O Beijo.

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Hoje meu dia é no hospital, amanhã vou para Iza, Vitor me deu dois dias de folga então eu não voltei lá tem três dias, e hoje estou aqui. Três dias desde que Jungkook quase me tocou.

Isso esta perturbando minha mente, eu fiquei remoendo todas as ações daquele dia e não cheguei a conclusão alguma. Tento espantar esses pensamentos, talvez eu só esteja exagerando, já fiquei tempo demais pensando nisso.

Chegando no hospital vejo Vitor na recepção, o que é estranho, ja que ele não trabalha aqui.

- Boa tarde, doutor. Oque faz aqui? - pergunto parando ao lado dele, que me olha e sorri.

- Oi Jimin, a Iza esta aqui. - volta a mexer no celular.

- Oque? - eu levo um susto com a informação. - Oque aconteceu?

- Ela teve uma parada cardíaca, e eu decidi trazê-la e interromper o programa por enquanto.

- Oh, mas isso inválida o tratamento. - lembro de quando ele disse que não podia ter uma falta se não teria que reiniciar.

- Sim. Mas no momento não tem oque fazer.

- Sinto muito Vitor. - eu falo sem perceber que fui informal. Ele me olha, inclina a cabeça para o lado e sorrir.

- Só assim pra você não ser rude comigo? - ele ergue a mão até o meu rosto mas eu desvio.

- Não fala besteira, eu poderia ser seu amigo, mas você não compreende o que isso. Enfim.. eu vou inciar meu dia.

- Esta bem. Não precisa ficar com ela exatamente, ela vai ficar com os enfermeiros de plantão do hospital, então pode fazer o que normalmente faz. - ele diz e se vira totalmente para mim.

- Certo. Bem, eu realmente sinto muito. Espero que ela fique bem logo. Qualquer coisa é só me avisar. - me viro para sair e dou um passo, mas sinto ele segurar meu braço oque me faz tropeçar para trás.

- E se eu precisar de um beijo? Você vai me dar? - sussurra perto do meu rosto e roça a boca na minha orelha.

- Vai se foder doutor. - falo entre os dentes em resposta e puxo meu braço me soltando dele.

Ando rápido até o vestiário e quando entro algumas meninas estão se arrumando, eu sento no banco e respiro fundo, tentando me acalmar.

Não é a primeira vez que Vitor faz esse tipo de comentário, eu acho que fiquei tão nervoso porque foi em um ambiente aberto, com pessoas que podiam ver e interpretar de outra maneira.

Nojento, sabia que eu não ia fazer nada que chamasse a atenção, ele sempre se aproveita de mim. Que ódio.

É foda, eu não posso simplesmente pedir demissão, além do mais eu tô no meu lugar, EU trabalho no São Matheus, Vitor é a porra de um penetra que fez uma cirurgia e agora não sai mais daqui.

Eu me consumo com a raiva sobre isso, eu fiquei todo me tremendo igual um Pincher quando me afastei dele. Não sei oque fazer. Não sei como agir, isso é frustrante.

[...]

Troquei de roupas, coloco o uniforme do hospital e vou para o elevador.
Quando saio no décimo segundo vejo Erina na enfermaria e eu sinto um alívio enorme por tê-la ali.

Entro atrás do balcão e vou direto nela, Erina me vê, mas estranhamente não faz o escarcéu que sempre faz quando ficamos tanto tempo sem contato.

- Que saudade. - minha voz embarga, porque realmente estava com saudades dela e também por causa da tensão de minutos atrás.

- Jimin...?- ela me abraça mas não do jeito que eu imaginei que faria.

- O que houve? - eu fungo ainda abraçado nela. Ela me afasta um pouco e me olha.

Wanna Be YoursOnde histórias criam vida. Descubra agora