Dias atuais...
Leva um tempo do caralho para acalma-la, e quando ela finalmente me conta o que aconteceu, já estamos no carro. O que me deixa pau da vida por não poder voltar ao banheiro e ver se o maldito que a perseguiu ainda estava lá.
— E você não conseguiu ver nada novamente? — pergunto, mas sei que mais uma vez, esse filho da puta conseguiu uma forma de encontrá-la sozinha e indefesa.
Nini balança a cabeça, abraçando as próprias pernas no meu banco do carona. Está gelada e tremendo, mas isso nada tem a ver com o clima do lado de fora, e sim com o medo que está sentindo até agora. É um verdadeiro avanço que ela ainda esteja se comunicando e, apesar de não expor em voz alta, eu desejava que ela percebesse isso em algum momento.
— E ainda perdi meu celular — ela funga em uma vozinha magoada.
— Está tudo bem, querida — digo, passando uma mão em seu cabelo e me aproximando para dar um beijo em seu rosto. — Ainda está com frio?
Ela acena algumas vezes e eu aumento a temperatura do aquecedor, indo em seguida para o banco traseiro e a convidando para vir sentar ao meu lado.
— Essa é a terceira vez, Ivarsen — ela reflete amargurada. — E eu ainda não tenho certeza de quem poderia estar fazendo isso, porque sequer tenho tempo para pensar sobre, com tudo o que está acontecendo! — reclama, pondo a cabeça em meu peito, ao mesmo tempo em que ponho os braços ao seu redor.
— Nini, a nossa lista de inimigos não é tão longa assim — assumo. — E se Evans está tentando nos dizer que ainda está no jogo, não duvido que tenha sido ele que mandou alguém para assustar você.
— Mas por quê? Amanhã estarei naquela casa e ele sabe disso! — lembra, seus olhos ficando marejados novamente.
— Eu não sei, mas... ele é o único que sobra dessa equação — reflito.
Ela fica em silêncio, fechando os olhos e se encolhendo ainda mais, chegando ainda mais perto de mim, até que vejo mais lágrimas rolando pelo seu rosto.
— Não, por favor, não chore — peço, beijando seu rosto.
— Eu estou com medo, Ivarsen! — ela declara, pondo suas mãos em meu rosto e encarando meus olhos. — E não só por mim, eu estou com medo de machucarem ele!
Seus olhos castanhos tentando me dizer tudo o que está sentindo e eu a puxo para meu colo, lhe colocando em minha frente.
— Eu sei, eu também estou com medo, mas ele está bem, você está bem e isso é tudo o que importa agora — tento convencer a ela e a mim mesmo, a segurando ali, mas nós sabemos melhor do que isso.
Por esse motivo, ela respira fundo e me beija como se estivesse mergulhando em mim para esquecer o que acabou de acontecer e retribuo, minha mão indo em direção a sua nuca para segura-la no lugar e minha língua adorando sua boca.
Sabia que estávamos cheios de problemas e que por mais que nós quiséssemos focar em um problema de cada vez, eles estavam apenas acumulando e em algum momento teriam que ser resolvidos e decididos mesmo que de forma impulsiva, no meio do tornado. Contudo, se eu tivesse Nini, assim como tinha a certeza de que sempre teria minha família para me apoiar, eu não precisava de nada além, e poderia enfrentar o que quer que fosse. Só precisava fazê-la entender que agora essa era sua família também.
Seus dedos afrouxaram minha gravata, retirando-a e depois voltaram para os botões de minha camisa, abrindo cada um deles com delicadeza, apesar da pressa, e sua boca começou a descer pela minha mandíbula, meu pescoço e meu peito, beijando e roçando os dentes, fazendo meu pau acordar e inchar dentro da calça.
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Runaway - A DEVIL'S NIGHT FANFICTION (PTBR + ENG)
RomancePT: NINI Eu estava em maus lençóis. Voltar para Thunder Bay não era seguro e eu sabia disso. Tinha ido embora há quatro anos e agora, de repente, estava sendo obrigada a voltar, mas dessa vez, para onde sempre fui proibida de ir. Eu sabia que eles...
