Capítulo 41

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Quando chegámos ao hotel, acompanhei o Erick até à cozinha, onde ele serviu um copo de uísque, enquanto eu pegava nalguns morangos

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Quando chegámos ao hotel, acompanhei o Erick até à cozinha, onde ele serviu um copo de uísque, enquanto eu pegava nalguns morangos. Ele levantou o copo na minha direção, num gesto de oferta, mas eu neguei com a cabeça, preferindo saborear os morangos frescos enquanto me encostava ao balcão.

— Saímos amanhã de manhã daqui. — disse ele, casualmente, enquanto dava um gole no uísque. Eu apenas assenti, uma vez que os nossos planos estavam sempre a mudar.

— Ainda não parámos nenhum tempo. — comentei, sentindo o cansaço de semanas de constante movimento e tensão. Ele riu, mas havia um toque de cansaço na sua voz também.

— Que ironia. — respondeu com um sorriso irónico, e eu revirei os olhos, sabendo exactamente o que ele estava a pensar. Ele não perdia a oportunidade de relembrar as vezes em que tivemos relações nas últimas semanas.

Mas então, ele mudou de assunto abruptamente, o que me apanhou de surpresa.

— Como estão as coisas com o Matteo? — perguntou, fazendo com que a minha guarda baixasse um pouco.

— Não temos falado. Não entendo, o que tem de mal em eu ser uma assassina? Até parece que eles nunca mataram alguém. — respondi, cruzando os braços.

Erick aproximou-se e a sua proximidade deu-me uma sensação de segurança que não esperava.

— Tens que lhes dar um tempo. — disse ele, num tom que era tanto compreensivo quanto firme.

— Eles agiram completamente normais comigo enquanto planeávamos o roubo. — repliquei, confusa com a mudança repentina de comportamento.

— Eles são profissionais, Chérie. Os problemas pessoais não interferem no trabalho. Deixei isso claro desde o início. — disse ele, tentando tranquilizar-me.

— Eu nunca pensei que o meu próprio irmão me torturasse. Quer dizer, ele... Foda-se, eu nem sei o que pensar. Quando vim para cá, era para estar mais perto do meu irmão, e agora, quase dois meses depois, estamos mais distantes do que nunca. — confessei, sentindo uma onda de frustração e tristeza.

Os olhos de Erick estudaram a minha expressão e ele segurou no meu rosto com as mãos, acariciando as minhas bochechas. A sua proximidade fez-me sentir segura, como se desabafar isto com ele tivesse sido a coisa certa a fazer. Senti uma paz momentânea, uma liberdade que só vinha com ele.

Quando estávamos prestes a nos beijar, o telefone de Erick começou a tocar. Ele respirou fundo, frustrado, antes de se afastar para atender.

— O que foi, Matteo? — disse, com evidente irritação na voz. — O quê? Como assim a Hannah desapareceu? Já a rastrearam? — O pânico nos seus olhos deixou-me alerta e ele retribuiu o meu olhar. — Merda, aquele russo! — Ele desligou abruptamente e atirou o telefone contra a parede, quebrando-o em pedaços. — Filho da puta, eu vou matar aquele merda. — Começou a andar de um lado para o outro, passando as mãos pelos cabelos.

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