Numa cidade de Nova Iorque, onde a corrupção e o crime organizado dominam as ruas, um jogo perigoso está prestes a começar.
Marly Souza, uma mulher manipuladora e sedutora, esconde um segredo sombrio: é uma assassina, conhecida apenas como "Quennie...
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Erick, como prometeu, fez com que os culpados pelo assassinato da princesa fossem identificados como um grupo de guardas. Não sei como ele conseguiu, mas fê-lo com a habilidade e frieza que lhe são características. No final, os guardas caíram como peões, enquanto nós saímos ilesos.
Agora, estou a fazer as malas mais uma vez. O nosso destino é a Espanha, o meu país. Erick precisa de cumprir uma troca com uma família influente, envolvendo a joia e um acordo entre eles. Erick ainda não me contou os detalhes, mas pelo tom de urgência, é claro que isto não pode esperar.
Entramos no avião particular de Erick. Ainda temos cinco horas de voo pela frente, o que significa tempo suficiente para tentar descansar. Os últimos dias foram difíceis e a contagem de corpos aumentou, embora, surpreendentemente, só tenha matado duas pessoas antes de partirmos. Talvez por estar ocupada demais, talvez por outras razões que prefiro não explorar agora.
O meu irmão tem estado silencioso, o que é um sinal de alerta. Os outros membros do nosso círculo também agem de maneira estranha, como se estivessem a fingir normalidade. Isso intriga-me e preocupa-me ao mesmo tempo.
— No que tanto pensas, diabinha? — A voz de Erick tira-me dos pensamentos.
— Nada de importante, Ferri. — Respiro fundo, ajeitando-me no assento. O jato dele é de luxo e eu não me queixo. Gosto da exclusividade, da privacidade e o conforto é um bônus que eu sempre aprecio.
— Quando chegarmos, ficaremos dois dias num hotel perto da mansão dos Martínez. Depois iremos para a Itália. Tenho uma reunião urgente.
- Qual é o assunto da reunião? - pergunto-lhe.
- A chefe da máfia italiana comunicou-me sobre um ataque que está a planear fazer ao Nikolai, chefe russo. Juntar-se-á à máfia francesa e à minha, como uma aliança para derrotá-mo-lo. Preciso que venhas comigo.
- Porquê, não devia ser o teu braço direito?
- És estratégica e inteligente, Souza e o Matteo está longe.
- Que irónico da tua parte dizeres isso. - ele sorri de lado.
...
Chegamos a Espanha à noite. Erick foi na frente, sempre atento aos detalhes ao nosso redor, enquanto eu ajustava o meu casaco contra o vento gelado que nos saudava.
O caminho pelas ruas estreitas de Madrid parecia mais longo do que realmente era, talvez pela exaustão que começava a pesar sobre mim.
Finalmente, o carro parou em frente ao hotel. Entramos e o calor do interior envolveu-nos como um abraço bem-vindo. A recepção estava quase vazia, exceto por uma jovem de aparência profissional que nos recebeu com um sorriso educado.
— Boa noite. Como posso ajudar? — perguntou, enquanto Erick aproximava-se do balcão.
— Temos uma reserva para esta noite, em nome de Erick Ferri. — respondeu.
A recepcionista digitou rapidamente no computador com o sorriso ainda nos lábios.
— Sim, senhor Ferri, temos uma suíte reservada para o senhor. — Ela olhou para Erick.
Erick arqueou uma sobrancelha, visivelmente descontente com a situação.
— Só uma suíte? Não pode ser. Certamente devem ter mais alguma coisa disponível. — disse com o seu tom mais frio.
— Lamento, senhor. O hotel está completamente lotado esta noite. Infelizmente, não temos mais nenhum quarto livre. — Ela parecia genuinamente desapontada por não poder ajudar.
Erick suspirou, claramente irritado, mas não disposto a deixar a situação como estava. Ele inclinou-se um pouco mais para a recepcionista, tirando discretamente a arma.
— Tenho certeza de que pode fazer algo por nós. — disse, mostrando a arma de forma subtil.
A recepcionista olhou para a arma aterrorizada, depois para Erick e com um sorriso forçado, balançou a cabeça.
— Lamento muito, senhor, mas não há quartos disponíveis. Eu gostaria de poder ajudar, mas realmente estamos cheios. - A sua voz treme com medo.
Erick sorri de lado e guarda a arma. Olha para os lados e impressionantemente o segundo andar do hotel está vazio. Não era comum ele ser contrariado, ainda mais quando tentava resolver as coisas à sua maneira.
Ele segura na cabeça da mulher e torce-a, fazendo com que a senhora caia no chão morta.
- Ferri, sabes que aqui tem câmaras. - Digo calma, como se fosse uma situação totalmente normal.
- Tratas disso por mim, certo, diabinha? - Ele sorri malicioso e eu reviro os olhos, por mais que estivesse animada e com as veias a pulsar de adrenalina.
Caminho até à sala das câmaras, supôs que fosse aqui. Quando cheguei lá, só tinha um homem e ele estava a dormir. Então, elimino as imagens e vou até à cloud para eliminá-las permanentemente. Quando volto o homem já tinha acordado.
- O que estás a fazer aqui? - Ele pergunta com raiva.
- Estou perdida. - abraço o meu corpo como se estivesse com medo.
- Minha senhora, é só virar à direita. - sorrio.
- Muito obrigada. - Corrijo a minha postura. - Mas acho que estou no local certo. - Tiro o punhal que costumo carregar preso à minha coxa e espeto-lhe no coração. Quando cai no chão, escrevo as minhas iniciais e saio dali.
Encontro-me com Erick e seguimos para a suíte que nos fora designada, e assim que a porta fechou-se atrás de nós, eu virei-me rapidamente para garantir o meu espaço.
— Eu fico com a cama. — declarei, sem rodeios.
Erick, ainda irritado pela recepcionista não ter cedido, lançou-me um olhar de poucos amigos.
— Quem pagou o quarto fui eu. Tu dormes no sofá ou em qualquer outro lugar que preferires. — respondeu com a voz carregada de uma autoridade que eu não estava disposta a aceitar.
— Tens que ser mais cavalheiro, Erick. Sê um pouco mais como o Elijah. — Provoquei, sabendo que a menção a Elijah irritá-lo-ia mais. Erick revirou os olhos, frustrado.
— Ele vai pagar por não ter reservado mais um quarto. — murmurou entre dentes.
Ignorei-o e apontei para as minhas malas, que estavam próximas à porta.
— Pega nas minhas malas e coloca-as perto da cama. — ordenei, com um tom que beirava o desdém.
Ele bufou, a paciência claramente no limite.
— Eu não obedeço às tuas ordens, diabinha.
— Ainda bem que eu não quero saber. — Fiz um gesto com o dedo, indicando que ele deveria levar as malas para o quarto. Sabia que estava a provocá-lo, mas parte de mim divertia-se com isto.
— Isso não irá acontecer, Souza. Não sou o teu cão para fazer o que quiseres. — respondeu, cruzou os braços e posicionou-se como se estivesse decidido a não se mover.
Encaramo-nos por um momento, cada um a testar a determinação do outro. Sabia que ele não cederia tão facilmente, mas eu também não estava disposta a desistir da cama.