Capítulo 5

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Aquela mulher esconde algo

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Aquela mulher esconde algo. Eu sei disso. Desde o momento em que Marly chegou, houve algo nela que me fez ficar atento. Na superfície, ela parecia apenas mais uma bela mulher a tentar encaixar-se no nosso mundo, mas os seus olhos contavam uma história diferente. Havia uma escuridão ali, uma sombra que não combinava com o seu sorriso confiante.

Foi transmitido claramente durante a corrida. Enquanto ela pilotava o GTR com habilidade, havia uma intensidade nos seus movimentos que ia além da simples vontade de vencer. Era como se estivesse a tentar provar algo, não apenas para nós, mas para ela mesma. E isso intigra-me.

Quando chegamos ao bar e ela saiu do carro, os seus olhos brilharam com uma mistura de vitória e algo mais profundo. Ela escondeu bem, com risos e celebrações, porém eu percebi. Há uma vulnerabilidade por trás da sua máscara confiante, algo que ela não quer que ninguém veja.

Enquanto as meninas a cercavam, a comemorar a vitória, observei cada detalhe. Marly não é apenas uma competidora habilidosa, ela é alguém que carrega segredos profundos.

Aquela risada que ecoou no ar, o beijo que ela me mandou durante a corrida, tudo fazia parte de um jogo maior. Um jogo que eu estava determinado a entender. As pessoas na minha posição não podem se dar ao luxo de ignorar possíveis ameaças ou aliados desconhecidos. Marly era um enigma e eu precisava decifrá-lo.

Matteo aproxima-se de mim assim que a puta afasta-se, o seu rosto sério reflete a urgência da situação. Ele pergunta-me sobre alguns negócios da máfia, algo que exigia a minha atenção imediata.

Quando volto o olhar para a pista de dança, não encontro Marly. Deve ter ido à casa de banho, penso, a tentar afastar uma sensação crescente de inquietação.

Minutos depois, um dos meus homens chega com uma expressão alarmada. Ele inclina-se e murmura algo que faz o meu sangue aquecer: houve um assassinato e as marcas QL foram encontradas no corpo. Merda, Quennie Ly está neste bar.

Levanto-me rapidamente, o peso da situação cai sobre mim. Quennie Ly está aqui. Isso muda tudo. Olho ao redor, à procura de qualquer sinal de Marly, mas ela ainda está desaparecida. A coincidência é perturbadora.

- Precisamos de encontrar a Quennie antes que ela cause mais problemas - digo a Matteo, com a minha voz firme.

- Como é que a apanhamos se nem a sua identidade sabemos? - reviro os olhos - Também precisamos de achar a Marly. - Matteo apressa-se a dizer.

O bar, que antes parecia um campo de diversão e celebração, transforma-se num cenário de perigo iminente. Sinto a adrenalina percorrer as minhas veias, enquanto organizo os meus homens para investigar o local. Cada segundo conta e a presença da Quennie significa que ninguém está a salvo.

Enquanto seguimos para a casa de banho, onde acredito que Marly possa ter ido, a minha mente corre com possibilidades. Marly tinha me intrigado desde o começo e, agora, com um assassino à solta, as coisas só ficam mais complicadas. Se a Quennie está aqui, não é uma simples coincidência. Algo maior está em jogo e preciso descobrir o que é antes que seja tarde demais.

A tensão é notável quando abrimos a porta da casa de banho. Precisamos agir rápido, encontrar Marly e lidar com a ameaça de Quennie Ly antes que mais sangue seja derramado. E, no fundo, não posso evitar a sensação de que Marly está mais envolvida nisso do que eu inicialmente suspeitava.

Encontramos Marly na casa de banho, ela estava a lavar as mãos calmamente. Ao ouvir a porta abrir-se, virou-se e olhou para nós com uma expressão de confusão. A tranquilidade nos seus olhos contrastava com a tensão que dominava o ambiente.

- Marly, está tudo bem? - Matteo pergunta a tentar manter a calma, enquanto eu avalio a situação.

Ela seca as mãos lentamente, ainda com uma expressão de perplexidade.

- Sim, por que estão tão agitados? O que aconteceu? - pergunta confusa.

Eu troco um olhar rápido com Matteo, tentando decidir o quanto revelar. A presença de Quennie Ly não é algo que podemos ignorar, mas também não podemos alarmar Marly desnecessariamente.

- Houve um problema no bar. - respondo. - Viemos garantir que todos estão seguros. - Marly franze a testa, preocupada.

- Que tipo de problema?

- Um assassinato. - digo finalmente, observando a sua reação de perto. - As marcas deixadas no corpo indicam que Quennie Ly está aqui. - Ela pisca surpresa e muda a sua expressão para assustada.

- Quennie Ly? Aqui?

- Sim. - Matteo confirma, os seus olhos fixos nela, avaliando cada movimento. - Precisamos de agir rápido.

- O que eu faço? Fujo?

- Por agora, ficas connosco. - Matteo pede, enquanto eu faço sinal para que saíssemos da casa de banho. - Precisamos de garantir a tua segurança, enquanto lidamos com isso.

Enquanto nos dirigimos de volta à área VIP, os meus pensamentos correm. Marly parece genuinamente assustada, mas algo ainda não se encaixa. A presença de Quennie Ly e a tensão ao redor dela deixam-me em alerta máximo. Tenho que descobrir a verdade, e rápido, antes que a noite termine em mais caos.

O bar continua normal com música e luzes, alheio ao perigo iminente. Mas para nós, o jogo mudou. A caça à Quennie Ly começou, e Marly, voluntariamente ou não, agora faz parte desse perigoso quebra-cabeça.

Entramos no quarto onde o homem estava morto. O cheiro de sangue era inconfundível e a cena era perturbadora: o corpo caído de forma desajeitada, com as marcas distintivas de Quennie Ly visíveis.

Assim que Marly vê o cadáver, os seus olhos arregalam-se de pavor e ela solta um grito agudo. Rapidamente, coloco a mão na sua boca, abafando o som.

- Fica quieta. - sussurro, frustrado pelo grito, ela já sabia que tinha ocorrido um homicídio.

Marly continua assustada, os olhos cheios de terror, mas aperta a mão do irmão com força, buscando apoio e conforto. Matteo examina a cena com uma expressão sombria, eu sei que ele está a pensar nas implicações de tudo isto.

- Precisamos de sair daqui - digo, olhando em volta, à procura de qualquer sinal de que Quennie Ly ainda possa estar por perto. -, mas primeiro, temos de entender o que aconteceu.

Marly tenta acalmar-se, a respirar fundo, mas a visão do corpo perturba-a profundamente, o que me deixa curioso.

Por mais que ela pareça assustada, ainda acho estranho. Há algo na maneira como reage que não se alinha completamente com a situação. Os seus olhos estão arregalados de medo, porém há um brilho neles que não consigo decifrar.

Enquanto Matteo segura nas suas mãos e a leva para fora do quarto, não posso evitar observar cada pequeno detalhe do seu comportamento. A respiração ofegante, o aperto firme na mão do irmão, como também a maneira de como rapidamente recupera a postura, como se estivesse a ajustar-se a um papel que precisa desempenhar.

Marly é uma mulher misteriosa e eu vou procurar saber mais sobre isto.

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