O Incêndio Proposital - I

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Um dia calmo e entediante como qualquer outro dia, Eveleth estava andando pelo bosque perto do vilarejo onde a mesma vivia com sua irmã mais velha Leyla, ela estudava em casa, é bem melhor, Eveleth tinha um cabelo um tanto quanto longo, olhos verdes assim como sua irmã, Eveleth amava pintar, a mesma estava voltando do bosque pois estava desenhando lá, é o "porto seguro" de Eveleth
Então a mesma, voltava para sua casa, o ar é frio, o céu é estrelado, e a neblina não é tão densa, o lugar é bem pacífico, as casas tem um ar estranho, normal e entediante, tudo isso ao mesmo tempo, Eveleth se aproximava cada vez mais de seu tão desejado destino, quando um cheiro forte de fumaça se espalhava pelo ar, o cheiro era forte, e perceptível, ela o seguiu mais a dentro da rua, era sua rua, quando olhou mais de perto, sua casa estava em chamas...

Seus olhos estavam fixados naquilo.

Sua mente estava ligando os fatos.

Seu coração estava agitado.

Suas pernas tremiam.

Ela se desesperou e correu para dentro.

- Leyla! Responde Leyla! Você está aí?! - Ela gritou em meio ao desespero.

Antes que ela percebesse, a casa já estava desmoronando, a porta da frente que antes estava intacta, agora era apenas madeira queimada, Eveleth correu até os fundos de sua casa que estava ficando deformada cada vez mais, ela viu uma multidão, ela podia ouvi-los dizer;

- Bruxa!

Eveleth pensou consigo mesma, e entendeu oque estava acontecendo, eles acharam que ela estava em casa, pois todos a chaman assim, mesmo que a mesma não fosse...

- Olhe! Ela está viva! - Gritou alguém.

Ela correu para dentro, subiu para o segundo andar, com dificuldade achou Leyla, a arrastou para fora e a multidão estava quebrando a linda cerca dos fundos para agora acabar com a "Bruxa", que por si não era...

pense bem Eveleth mesmo que fuja, eles não a deixarão em paz.

- Eveleth, por aqui! - Disse alguém sussurrando baixo, porém alto o suficiente para que ela ouvisse.

"Achei que era eu contra o mundo, mas vejo bem, na verdade ouço que tenho ajuda, essa voz... Benjamin? Havia outra voz também, seriam Benjamin e Janine? meus amigos..."

Eveleth correu até seus amigos eles a levaram até um lugar seguro...

Era oque ela achava...

Benjamin e Janine, os amigos de infância, que Eveleth achou que conhecia a vida inteira como a palma da mão, na verdade eram apenas dois traidores, quando Eveleth e eles chegaram, centro da cidade, Janine acertou Eveleth na cabeça com uma garrafa, fazendo a mesma ficar inconsciente...

Tudo se apagava.

Tudo sumia como folhas ao vento.

  Tudo estava escuro.

   Tudo já não estava mais visível.

  Tudo oque disseram era falso.

Tudo oque ouvia, eram corvos.

Tudo oque sabia era que era seu fim.

Ou talvez não fosse...

Sombras do Abismo: O Corvo PrateadoOnde histórias criam vida. Descubra agora