Capítulo 2

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Neste momento estava no parque a olhar as crianças brincarem, enquanto esperava pelo meu irmão

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Neste momento estava no parque a olhar as crianças brincarem, enquanto esperava pelo meu irmão. Ele disse-me que me viria buscar para morar com ele. Eu já estava habituada a ficar sozinha, mas eu tenho muitas saudades e não queria voltar a separar-me do meu irmão.

Por mais que fosse agora morar com ele, tinha que deixar o meu segredo em sigilo, não lhe podia contar, não agora. Ele não compreenderia a minha dor, não compreenderia a minha necessidade de matar.

Ouço o ronco do motor de um carro e os meus olhos são imediatamente atraídos para o Porsche Taycan vermelho vinho, uma cor que torna o carro bastante atraente. Passaria horas a olhar para aquele modelo.

Quando olho para dentro do carro, vejo o meu irmão a sorrir na minha direção. Ele estava bem diferente, um pouco mais bonito do que já era, no entanto continua com aquele corte de cabelo horrível.

Levanto-me e dirijo-me com as minhas malas para perto do veículo. Matteo sai do carro a tentar melhorar alguma coisa no seu cabelo. Aproximo-me dele e abraçamo-nos como se já não nos víssemos um ao outro à cinco anos.

- Estás tão linda! - ele comenta, enquanto ainda me abraçava.

- Tu também, mano, mas o teu cabelo continua horrível. - rio e aperto-o mais um pouco.

- Continuas chata, chatinha. - saio do abraço e sorrio ao lembrar do apelido.

- Bom, vamos? Conversamos o resto no carro. - coloco as minhas malas dentro da mala do carro e entro no banco do passageiro.

- Como foi este ano? Não conversámos muito. - ele perguntou focado na estrada.

- Nada fora do normal. Dormir, comer, ginásio, faculdade, comer e dormir. - enumero a minha rotina falsa, vendo a paisagem passar rapidamente, devido à velocidade do carro.

- Reparei que as tuas roupas são de marca, tens sucesso, com o quê que trabalhas? - questiona, olhando alguns segundos na minha direção.

- Sou bem renumerada no estágio de modelo. Algumas marcas patrocinam-me. - Matteo sorri orgulhoso. - E tu, maninho, este Porsche não custa vinte mil dólares. - afirmo, fazendo-o rir.

- Quando chegarmos em casa, eu conto-te. - concordo com a cabeça. - Já estamos a chegar! - giro a minha cabeça na intenção de observar a minha nova casa, quando me deparo com uma mansão de arquitectura moderna. - Entra neste portão que eu vou estacionar o carro.

Ao atravessar o portão, deparo-me com uma majestosa mansão, cujo luxo era inegável, evidenciado pela sua grandiosidade. A imponente residência ergue-se em cerca de três andares, sem mencionar os espaços subterrâneos. Logo à vista, uma vasta piscina chama a atenção, enquanto um aconchegante recanto revela-se próximo, onde uma fogueira arde acolhedora, rodeada por uma mesa e algumas garrafas de bebidas. A completar o ambiente, um conjunto de sofás forma um quadrado em torno desse espaço.

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