CAPÍTULO 31

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CAPÍTULO 31

Segui na direção do banheiro primeiro. O combinado era não parecer suspeita e prestar atenção em tudo ao redor para que ninguém me pegasse quando entrasse na sala do chefe do departamento. Eu não podia, de forma alguma, passar de testemunha para suspeita de um assassinato.

No caminho do banheiro, que ficava no corredor oposto ao que Jackson estava, eu passei na frente da sala do Chefe do departamento e pude verificar que, de fato, estava isolado, com fitas na porta. A sala que Jackson havia escolhido, estrategicamente, ficava fora da vista da sala do chefe, mas perto o suficiente para que eu escutasse caso algo saísse do planejado.

Entrei no banheiro, peguei uma toalha de rosto no armário, molhei na pia e comecei a limpar o sangue no meu rosto e pescoço. Jackson tinha ajudado a limpar um pouco no apartamento, mas eu continuava coberta de sangue. Eu tinha que ser rápida se quisesse ter tempo de entrar na sala ao lado sem parecer suspeita pela demora. Comecei a esfregar o rosto sem a menor delicadeza e sem me importar com um resultado perfeito, afinal todos sabiam que para eu limpar todo aquele sangue seco eu teria que tomar um banho bem demorado. Então, menos de cinco minutos depois, com as mãos suando frio, eu estava saindo do banheiro na direção a sala do chefe do departamento.

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