Numa cidade de Nova Iorque, onde a corrupção e o crime organizado dominam as ruas, um jogo perigoso está prestes a começar.
Marly Souza, uma mulher manipuladora e sedutora, esconde um segredo sombrio: é uma assassina, conhecida apenas como "Quennie...
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O som dos tiros era-me familiar. Eu e Ian trocámos um olhar rápido antes de focarmos a janela que íamos usar para entrar. Já estava danificada, o que facilitava o nosso trabalho.
— Estás pronto? — pergunto, a adrenalina a percorrer-me o corpo.
— Vamos acabar com isto! — responde Ian, confiante e decidido.
Sem perder tempo, saímos do carro e avançámos pelo frio cortante da noite, que pouco nos importava naquele momento. Seguimos até uma árvore próxima ao muro. Ian subiu primeiro, ágil, e logo após, fui eu. Agarrando um galho e suportando o pé no tronco, impusionei-me até ao topo do muro. Sentei-me ao lado de Ian e, por um momento, olhámos em silêncio para o terreno que teríamos de atravessar.
— Vamos. — Disse Ian, já a pontapear a janela, arrombando a armação com força.
Ele saltou para dentro de cabeça, rolando pelo chão e levantando-se de imediato, sempre com a arma em punho. Fiz o mesmo, seguindo-o com rapidez. Diante de nós, estava uma imponente porta de metal. Ian, sem hesitar, colou o dispositivo explosivo à superfície metálica. Pelo comunicador, ouvi-o dar ordens a Joseph para descodificar a senha da porta, enquanto eu já preparava a arma, pronto para disparar se houvesse uma ameaça.
Em menos de um minuto, o dispositivo emitiu um som de desbloqueio e Ian deu um pontapé forte, abrindo a porta. Ao entrarmos, deparámo-nos com dois corpos caídos no chão, guardas que não conseguiram escapar. Abaixo a arma por um instante, certificando-me de que não havia perigo imediato.
— Elas estão aí dentro. — disse Enrico. — Preparem-se, não sabemos se estão sozinhas. Se forem atirar, façam-no de cima para baixo.
Levantei a arma e disparei nas dobradiças da porta, que cedeu com um estalo seco. A tensão no ar era palpável, e quando finalmente atravessámos a porta, sentimos uma corda enlaçar as nossas pernas e foi nesse momento em que percebemos que não verificamos se haveria alguma armadilha.
- Putain! - Ian rosna, irritado com a nossa imprudência.
- Merda! - Praguejo.
— Erick! — chamou a voz fina de Hannah, e o meu coração apertou. Rapidamente, soltamo-nos das cordas.
As nossas irmãs estavam ali, mas o alívio durou pouco. Ivy estava inconsciente, com as roupas rasgadas, e Hannah, sentada ao seu lado, tremia de medo.
— Está tudo bem? — perguntei em voz baixa, tentando acalmá-la.
- Eles não fizeram nada comigo, mas sim com ela. - Hannah soluça com os olhos cheios de lágrimas.
Antes que pudesse responder, Ian explodiu de raiva.
— O quê?! O que fizeram com ela?! — gritou, avançando para a irmã.
- Eles... Eles levaram-na. - Gagueja. - Quando voltou parecia estar drogada e com as roupas rasgadas. Ela caiu... e acho que bateu com a cabeça
Eu sabia que aquele diálogo não ia levar-nos a lugar nenhum. O tempo estava a esgotar-se, e tínhamos de sair dali antes que os homens de Nikolai chegassem. Carreguei Hannah nos braços, protegendo-a, enquanto Ian pegava em Ivy.