Capítulo 42

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Às onze horas em ponto, estávamos reunidos na sala de reuniões, ao lado do escritório de Mathilde

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Às onze horas em ponto, estávamos reunidos na sala de reuniões, ao lado do escritório de Mathilde. O ambiente era tenso, pesado. Cumprimentei Ian com um aperto firme de mão e ele respondeu com um leve aceno para Marly. Havia uma tensão perceptível entre ele e Mathilde, algo que ia além do mero profissionalismo. Eles pareciam demasiado à vontade e, ao mesmo tempo, desconfortáveis na presença um do outro.

Mathilde, no entanto, não deixou a tensão atrapalhar a concentração. Ela optou por um cumprimento rápido e formal, apertando as mãos de ambos. Sentámo-nos, cada um num lugar na mesa. Eu posicionei-me ao lado de Marly, de frente para Ian. Mathilde estava ao centro, focada nas plantas do edifício, onde Ivy e Hannah estavam mantidas em cativeiro. Gustavo e Lucca discutiam acaloradamente a melhor maneira de invadir o território, enquanto Joseph, o hacker da máfia francesa, fornecia informações detalhadas sobre o sistema de segurança.

- Portanto, estamos um passo à frente do inimigo. Isso é bom. Contudo, não podemos subestimar Nikolai. A princípio pensei que fosse algo pessoal, mas aparentemente ele quer afetar-nos a todos. Não sei porque é que raptou a minha irmã, mas sei que não sairá impune. - Pronuncio-me, após ouvir toda a história por detrás da missão.

- Nunca. - Mathilde declara. - Temos de ter mais do que um plano e levar bastantes reforços, para garantir que nada falha. Temos de resgatar as duas e sair intactos. Todos nós. 

- No que depender de mim, ninguém ficará para trás. Têm a minha palavra. - Ian pontua convicto.

— Ótimo. — ajeitei a postura na cadeira. — Então, vamos ter de entrar pela janela do sótão. Está partida, pelo que conseguimos ver na câmera, então só teremos de arranjar uma maneira de destrancar a porta. 

- Nós temos um dispositivo para isso. - Mathilde indaga. - É só encostar o aparelho à porta e em trinta segundos ele consegue ler e descodificar o código. Porém, haverão seguranças nas escadas. Quando a porta abrir, com certeza irão atacar. 

- Eles estarão armados. - Gustavo declara. - Têm de levar recargas suficientes. Eu aconselharia a levar uma arma de fogo, inclusive.

— E se os eliminássemos sem fazer barulho? - Marly, até então silenciosa, interveio pela primeira vez. 

A atenção caiu sobre ela.

— Continua... — incentivou Mathilde, cruzando os braços em cima da mesa.

- Em vez de dispararmos ou de criarmos qualquer tipo de alarme, podemos usar seringas com um tranquilizante forte. Injetamos rapidamente e eles desmaiam antes de terem tempo para reagir. Sem sangue, sem barulho, sem alarme. - ela explica, observando cada um de nós.

- Tranquilizantes? - Ergo uma sobrancelha.

- Sim. - Marly volta-se para mim. - Temos de ser rápidos e precisos, claro, mas seria uma maneira eficaz de os neutralizar sem atrair atenção. E com eles apagados, ganhamos mais tempo para nos movimentarmos lá dentro. Se alguém descobrir, será tarde demais para eles.

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