Insano

CAPÍTULO 25

CAPÍTULO 25

Jackson andava de um lado para o outro, mais uma vez, me deixando louca. Andy me mostrou mais alguns papeis específicos para que eu analisasse e tirasse minhas próprias conclusões. De fato, muitas informações tinha sido ocultas de nós, e já fazia algum tempo. Os especialistas do laboratório tinham traços látex no vestido, nas joias e no isqueiro no meu apartamento. Chegamos à conclusão de que aquele isqueiro não tinha sido deixado por engano lá. O mais intrigante é que, nos exames que tinham feito em mim, tinham achado os mesmos traços de látex, mas isso não foi passado para nós. O que significava que, de fato, essa pessoa tinha me tocado naquela noite.

-Tá, - eu disse finalmente largando todos os papéis na mesa – o que nós fazemos agora?

-Eu não sei. – Jackson se deu por vencido e se largou no sofá.

-O senhor sabe tudo não tem uma resposta? – Andy debochou – Olha, essa é nova...

-Não me provoca, Andy!

-Jackson, está mais que claro que sua equipe te passou para trás e você não quer admitir.

-Eu não acredito nisso, qual motivo eles teriam?

-Meu Deus, eu trouxe provas! Está tudo na sua cara e você não quer ver! Ou só não quer admitir, né? Vai ver...

-É melhor você não terminar essa frase, Andy! – Jackson disse chegando perto demais dele – Acredite, você não vai querer testar meus limites!

-Eu não sou o inimigo aqui, Jackson! Quantas vezes eu vou ter que te provar isso?

-Continua repetindo até eu...

Mas antes que Jackson pudesse terminar a frase a campainha tocou e um frio passou pela minha espinha. Ninguém além de nós e o chefe de departamento sabia o endereço daquele lugar. O que só nos deixava uma opção de quem estava do outro lado da porta. Porém, nem mesmo o chefe do departamento podia passar por tudo o sistema de segurança sem que chegasse um aviso no apartamento, até porque ele precisava da autorização de Jackson para passar pelo último sistema da segurança. Então, como era possível que alguém estivesse batendo na porta sem que chegasse nenhum tipo de aviso para nós que estávamos lá dentro?

Esperamos, todos encarando a porta, para que a campainha tocasse novamente e nós tivéssemos certeza de que não era nenhum delírio, mas não era. Quando o som invadiu o apartamento novamente, um sistema de alarme disparou pelo meu corpo. Jackson e Andy se olharam como se passassem um código secreto através dos olhos.

Andy se aproximou de mim, juntou todos os papeis em cima da mesa e escondeu sob uma almofada no sofá enquanto Jackson caminhava na direção da porta e olhava na câmera.

-É o Felton! – ele disse com uma cara confusa.

-Quem?

-Um dos meus companheiros de laboratório. – Andy disse – Mas, como ele chegou aqui?

-Essa é uma boa pergunta, Andy. Como seu companheiro de trabalho chegou em um endereço secreto que você tinha acesso?

-Você não pode estar achando que fui eu, ne?

-Quem mais seria? – A campainha tocou mais uma vez e Jackson olhou para porta cogitando se abria ou não.

-Jackson! – Uma voz soou atras da porta – Eu sei que você está ai! – Jackson não ousou responder e a voz continuou – Por favor, abre essa porta! Eu preciso falar com você! – Nós continuamos em silêncio – É sobre a garota. Eu sei que vocês estão ai! Jackson, abre essa porta! – ele começou a bater excessivamente – Acredite, cara, você vai querer ouvir o que eu tenho para dizer!

-E por qual motivo você acha isso, Felton? – Jackson se pronunciou finalmente.

-Porque eu sei que quer proteger ela, assim como eu quero proteger minha família!