Capítulo 11 - Ivar

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Boa noite, pessoalVieram me perguntar se poderiam fazer edits com a Nini e a resposta é ÓBVIO QUE SIM! No meu tiktok tem um monte que eu mesma fiz, mas fiquem a vontade para fazer um se quiserem também e por favor, podem me marcar.


Dias atuais...

Assim que fechei minha boca, percebi a veracidade do que estava dizendo. Ela estava em meu carro. Eu a tinha. Por todo aquele dia até o pôr do sol. Sem fingimentos, sem interrupções e a sós.

Bufo baixinho ao lembrar que meu pai e o tio Will me pediram para que eu fosse atrás dela e tentasse me aproximar, como se estivessem me pedindo um favor e sem fazer a menor ideia.

Pressiono meus dedos pelo volante e me mantenho aguardando que ela comece a falar, mas Nini se mantém em sua posição emburrada, olhando para a janela e o mais distante possível de mim. Bufo e continuo aproveitando a sensação quente em minha bochecha, de onde ela me deu um tapa.

Como começar a fazê-la falar?

— Então, já está pronta para desistir da equipe de líderes de torcida?

Ela abre a boca surpresa pela mudança de assunto e pelo absurdo da minha pergunta. Ela não desistia.

— Por que eu faria isso? — pergunta, virando para mim.

— Porque Beth está pegando no seu pé e fazendo você suar nos treinos, não é mesmo? — questiono, a provocando. — Aposto que você deve estar cansada e esgotada depois dessa semana de treinos tão intensos...

Ela pende a cabeça para o lado e descruza os braços, observando minha expressão.

— Não consigo saber se está falando sério ou zoando com a minha cara — assume e sei que tenho toda a sua atenção naquele momento. Isso aí.

Mas não demora até que eu tire os olhos da estrada e encare os seus, e nesse meio segundo, ela perceba que estou brincando.

— Você é um idiota — resmunga, encostando no banco novamente e dando um suspiro. — É ridículo, entediante e não aguento ter que saltar e fazer aberturas medíocres para manter o padrão.

Rio sem conseguir me conter e satisfeito por ter conseguido fazê-la voltar falar.

— Mas você não vai desistir — afirmo.

— É claro que não. Essa cidade não tem um ginásio apropriado, eu não tenho carro ou sequer habilitação para ir até Meridian ou alguma cidade próxima em busca de um, e é ao menos uma distração, além de uma ocupação do meu tempo. Dessa forma, passo menos tempo naquela casa e fora do radar — ela assume, dando de ombros.

— Fora do radar?

— Fora de casa. Longe de tudo isso e sozinha.

— Acredita mesmo que tio Will matou seu pai? — pergunto com o cuidado de quem se move em um campo minado.

Ela respira fundo e passa as duas mãos por seu cabelo.

Sei que foi isso o que aconteceu, Ivarsen — confessa.

— E tem medo dele por isso?

Ela hesita, tentando organizar seus pensamentos.

— Não sei. Não faz sentido. Nada disso faz — assume, franzindo o cenho. — O homem que matou meu pai, faz vozes engraçadas enquanto lê histórias para seu filho mais novo e abraça minha tia como se ela fosse a coisa mais importante do planeta. E eles me tratam... bem.

— Esperava que eles te tratassem mal? — pergunto sem entender.

— Não sei o que eu esperava, mas definitivamente não era isso — diz com um suspiro e volta o rosto para a janela novamente.

Runaway - A DEVIL'S NIGHT FANFICTION (PTBR + ENG)Where stories live. Discover now