Capítulo 8

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Estávamos numa discoteca, um refúgio de luzes neon e músicas constantes

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Estávamos numa discoteca, um refúgio de luzes neon e músicas constantes. O ambiente era intoxicante, uma celebração da recente "vitória" sobre a máfia japonesa. Matteo, Nicola, Elijah, Enrico, Erick e o restante do grupo estavam num canto a brindar e a rir, enquanto as meninas dançavam e divertiam-se. A atmosfera estava carregada de adrenalina e euforia.

Eu, no entanto, estava num estado de felicidade particular. Enquanto eles estavam fora a resolver as suas questões com Don Marco, eu aproveitei a oportunidade para satisfazer a minha própria necessidade. Matei uma pessoa nesta noite, uma vítima aleatória que cruzou o meu caminho. A sensação de poder e controle que me dava era insuperável.

Peguei numa garrafa de vodka e comecei a dançar, deixei a música tomar conta do meu corpo. Sentia cada batida a bater dentro de mim, cada nota a intensificar a minha sensação de liberdade e êxtase. Olhei ao redor e notei Erick a observar-me com atenção. Os seus olhos seguiam cada movimento meu e um sorriso malicioso surgiu nos meus lábios. Se ele queria um espetáculo, eu iria proporcioná-lo.

A música mudou e os primeiros acordes de "Gasolina" do Daddy Yankee encheram o ar. Senti um arrepio percorrer a minha espinha. Esta era a minha música. Soltei-me completamente e dancei como nunca. Cada movimento era uma provocação dirigida a Erick. Ele não conseguia desviar o olhar e eu adorava a sua atenção em mim.

No meio da minha dança, olhei para o lado e vi uma cena que me fez rir internamente. Ferri estava sentado com uma puta no colo, ambos beijavam-se ferozmente. Eles estavam tão absorvidos um no outro que não perceberam nada ao seu redor. Aproveitei essa distração por parte de Erick e caminhei para a casa de banho, ciente de que dois homens seguiam-me.

Ao entrar na casa de banho, confirmei que estávamos sozinhos. Os homens entraram logo depois, com um sorriso predatório nos rostos. Eles pensavam que eu era uma presa fácil. Pobrezinhos.

- Ei, menina! - um deles começou a aproximar-se. - Estás perdida?

Sorri, enquanto, discretamente, tirava o punhal que sempre trazia comigo, escondido na minha perna. Sinceramente, eu vim para uma casa de banho, como é que estaria perdida?

- Na verdade, estou exatamente onde quero estar. - Sorri e os meus olhos brilharam.

Num movimento rápido, enfiei o punhal no coração do primeiro homem. Ele nem teve tempo de reagir antes de cair no chão, o sangue espalhou-se rapidamente. O segundo tentou lutar, mas eu fui mais rápida e cortei a sua garganta com precisão. Começou a engasgar-se com o seu próprio sangue e acabou por cair ao lado do amigo.

Calmamente, limpei a lâmina e escrevi as iniciais QL nos corpos com o anel. Observei a minha obra por um momento, satisfeita, antes de voltar à pista de dança. Peguei num copo e tomei um gole, sentindo o álcool misturar-se com a adrenalina.

Passado um tempo, os gritos começaram. As pessoas encontraram os corpos e a discoteca entrou em pânico. Vi a confusão espalhar-se e um sorriso de satisfação desenhou-se nos meus lábios. As iniciais QL eram inconfundíveis, uma assinatura que deixava claro quem era a responsável.

A música parou abruptamente e as luzes de emergência acenderam-se. Vi Erick e Matteo atravessarem a multidão, a expressão nos rostos deles era de raiva . Eles estavam a procurar por mim. Deixei-me ser encontrada, sabendo que a minha reação seria importante.

- Marly! - Matteo gritou quando finalmente avistou-me. Fiz um esforço para parecer assustada.

- Erick, Matteo, o que está a acontecer? - Eles não responderam imediatamente, os olhos escaneavam a sala, à procura de qualquer ameaça.

- Encontraram dois homens mortos na casa de banho. - ele disse finalmente, com a voz baixa e controlada. Erick olhou-me intensamente, como se tentasse ler a minha alma. - Quennie Ly está aqui.

- Merda! - Respondo. - Porquê que pensei em envolver-me nas máfias. - reviro os olhos.

- Temos todos que arcar com as consequências. - Matteo suspira.

- Vamos ver o corpo. - Erick apressa-se a dizer.

- Não, não podemos. Será suspeito se alguém, se não os polícias, a ir lá agora. - Matteo aconselha.

- Tens razão, vamos embora daqui.

...

Matteo e Erick, enquanto esperavam pelo resto do grupo, discutiam sobre a presença de Quennie Ly no Bar. Já tínhamos chegado em casa, por isso deixei que eles discutissem, mantendo-me à margem. Por dentro, estava  a rir-me. Eles não faziam ideia de que a Quennie estava bem no meio deles. Mas precisava ser cuidadosa. Erick já estava desconfiado e não podia arriscar revelar nada.

Mais tarde naquela noite, enquanto todos estavam distraídos com as medidas de segurança, subi para o meu quarto. O sucesso da noite deixava-me satisfeita, mas sabia que precisaria de ser ainda mais cautelosa daqui para frente. Erick era inteligente e a sua desconfiança podia complicar os meus planos.

Depois de um banho relaxante, deitei-me na cama, enquanto me relembrava de cada detalhe da noite. O poder que sentia ao controlar a situação, a adrenalina ao matar e a satisfação de ver o caos que causava. Mas sabia que tinha que jogar bem as minhas cartas. A máfia era um jogo perigoso e eu estava determinada a vencê-lo.

Antes de adormecer, pensei na hipótese de pedir para entrar na Máfia. Além de ganhar experiência, ganho a confiança deles. Preciso de jogar as minhas cartas com cuidado, manipulá-los sem que percebam. Isso dar-me-ia a oportunidade de observar de perto, aprender e, quem sabe, conseguir mais do que imaginam.

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