Capítulo 39

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Acordo com um peso na minha cintura

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Acordo com um peso na minha cintura. Por um momento, estranho a sensação, mas logo percebo que é o braço de Erick. Merda. Dormimos juntos, de novo. Eu estava tão exausta que nem me dei conta de como adormecemos entrelaçados. Pego no meu telemóvel e vejo que já são três da tarde. Dormimos muito, considerando que só fomos para a cama por volta das seis da manhã.

Tenho três horas para preparar-me, o que é mais do que suficiente, já que a viagem até à mansão dos Martinez leva cerca de uma hora. Ainda assim, sinto-me tão aconchegada aqui que quase deixo o sono levar-me novamente. Mas não me posso permitir cair nos encantos de Erick, por mais irresistível que ele seja.

Tento sair do seu aperto, mas ele apenas me puxa para mais perto.

— Não saias, não me deixes com ele. — murmura baixinho.

— O que queres dizer? — pergunto, também em voz baixa.

Ele não responde, o que me faz perceber que está a sonhar ou talvez a ter um pesadelo.

— Não, Marly. Não vás com ele. — continua, com a voz carregada de angústia. Quem será "ele"?

Sinto as suas mãos começarem a tremer e a respiração tornar-se mais irregular. Preocupada, viro-me para ele.

— Erick. — chamo, colocando as minhas mãos no seu rosto. — Erick?

Percebo que o seu cabelo está encharcado de suor, como se tivesse acabado de tomar banho. Tento acordá-lo sem o assustar.

— Erick, acorda. — digo suavemente.

— Não me deixes. — sussurra, ainda preso no pesadelo.

Seguro no seu rosto, sentindo uma preocupação que eu preferia não ter. Erick sempre foi forte e destemido, mas vê-lo assim, vulnerável, atinge-me de um jeito que eu não esperava.

— Erick. — murmuro e massajo suavemente a sua bochecha. Não o quero acordar bruscamente.

Num impulso movido pela preocupação, faço algo que não costumo fazer: beijo os seus lábios. Sinto a sua respiração começar a acalmar-se, e aos poucos, os seus olhos abrem-se.

— Marly? — pergunta, os olhos verdes brilham ao reconhecer o meu rosto.

— Estou aqui, Erick. — digo a sorrir para tranquilizá-lo. — O que aconteceu? Estavas a dizer algumas coisas. Está tudo bem?

Ele acena com a cabeça e desvia o olhar.

— Quem era ele? — pergunto, mas ele apenas encara-me em silêncio, sem responder.

— Que horas são? — pergunta, mudando de assunto, claramente a querer evitar a conversa. Eu respeito e decido não o pressionar.

— São três da tarde.

— Vou tomar um banho. — diz, levantando-se rapidamente. Eu apenas assinto, enquanto ele afasta-se.

...

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