CAPÍTULO 34

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CAPÍTULO 34

Eu continuei abaixada. Jackson dava tiros na direção dos homens e abaixava para se esconder dos tiros que voavam na nossa direção. A pistola de Jackson era uma Beretta, clássica dos policiais, o que significava que ele tinha apenas 17 balas contra cinco homens armados até os dentes.

Para minha sorte, Jackson também sabia o que estava fazendo.

Os dois primeiros tiros não deram em nada, mas o terceiro derrubou um dos homens. Jackson abaixou e esperou os tiros do inimigo. Ele sabia que se quisesse ter alguma chance ele não podia desperdiçar nenhuma bala. Jackson levantou novamente e deu mais três tiros que pegaram nos coletes dos homens que ficavam cada vez mais próximos. O sétimo tiro de Jackson atravessou a viseira do capacete do homem que estava na esquerda e ele caiu. Sem demorar muito ele disparou mais duas balas na direção do homem que estava no centro. As balas acertaram de raspão na garganta do homem, fazendo ele cair. A contagem agora era de oito balas para dois homens.

Jackson me olhou e respirou fundo, eu sabia que não ia demorar muito para ele me mandar correr. No instante que Jackson levantou os homens já estavam perto o bastante para que não houvesse mais erros e o tiro de Jackson foi certeiro na garganta do homem da direita. Ao contrário do que eu pensei, Jackson não atirou no último homem, ele correu na sua direção para uma luta corpo a corpo no mesmo momento em que me deu o sinal para correr:

-AGORA!

Eu não me dei um segundo para processar o que estava acontecendo. No momento que Jackson me mandou correr eu vi mais cinco homens chegando enquanto ele dava um soco na cara do homem que pensamos ser o último. Jackson sacou a arma novamente atirando nas costelas do homem, entre a abertura do colete e usando ele de escudo para os tiros que vinham dos novos homens que entravam no prédio.

Corri o mais rápido que eu pude e apertei desesperadamente o botão do elevador como se isso fosse fazer ele chegar mais rápido. A troca de tiro ficava mais intensa à medida que o elevador se aproximava. Quando a porta se abriu, comecei a apertar o botão do andar do laboratório enquanto via Jackson correr na minha direção. Ele entrou no elevador no mesmo momento em que um tiro acertou seu ombro e ele caiu. Uma chuva de balas vinha na nossa direção enquanto a porta do elevador fechava e nos levava para o laboratório. Eu sabia que não teríamos mais de dois minutos até que eles chegassem no andar de baixo ao nosso encontro.

Chegamos no laboratório e Andy, para nossa surpresa não estava lá. Jackson começou a gritar a direção da saída enquanto eu corria. A porta que dava para a garagem ficava bem ao lado da sala de provas, onde um Andy bem apressado saía pela porta.

-Pegou tudo? – Jackson perguntou apontando na direção da porta de saída.

-Sim, senhor. – Andy levantou as mãos mostrando um pendrive e três bolos bem grandes de dinheiro.

Saímos na direção do estacionamento, mas para nossa sorte, não demorou mais de dois segundos para que os homens armados chegassem atrás de nós disparando tiros para todo lado.

Corremos o mais rápido possível na direção do carro de Andy, que era o único ali com as chaves. Tiros e mais tiros vinham na nossa direção e eu tentava proteger a cabeça com as mãos enquanto corríamos. Mais três fileiras de carro e Jackson apontou para um carro prata, pressionando a chave para ligar o motor e os tiros estavam ficando cada vez mais perto.

Entramos no carro e antes mesmo de eu conseguir fechar a porta Andy já estava acelerando em direção a saída do prédio. Os tiros começaram a acertar a lataria do carro e Jackson me mandava abaixar a cabeça e me encolher no banco de trás.

-QUAL É, ESSE CARRO FOI CARO, GALERA! – Andy gritava para ninguém em específico.

-É sério que essa é sua preocupação no momento? – Jackson respondeu e mais dois tiros acertaram o carro.

Andy acelerou ainda mais cantando pneu quando finalmente saiu do estacionamento do prédio em direção ao trânsito de Londres bem a tempo de escapar de uma segunda bomba que acertava o prédio naquele instante.

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