Chegamos em uma espécie de galpão, o Drake sai do carro, abre uma porta de aço e volta para o carro, entra no galpão e vai fechar a porta, ele volta, senta ao meu lado e estende a faca pra mim.
- Se tentar alguma gracinha já sabe. Solta a sua mão.
Eu fico olhando para a faca, quando ele faz sinal com ela na minha direção eu me assusto.
- Anda logo Fruto Proibido.
Eu pego a faca e corto a braçadeira.
- Agora me dá aqui.
Eu dou a faca pra ele que sorri.
- Viu só, não precisa ser difícil, o meu problema não é com você, mas você vai me ajudar. Agora sai do carro e vem comigo.
Nós descemos do carro e ele puxa uma cadeira.
- Senta aí.
Eu me sento e ele prende as minhas mãos para trás, então se senta no chão e fica olhando para mim com a faca na mão.
- O meu telefone começa a tocar de novo no carro, ele tem tocado sem parar desde que saimos.
- Acho que está na hora de eu dizer um oi para o Ohm.
Ele levanta e vai até o carro, mas o telefone para de tocar, ele olha na tela e diz.
- Não era o Ohm.
Ele senta no chão com o telefone na mão e fica me olhando, o telefone começa a tocar de novo ele me olha e sorri.
- Vejam se não é o marido do ano! Eu fiquei sabendo que você se casou Ohm, é verdade?
...
- Eu acho melhor você parar com as ameaças, você não quer que nada aconteça com o fruto proibido não é?
...
- Não se preocupe, eu ainda não toquei em nenhum fio de cabelo dele.
Ele se levanta e vem na minha direção.
- Diga oi para o Ohm Fruto Proibido.
Nunca liguei de me chamarem assim, mas quanto mais ele fala isso menos eu gosto. Ele coloca a faca perto da minha bochecha e eu me assusto de novo.
- Eu adoraria abrir um buraco na sua covinha, diga oi Fruto Proibido.
- Oi.
- Ouviu, ele está bem, por enquanto. Agora nós precisamos conversar.
Ele volta para onde estava e se senta.
- Você sabe o que eu quero Ohm, eu quero o meu irmão.
...
- Você vai ter que dar um jeito, você colocou ele lá, agora vai tirar ou então eu vou sumir e o Fruto Proibido vai sumir comigo.
...
- Eu não quero mais nada só o meu irmão, você vai mandar soltar ele e vai garantir que ninguém vai atrás dele nem de mim.
....
- Você tem até o fim do dia.
Ele desliga e me olha.
- Acho melhor você relaxar, vamos ficar aqui por um bom tempo.
Eu olho para ele e não entendo o que está acontecendo.
- Porque você está fazendo isso? O que aconteceu com o seu irmão?
Ele me olha com raiva e se levanta.
- Você não ficou sabendo? O seu maridinho prendeu ele semana passada e agora está tentando me prender, aquele desgraçado achou que eu ia ficar fugindo.
Ele dá risada e aponta a faca pra mim.
- Ele pegou o meu irmão, agora eu não tenho nada a perder, mas ele tem, então se ele quiser você de volta ele vai ter que soltar o meu irmão.
- Porque ele prendeu o seu irmão?
Ele para, olha para mim e coça a cabeça com a faca.
- Você não sabe de nada mesmo não é?
Eu nego e ele começa a andar de um lado para o outro.
- Ele bateu na moto de vocês, naquele acidente.
- Porque?
- Porque nós recebemos uma bolada pra matar o Ohm, no início eu não queria, mas era muito dinheiro, o meu irmão acabou aceitando e eu tive que ajudar ele, então quando vocês estavam saindo eu avisei e ele foi atrás de vocês.
- Não, está errado, porque alguém ia querer matar ele?
- Pelo dinheiro que pagaram ele mexeu com a pessoa errada, a pessoa ofereceu o dobro do valor para o meu irmão dessa vez, mas o Ohm pegou ele antes.
Eu não consigo pensar direito, tento me controlar, mas é demais para mim, estão tentando matar ele! Querem ele morto! Ele não pode morrer, ele não pode!
Sinto que estou sufocando, eu preciso me mexer, mas não consigo. Eu preciso ir até ele, preciso saber que ele está bem.
- Eu falei sem loucura, para de balançar agora porra.
Eu me assusto e não sei como parar, então eu fecho os olhos e vou até ele.Eu sinto o seu cheiro e o cheiro do mar, deito no seu peito e fico escutando o seu coração.
- Ninguém toca nele!
Eu escuto a sua voz e me concentro no som do seu coração, apenas no seu coração.- Non? Amor, está me ouvindo? Amor você tem que voltar para mim, eu pedi para você não fazer mais isso, por favor volta...
Eu escuto voz dele distante, quero ir até ele, mas também quero ficar aqui.
- Você lembra da nossa lua de mel Non? O que você acha de fazermos de novo, só eu e você no meio do mar? Você pode começar as aulas para poder pilotar a lancha, o que você acha?
Eu sinto ele segurando a minha mão, beija ela e volta a falar.
- Talvez possamos comprar a nossa ilha, lembra que eu falei sobre comprar uma ilha para nós? Vamos fazer isso, só eu e você?
- Você não está falando sério, não é?
Ele me olha e sorri, mas também está chorando, levanta da cadeira que está sentado e me beija.
- Porque você está chorando?
- Não é nada. Como você está?
- Estou bem, mas os meus braços estão doendo. O que aconteceu?
- Você não lembra?
Eu me concentro e tento me lembrar, mas não consigo, fecho os olhos, sei que tem alguma coisa importante, muito importante, eu tenho que lembrar. Eu me sento e olho para ele.
- Querem matar você!
- Não se preocupe, nós já pegamos eles.
- Quem?
- O Drake e o irmão.
- Não, pagaram para eles, duas vezes, querem matar você! Eles querem... Eles querem...
Eu começo a ficar nervoso, alguém quer matar ele, isso não pode acontecer, não com ele.
- Non, calma, não vai acontecer nada.
- Vai sim, o Drake me contou, ele me contou, ele contou....
Ele me abraça.
- Fica calmo, não vai acontecer nada comigo, eu prometo.
- Não pode acontecer nada com você , por favor, você tem que ficar bem!
- Eu vou ficar. Olha pra mim, confia em mim?
Eu olho nos seus olhos e começo a me acalmar
- Sim.
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Hotel 68
FanfictionNanon está sozinho em Bangkok pela primeira vez na sua vida, uma cidade onde tudo é novo e diferente de onde ele morava, os lugares, a poluição, o barulho, as pessoas... Ele começa a trabalhar em um hotel como camareiro e vê a sua vida mudando de re...