Mais um capítulo devidamente traduzido e saído do forninho para vocês que ainda não desistiram!
Parabéns, suas guerreiras!
E como sempre, muito obrigada pelo apoio.
Dias atuais...
Minha mãe falhou em me proteger.
Em toda a minha vida, na maior parte do tempo, me senti sozinha, e mesmo quando estava com ela, não sentia como se fosse alguém em quem pudesse confiar.
E depois que cresci, logo era eu que fazia o possível para não dar trabalho e de certa forma, cuidar dela.
Mesmo quando estava no internato, sempre tentei manter minhas notas altas, não me meter em confusão – a não ser quando precisei me defender – e quando ela vinha me visitar, topava qualquer programação que quisesse. Tudo para que nós não nos afastássemos ainda mais, tudo para que ainda tivéssemos algo em comum.
Por isso, quando acordei nesta manhã, depois de passar pela já conhecida sessão de enjoos, assim que vi pequenas gotas de sangue em meu pijama, prontamente tomei a decisão de ir para o hospital. Não contaria para Evans e muito menos pediria sua ajuda, por mais desesperada que eu estivesse, mas esperava que fosse fácil conseguir ao menos chegar até lá e por isso, levantei, troquei de roupa, coloquei meus documentos na mochila e saí, ainda com o dia nascendo, do hotel em que estávamos hospedados.
Me sentia culpada por ter brigado com aquele velho infeliz na noite anterior, mas ele não ousou encostar em mim e eu me aproveitei do fato de que ele sabia que não deveria fazer isso, para retribuir as ofensas que estava recebendo.
Evans, como sempre, me disse coisas terríveis e tentou me fazer acreditar que meus pais estariam com vergonha de mim, mas eu fiz o possível para ignorar toda a merda que ouvia e assim que pude, escapei para meu quarto. Agora, me sentia culpada, nervosa e ansiosa, pois sabia que esse sangramento devia estar acontecendo pelo estresse dessa discussão.
Sabia também quão ferrada eu estava, pois de todos os hospitais que deveriam haver em Nova York, acabei indo parar no mesmo que Aydin trabalhava. E assim que me viu na recepção, preenchendo a papelada para que pudesse ser atendida, ele não demorou cinco segundos olhando o que eu estava escrevendo para ordenar a recepcionista que prosseguisse com meu atendimento imediatamente. Porém, ele não veio conversar comigo.
Eu estava impacientemente, aguardando em um quarto, já tendo conversado com uma enfermeira, uma obstetra e uma assistente social. As três tendo me perguntado se era uma vontade minha continuar com a gravidez e me oferecendo a opção que eu já conhecia.
Mas agora, essa não era mais uma opção para mim. Sim, legalmente, eu ainda poderia recorrer ao aborto, contudo, já tinha tomado uma decisão.
Não sabia coisa alguma sobre ser mãe, mas sabia o que não deveria fazer e o que não queria que acontecesse com ele, por esse motivo, eu o protegeria com tudo o que tinha. Meu hóspede. Meu bebê.
E quando as três pareciam hesitantes, eu podia sentir que havia algo errado. Algo que não estavam me contando, mas quando perdi a paciência e pedi para que falassem logo o que era, elas apenas me pediram calma e saíram, me deixando sozinha naquela merda de quarto.
É, como se ficar sozinha num quarto de hospital em uma cidade distante fosse me deixar mais calma.
Mesmo assim, se elas estavam me oferecendo a opção, isso significava que eu não estava abortando e que ele ainda estava ali, por isso, buscando uma forma de passar o tempo, eu andei de um lado para o outro, observando os detalhes do quadro que havia ali, vendo que tratava de um trabalho original de algum artista que eu não conhecia, e conforme o tempo passava, ouvindo as vozes que chamavam médicos de uma sala para a outra enquanto lia a bula de tudo o que havia no local.
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Runaway - A DEVIL'S NIGHT FANFICTION (PTBR + ENG)
RomancePT: NINI Eu estava em maus lençóis. Voltar para Thunder Bay não era seguro e eu sabia disso. Tinha ido embora há quatro anos e agora, de repente, estava sendo obrigada a voltar, mas dessa vez, para onde sempre fui proibida de ir. Eu sabia que eles...
