Numa cidade de Nova Iorque, onde a corrupção e o crime organizado dominam as ruas, um jogo perigoso está prestes a começar.
Marly Souza, uma mulher manipuladora e sedutora, esconde um segredo sombrio: é uma assassina, conhecida apenas como "Quennie...
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Estava no meu escritório a tratar de alguns documentos sobre embarcações de drogas que foram desviadas para a Austrália, quando a porta abriu-se abruptamente e revelou-se o Matteo com um ar de desespero evidente.
— Viste as notícias? — perguntou com a sua voz carregada de urgência. Eu não o olhei, apenas neguei com a cabeça. — Ela matou cinco pessoas. Esta manhã! Ainda são dez horas! — ele gritou, fazendo-me finalmente erguer o olhar.
— Matteo, como pensas que vais colocá-la na sala preta? Envenená-la de novo? — Respondi sem paciência. — Vimos da última vez que não teve resultado nenhum.
— De que lado estás, Erick? Estás do lado dela a matar pessoas inocentes? — Matteo estava visivelmente agitado.
— Eu não estou de lado nenhum, Matteo. Estou do meu lado. — Levantei-me e coloquei as mãos no bolso. — Que acha desnecessário perder tempo com a tua irmã.
— Erick, eu não te estou a reconhecer. — Ele parecia incrédulo. Respirei fundo e mantive a calma.
— Já foi decidido que ela ia para a sala preta. Eu não me vou preocupar com isso, enquanto ela não estiver lá dentro. Faz os possíveis para que ela entre e depois eu trato disso. Está bem? — Falei de forma tranquila, mas firme. Matteo hesitou por um momento e depois assentiu.
— Está bem, Erick. — Ele deu meia-volta e saiu do escritório.
Voltei a contornar a mesa e sentei-me novamente, retomei aos meus documentos sobre as embarcações de drogas desviadas para a Austrália. A tarefa à minha frente não era simples. A operação de tráfico internacional que estávamos a tentar manter em segredo tinha sido comprometida. As embarcações que deviam chegar a um porto seguro foram misteriosamente redirecionadas para a Austrália, onde as autoridades locais estavam em alerta máximo.
Reclinei-me na cadeira e passei a mão pelo rosto, sentindo a barba por fazer a raspar nos dedos. Precisávamos de descobrir como, quando e por quem as rotas tinham sido alteradas. Uma investigação interna era inevitável, mas com a pressão crescente sobre o nosso grupo, especialmente com Marly - ou Quennie, como era agora conhecida - a agir de forma tão imprudente, a tarefa tornava-se ainda mais difícil.
...
Fui para a sala e coloquei um pouco de whisky no copo. O som do líquido a cair no vidro preencheu o silêncio do ambiente. Enquanto despejava o whisky, a porta abriu-se com um ranger suave.
— Boa tarde, Ferri. — A voz de Marly cortou o silêncio. Ela fechou a porta atrás de si, e olhei para ela enquanto tirava o casaco, colocando-o de forma casual em cima do sofá. Sem esperar convite, serviu-se de um copo de Whisky.
— Cinco mortes, Souza? — Perguntei, a minha voz carregada de uma mistura de incredulidade e admiração. Ela sorriu com aquele sorriso enigmático que sempre me desarmava e olhou-me diretamente nos olhos.