Dias atuais...
— Nini? — chamo seu nome quando ela demora mais de um minuto em pé e em frente a cama, apenas observando o quarto.
— Uh? — murmura, virando a cabeça devagar em minha direção.
— Sabe que não vamos fazer nada que você não queira, certo? — declaro para que fique mais calma.
Ela bufa e seus ombros cedem um pouco, está nervosa desde que a convenci a vir, mas não tenho intenção alguma de força-la a fazer nada. Porém, precisava saber o que poderia ter acontecido para deixá-la desse jeito.
— Lembra quando te levei ao décimo segundo andar do Delcour? — pergunto, passando por ela e me movendo em direção a cesta com comida e ao frigobar que pedi para que deixassem abastecidos ali. Depois, conecto meu celular ao sistema de som da suíte e deixo que Teenage Riot comece a tocar ao mesmo tempo em que abro a porta da varanda e a chamo para ficar ali, estendendo minha mão. — Você me deixou ver o que se passa em sua mente naquele dia, e é isso que eu preciso agora. Pode fazer isso? Por mim?
A cabeça de Nini pende para o lado, mas depois de um suspiro pesado ela se move, vindo até mim e pegando minha mão.
Daria tudo para ter aprendido com Mads e ter uma noção de sua pulsação usando apenas meus dedos, mas tinha quase certeza que naquele momento, Nini estava prestes a desistir e correndo na direção oposta.
— Sei que não vai falar sobre, mas vou precisar tentar chutar, okay? — começo, sentando em uma das cadeiras de madeira que foram colocadas ali e a puxando para o meu colo, mantendo sua mão na minha e pondo a outra em seu quadril. — Você se arrependeu? De ter tido sua primeira vez naquele dia e comigo?
Ela vira e antes que diga qualquer coisa, sei que não é o caso. O castanho de seus olhos se incendeia e todo seu corpo reage com a memória.
— Não — nega, balançando a cabeça. — Eu quis aquilo e quis com você.
Meu coração aquece, mas me mantenho no lugar, me esforçando para não beija-la naquele momento, pois precisava que ela continuasse falando.
— Foi por que doeu? E você está com medo de que doa novamente? — continuo chutando.
Ela dá um meio sorriso e se aproxima de meus lábios para falar:
— Ivarsen, dez minutos depois de minha primeira vez, eu estava pronta para a segunda — brinca, pondo a mão no nó de minha gravata e a afrouxando.
E lá estava, voando por aquela varanda, todo meu foco. Meus olhos descem até o decote de seu vestido, com seus seios posicionados contra meu corpo e meu sangue ferve, acordando meu pau que está há duas semanas a desejando.
O frio da noite traz uma rajada de vento que a deixa arrepiada e ela se acomoda em meus braços ao mesmo tempo em que ponho os braços ao seu redor, apertando seu quadril contra mim e começando a brincar com a alça de seu vestido.
— Então...
— Emory teve uma conversa comigo no dia do aniversário de Aydin — ela assume, franzindo as sobrancelhas.
— O que ela disse? — pergunto, levantando uma sobrancelha, sem entender.
— Ela... — Nini hesita, mas solta uma lufada. — Eu assumi que estávamos juntos para ela e ela teve aquele tipo de conversa comigo.
Suas bochechas ficam rosadas, ao mesmo tempo em que ela lembra do que quer que tenha sido conversado e eu prendo o riso.
— E o que ela disse? Para você se guardar até o casamento? — a provoco por um momento, descendo meus dedos da alça até o local que cobre seu colo.
YOU ARE READING
Runaway - A DEVIL'S NIGHT FANFICTION (PTBR + ENG)
RomancePT: NINI Eu estava em maus lençóis. Voltar para Thunder Bay não era seguro e eu sabia disso. Tinha ido embora há quatro anos e agora, de repente, estava sendo obrigada a voltar, mas dessa vez, para onde sempre fui proibida de ir. Eu sabia que eles...
