais uma vez e cubro a cabeça.

Quando acordo novamente sinto cheiro de café, abro os olhos e ele está sentado ao meu lado com alguns papéis em uma mão e uma xícara na outra, quando vê que eu acordei coloca tudo em uma mesa ao lado e se vira pra mim.
- Você dormiu bastante, devia estar muito cansado.
Ele arruma o meu cabelo e toca o meu rosto.
- Está tarde, vamos deixar para conhecer o resort amanhã?
Eu concordo, ele segura a minha mão e ele me ajuda a levantar.
- Vamos lá ver o pôr do sol?
Ele joga várias almofadas no chão e se deita, segura a minha mão e me puxa e faz eu me deitar no seu braço. Fecho os olhos e fico escutando o som do mar e sua respiração, chego mais perto, abraço ele e coloco a cabeça no seu peito, fico ouvindo o seu coração, enquanto ele passa a mão pelos meus cabelos. Isso é bom, fico prestando atenção nesse momento para guardar ele, vai ser o meu novo lugar seguro para quando eu precisar me desligar.
- Non?
Eu abro os olhos e volto a deitar no seu braço.
- Desculpe, achei que você estava dormindo. Quer jantar?
Eu fico olhando, ele parece diferente, como na semana passada que sempre dava um passo para trás quando eu chegava perto.
- Posso perguntar uma coisa?
- Claro.
- Porque você está estranho?
- Eu estou estranho?
- Está como quando eu achava que você não gostava de mim.
- Como assim Non?
- Como quando você se afastava, eu sei que você não está se afastando, mas é uma sensação confusa igual.
Eu não sei como explicar pra ele.
- Posso te beijar?
Ele se aproxima e me beija, mas é a casquinha de baunilha, não é o beijo que eu quero, então eu beijo ele, me viro e fico com a parte de cima do meu corpo em cima dele para conseguir beijar melhor. Está ficando muito mais fácil beijar ele, quase não preciso pensar no que fazer. Eu me abaixo e beijo o seu pescoço, entao ele me segura e me afasta.
- Quer jantar?
Ele está fazendo de novo, está querendo parar.
- Não quero jantar, quero fazer o que estamos fazendo. Você não quer?
- Claro que eu quero.
Eu me aproximo, beijo ele de novo e mais uma vez ele me afasta.
- Non, vamos fazer uma pausa.
- Você está fazendo de novo.
- O que?
- Sendo estranho e me afastando.
- Non, eu falei sério quando disse que ainda estou tentando me controlar, eu quero ir devagar.
Eu penso sobre o que ele disse, mas não parece certo pra mim.
- O que eu quero não importa?
Ele me encara, olha por todo o meu rosto, mas não diz nada.
- Ou eu sou um adulto ou não sou Ohm.
Ele fecha os olhos e coloca a braço cobrindo eles.
- O que você quer?
Eu olho para ele, quero beijar, mas com o braço do jeito que está não dá, então eu lembro do que eu perguntei pra ele e vou com a mão até a sua calça e abro o botão, ele segura a minha mão e eu me assusto. Parece que ele acabou de correr, está começando a suar, respirando forte e não solta a minha mão.
- Você perguntou o que eu queria.
- Non, eu não sei se consigo me controlar.
- Então não se controle.
- Você não sabe o que está dizendo.
Eu olho para ele e sinto o meu rosto formigando, eu respiro fundo e digo.
- Você está falando de ... Sexo.
Ele tira o braço de cima do rosto e me olha.
- Non?
- Eu posso não saber o que estou fazendo e nunca ter feito nada do que nós fazemos, mas eu não sou ignorante a ponto de saber sobre isso. Você quer isso, não quer?
Ele toca o meu rosto e então os meus lábios.
- Você não devia pensar sobre esse tipo de coisa...
- E se eu quiser fazer?
- Você quer?
Eu fico olhando para ele pensando sobre isso.
- Não sei, mas nunca vou saber se você continuar me afastando. Eu também não sabia que queria ... - sinto o meu rosto muito quente agora - me tocar ou você fazendo aquilo, mas eu gostei muito de tudo.
Ele continua me encarando sem dizer nada, então eu solto a minha mão e seguro o seu zíper.
- Me ensina como fazer em você?
Ele fecha os olhos e eu espero, então ele me olha de novo.
- É igual ao que ensinei e a mesma coisa de se masturbar.
- Isso não, o que você fez com a boca.
Ele respira fundo e passa a mão no rosto, olha pra mim, segura a minha mão, começa a abrir o ziper e diz.
- Eu vou para o inferno por sua causa, mas eu juro que vou feliz

*** Nota: SycrethCarol adorei a história da fábrica de sorvete ❤️

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