CAPÍTULO 35

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CAPÍTULO 35

Andy dirigiu loucamente por aproximadamente quarenta minutos antes de começar a desacelerar. Ele seguia para Norte, para fora da cidade. Jackson tinha rasgado um pedaço da manga da blusa e enfaixado o braço na altura em que a bala tinha passado. O tiro tinha sido de raspão no seu ombro, mas, mesmo assim, o ferimento parecia bem ruim.

-Para onde a gente vai? – Perguntei depois de um tempo

-Eu tenho um lugar fora da cidade. – Andy mantinha a atenção enquanto dirigia – Fica bem ao norte, longe da cidade grande. Acho que vamos conseguir nos recuperar lá antes de pensar no próximo passo. Não fica muito longe, a gente deve chegar na cidade nos próximos trinta minutos, mas eu não quero que ninguém nos ache lá, então adoraria se pudessem se livrar de qualquer coisa que possam usar para nos rastrear! – Ele completou olhando para Jackson.

Isso incluía qualquer dispositivo eletrônico como celular ou smartwatch e não demorou muito para eu ver Jackson jogando tudo pela janela. Andy avisou que nós também íamos precisar nos livrar do carro para que não fossemos rastreados e paramos em um ferro velho na estrada. Nós não vendemos o carro para que ninguém tivesse nenhuma informação, apenas saímos e seguimos os últimos quilometro á pé. Demoramos cerca de mais quarenta minutos andando até chegarmos no local. Era uma casa pequena, que passava despercebida, bem ao norte e já estava quase anoitecendo quando finalmente entramos.

Nosso grupo era digno de pena. Olhando para nós três alguém poderia facilmente achar que tínhamos fugido de uma prisão. Estávamos acabados, machucados, com sangue seco por toda parte, completamente imundos. Todos nós tínhamos hematomas espalhado pelo corpo e pelo rosto. A blusa rasgada e o remendo no braço de Jackson não ajudavam muito. Mas, por incrível que pareça, tínhamos conseguido ser discretos no caminho para a casa e atraímos poucos olhares enquanto passávamos.

Quando entramos Andy fez questão de tranca a porta e fechar todas as cortinas. Jackson verificou todos os cômodos duas vezes e deixou claro que dividiríamos os turnos para descanso. Não poderíamos dormir todos ao mesmo tempo. Insisti para ser a primeira do turno, mas me deixar vigiando a casa sozinha não era uma possibilidade para eles. Para ser bem sincera, eu estava exausta e só queria um banho. Andy mostrou onde ficava o banheiro e o quarto e estabelecemos uma ordem para o banho e o descanso.

Não demorei muito no banho. Foi apenas o tempo necessário para tirar toda a sujeira que me cobria e avaliar novamente meus ferimentos e então foi a vez de Jackson. Nós trocamos poucas palavras naquela noite. Estávamos todos acabados, cansados ao extremo física e mentalmente. Quando chegou a minha vez de dormir tentei descansar o máximo possível, pois sabia que as próximas horas seriam ainda mais cansativas.

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