Numa cidade de Nova Iorque, onde a corrupção e o crime organizado dominam as ruas, um jogo perigoso está prestes a começar.
Marly Souza, uma mulher manipuladora e sedutora, esconde um segredo sombrio: é uma assassina, conhecida apenas como "Quennie...
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Às onze horas em ponto, estávamos reunidos na sala de reuniões, ao lado do escritório de Mathilde. O ambiente era tenso, pesado. Cumprimentei Ian com um aperto firme de mão e ele respondeu com um leve aceno para Marly. Havia uma tensão perceptível entre ele e Mathilde, algo que ia além do mero profissionalismo. Eles pareciam demasiado à vontade e, ao mesmo tempo, desconfortáveis na presença um do outro.
Mathilde, no entanto, não deixou a tensão atrapalhar a concentração. Ela optou por um cumprimento rápido e formal, apertando as mãos de ambos. Sentámo-nos, cada um num lugar na mesa. Eu posicionei-me ao lado de Marly, de frente para Ian. Mathilde estava ao centro, focada nas plantas do edifício, onde Ivy e Hannah estavam mantidas em cativeiro. Gustavo e Lucca discutiam acaloradamente a melhor maneira de invadir o território, enquanto Joseph, o hacker da máfia francesa, fornecia informações detalhadas sobre o sistema de segurança.
- Portanto, estamos um passo à frente do inimigo. Isso é bom. Contudo, não podemos subestimar Nikolai. A princípio pensei que fosse algo pessoal, mas aparentemente ele quer afetar-nos a todos. Não sei porque é que raptou a minha irmã, mas sei que não sairá impune. - Pronuncio-me, após ouvir toda a história por detrás da missão.
- Nunca. - Mathilde declara. - Temos de ter mais do que um plano e levar bastantes reforços, para garantir que nada falha. Temos de resgatar as duas e sair intactos. Todos nós.
- No que depender de mim, ninguém ficará para trás. Têm a minha palavra. - Ian pontua convicto.
— Ótimo. — ajeitei a postura na cadeira. — Então, vamos ter de entrar pela janela do sótão. Está partida, pelo que conseguimos ver na câmera, então só teremos de arranjar uma maneira de destrancar a porta.
- Nós temos um dispositivo para isso. - Mathilde indaga. - É só encostar o aparelho à porta e em trinta segundos ele consegue ler e descodificar o código. Porém, haverão seguranças nas escadas. Quando a porta abrir, com certeza irão atacar.
- Eles estarão armados. - Gustavo declara. - Têm de levar recargas suficientes. Eu aconselharia a levar uma arma de fogo, inclusive.
— E se os eliminássemos sem fazer barulho? - Marly, até então silenciosa, interveio pela primeira vez.
A atenção caiu sobre ela.
— Continua... — incentivou Mathilde, cruzando os braços em cima da mesa.
- Em vez de dispararmos ou de criarmos qualquer tipo de alarme, podemos usar seringas com um tranquilizante forte. Injetamos rapidamente e eles desmaiam antes de terem tempo para reagir. Sem sangue, sem barulho, sem alarme. - ela explica, observando cada um de nós.
- Tranquilizantes? - Ergo uma sobrancelha.
- Sim. - Marly volta-se para mim. - Temos de ser rápidos e precisos, claro, mas seria uma maneira eficaz de os neutralizar sem atrair atenção. E com eles apagados, ganhamos mais tempo para nos movimentarmos lá dentro. Se alguém descobrir, será tarde demais para eles.