Runaway - A DEVIL'S NIGHT FANFICTION (PTBR + ENG)

Capítulo 27 - Nini

Dias atuais...

Depois de pegar minha mochila e fechar meu armário, descontando minha raiva na porta por um momento, saio apressadamente para fora do prédio, tentando saber se Mads tinha retornado e estava por ali. Contudo, estacionado na saída, de pé em frente à um carro, Damon me chama com um dedo e eu reviro os olhos, marchando até ele, ficando em sua frente e cruzando os braços.

— Eu estava me perguntando quanto tempo levaria até fazermos isso novamente — declaro, lembrando da última vez que aceitei sua "carona".

Ele bufa e abre a porta detrás para que eu entre, onde vejo que Michael está ao volante e Damon senta no banco ao seu lado.

— Dessa vez trouxe companhia? — pergunto, ainda sentindo a raiva borbulhar em mim. — Então, como vai acontecer?

— Quer dizer que quando você pode falar, você não consegue calar a boca? — Damon rebate e eu me afundo no banco.

Idiota.

Tento me manter quieta, mas estou pau da vida com Ivarsen e sem a menor paciência para ser, mais uma vez, ameaçada por seu pai.

— Quer saber? Tudo bem. Você deixou claro que não gostava de mim e que não me queria por perto, mas eu ignorei, e estou namorando seu filho, então, eu entendo. Você já queria me matar mesmo — afirmo. — E se você decidir me matar, não tem muito que eu possa fazer, mas pelo menos eu não vou morrer virgem--

— Caralho, o que há de errado com você? — Damon exclama, virando para me encarar, enquanto Michael está se contorcendo de tanto rir.

Me calo mais uma vez e tento adivinhar para onde estou sendo levada. O barato do brownie passou e eu me sinto agitada, depois do que eu e Ivarsen fizemos na biblioteca. A sensação é como se eu estivesse com sono, mas meu corpo fosse incapaz de desligar e estivesse pronto para correr uma maratona.

Considero pegar meu celular para avisar a ele e Mads que estou com seu pai, mas sei que isso só causaria mais um motivo para que Damon achasse que estou fazendo algum jogo com os filhos deles.

— Se importa de colocar alguma música? — pergunto, incomodada pelo silêncio no carro, mesmo depois que abro as duas janelas detrás.

— Acha que vamos matar você e está pedindo para colocar música? — Damon me questiona, mas começa a mexer no painel, e assim que consigo conectar meu celular ao invés do dele, inicio I Just Wanna Live e aumento o volume o máximo que consigo.

Pelo espelho retrovisor, vejo os lábios de Damon se moverem para me chamar de "pestinha do caralho" e controlo o riso.

Porém, quando passamos da ponte que leva até o outro lado da cidade, me mantenho em alerta, e quando percebo para onde estamos indo, guardo meu celular em minha mochila.

— Michael, para onde estamos indo? — pergunto, me dirigindo diretamente a ele, por possivelmente, a primeira vez em minha vida.

Porém, ele não me responde, muito menos Damon. E quando entramos na rua que leva até minha antiga casa, eu não espero para saber o que estamos fazendo ali, pegando minha mochila e saltando do carro em movimento em direção a grama que arranha meus joelhos, mas somente superficialmente, e começando a correr para a floresta, ainda sendo capaz de ouvir os xingamentos e os gritos dos dois, que freiam o carro e descem para me pegar.

Porra, eles iriam me entregar para Evans? Como se eu fosse a droga de uma encomenda ou algo do tipo? Damon me odiava tanto assim?

Corro mais um pouco, mas estou em meu território e não preciso ir muito longe para achar o primeiro lugar em que posso me esconder.