Sombras do Abismo: O Corvo Prateado

O Caçador Favorito - XXXII

Dante consegue entrar no seu lugar seguro e procura por Kent, ele percebe vários desenhos espalhado pelo chão e decide segui-los, pois sabe que quem fez isso obviamente foi Kent.

- Kent? - Dante diz seguindo os desenhos.

A trilha leva Dante até uma caverna com um lago e plantas brilhantes iluminado aquele lugar, Dante sorri ao ver aquele lugar e percebe que Kent está ali, pois consegue ir até ali, Dante lembra que ele e Kent criaram aquele lugar com sua mente e imaginação, então é dos dois, assim Kent deve estar ali, Dante se sente mais aliviado, de repente alguém tampa seus olhos.

- Advinha quem é. - Diz a pessoa em um tom animado.

- Será que é... O meu caçador de recompensas favorito? - Diz Dante se virando para trás.

Dante segura levemente a mão de Kent e o beija...

- Espera ai, você disse que eu sou seu caçador favorito? - Diz Kant sorrindo para Dante.

- Sim, porque? - Diz Dante confuso enquanto sorri de volta.

- Então você conhece outros? - Diz Kent sorrindo enquanto se aproxima de Dante e o puxa levemente pela cintura deixando Dante meio tímido e o abraçando. - Eu to brincando. - Diz Kent acariciando levemente o rosto de Dante percebendo sua expressão tímida.

- Tá bom. - Diz Dante sorrindo.

- Eu conheço essa expressão, acho tão engraçado e ao mesmo tempo fofo quando você fica meio tímido assim. - Diz Kent sorrindo e derrubando Dante na grama macia. - Desculpa, eu machuquei você? - Diz Kent preocupado.

- Não, está tudo bem. - Diz Dante olhando para Kent com um sorriso.

Então Kent começa a acariciar o cabelo de Dante enquanto o puxa para perto de si.

- Não sei oque eu faria sem você. - Diz Kent sorrindo. - Espero que um dia nós nos encontramos na vida real, sei que vou te reconhecer quando vir seus lindos olhos nos quais eu me perco toda vez, sabe? É uma sensação de paz e tranquilidade. - Diz Kent abraçando Dante enquanto estão deitados na grama.

- Eu também... - Respondeu Dante.

Kent sorri gentilmente ao ouvir a resposta de Dante e aperta a mão dele com carinho.

- Quer nadar neste lago? - Diz Kent questionando Dante.

- Na verdade eu não sei nadar, passei tanto tempo fazendo o trabalho do Alain que esqueci de mim. - Diz Dante cabisbaixo.

- Tudo bem, não precisa nadar se não quiser. Na verdade, só de ter você aqui já é o suficiente pra mim. - Kent responde com um tom acolhedor.

Ele então se senta ao lado de Dante na beira do lago, balançando os pés na água, criando pequenos círculos. O ambiente ao redor é tranquilo e sereno, com as plantas brilhantes proporcionando uma luz suave e colorida. Kent olha para Dante e percebe que ele está relaxando mais, talvez pela primeira vez em muito tempo.

- Sabe, você passou por muita coisa. Se quiser, a gente pode simplesmente ficar aqui e conversar, ou só curtir a paisagem. Não precisa se sentir pressionado pra fazer nada. - Kent diz, tentando tranquilizar Dante.

Dante se sente aliviado com as palavras de Kent. Mesmo com a proximidade física, Kent respeita seus limites e não força nada que o deixe desconfortável. Esse tipo de cuidado mostra que Kent valoriza a relação deles, não apenas como um lugar de conforto, mas também como uma oportunidade para Dante encontrar sua própria paz.

Dante se aconchega mais perto de Kent, encostando sua cabeça no ombro dele. Eles ficam ali, ouvindo o som suave da água e o sussurro das plantas ao redor, criando um momento de tranquilidade em meio à agitação da vida real. A conexão entre os dois é forte e cheia de respeito, com Kent dando a Dante o tempo e espaço de que ele precisa para se sentir seguro e amado.

Então a água muda para um lugar cheio de estrelas brilhantes, Dante se assusta novamente com o barulho, por conta de sua audição sensível e tampa os ouvidos, Kente percebe e abraça Dante.

- Está tudo bem! - Diz Kent acariciando novamente o cabelo de Dante.

- Obrigado... - Diz Dante se sentindo confortável nos braços de Kent.

- Gostaria que esse lugar não fizesse barulhos altos assim. - Diz Kent olhando para as estrelas, que se parecem com água porém com uma textura de estrelas brilhantes.

- Isso te incomoda? - Dante questiona Kent.

- Não... - Kent responde.

- Então, porque gostaria que não tivesse isso? - Diz Dante confuso.

- Porque incomoda você. - Diz Kent segurando a mão de Dante com uma de suas mãos e com a outra acaricia levemente o rosto de Dante e rouba um beijo, deixando Dante meio tímido. - Você fica meio tímido, quer dizer que você gostou, não é?

- Sim. - Diz Dante sorrindo meio tímido.

- Você imaginou as estrelas? - Diz Kent tentando entender a nova textura da água.

- Eu pensei, mas não imaginava que a água ficaria assim, isso é legal e estranho. - Diz Dante enquanto sorri e bagunça o cabelo de Kent. - Obrigado por se preocupar comigo. Sabe, é a primeira vez que eu sinto isso por alguém.

- Eu me preocupo e me importo com você porque você é a única pessoa que eu mais amei nessa vida, acha que ficamos juntos em alguma vida passada? Se estamos destinados a ficar juntos, significa que... Somos almas gêmeas? - Diz Kent segurando a mão de Dante.

- Almas gêmeas? - Diz Dante sorrindo. - Creio que sim, somos tão diferentes e parecidos ao mesmo tempo...

- Aliás, eu tenho um presente pra você, Dan, você quer ir comigo? - Diz Kent enquanto se levanta.

- Sério? Eu gosto de presentes, lembro que a dona do orfanato sempre trazia alguns brinquedos novos para as crianças e eu sempre dividia os meus com a Ruby. - Diz Dante animado enquanto se levanta. - Espera, você me chamou de Dan?

- Um apelido carinhoso, já que você sempre assinava as cartas assim ou com D.O, aliás oque significa o O? É seu sobrenome? - Diz Kent andando em direção ao local onde deixou o presente enquanto segura a mão de Dante

- É Dante Oswald. - Diz Dante sorrindo.

- O meu sobrenome é Lincoln, deixa ez ver "Kent Oswald", "Dante Lincoln", Qual fica melhor? - Diz Kent.

- Oque quer dizer trocando os nosso sobrenomes? - Diz Dan confuso.

- As pessoas fazem isso quando ficam juntas, tipo trocam seu sobrenome pelo sobrenome de seus companheiros. - Diz Kent sorrindo.

Dante e Kent chegam ao lugar onde Kent deixou o presente, era uma espécie de pintura deles dois juntos, Dan sorri.

- Eu gostei, é realmente bem feita, a pintura e o traço. - Diz Dan impressionado com o dom de Kent.

- Que bom que gostou, eu só pude fazê-la aqui, pois não dava para fazer no lugar onde estou, Janine e Crisley poderiam desconfiar.

- Tudo bem, o que importa é a intenção, te amo, Kent. - Diz Dante beijando Kent...