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Capítulo e seis: pronunciamento.

Por: Andrew DeLuca.

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O tempo é uma ilusão produzida pelos nossos estados de consciência à medida em que caminhamos através da duração eterna.

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EU SOU UM HOMEM CASADO!

- por que tá com essa expressão de medo?

Olhei para o lado onde Mark sentou no sofá onde eu estava.

- não tô com medo.

- então?

- só estava pensando que agora eu sou um homem casado, eu achei que ia sentir alguma diferença, sei lá... Mas ainda sou eu, ainda sou só um cara.

- te entendo - Mark riu - eu achei que ia sentir também, mas não aconteceu nada, eu senti uma grande mudança quando Susan nasceu, aí sim eu senti que estava diferente.

- valeu... As vezes eu tenho medo de conversar com meu pai, parecer fraco, ou soar arrependido, por que não é esse o caso.

- eu sei que não, eu te entendo.

- amor? - Meredith entrou de uma vez na casa - consegui.

- conseguiu o que? cheguei aqui faz uns quinze minutos.

- desculpa, saí da faculdade e parei em uma loja para comprar caixas...

- pra que caixas? - perguntei, já sabia a resposta, ela queria levar todos os livros pra casa.

- para colocar os livros... Vou levar todos - Meredith abriu um sorriso de satisfação, a satisfação de ficar olhando os livros era diferente da satisfação de ler livros.

- por que chegou aqui primeiro? - Mark me encarou.

- Meredith veio no carro dela... Pra dividir as coisas - expliquei fazendo uma careta, falei que poderíamos levar a metade e depois buscar o restante, mas ela queria levar todos de uma vez.

- desde quando tem carro?

- meu marido me deu... É vermelho e reluzente, brilhante, muito brilhante - Meredith sorriu toda animada - vou começar a embalar os livros.

- não precisamos levar todos de uma vez - sugeri meio aflito, havia muitos livros.

- precisamos... Você disse que ia arrumar todos... Podemos limpar eles aqui, e lá só arrumamos - ela quase saltitou em direção ao seu antigo quarto.

- me ajuda! - sussurrei mostrando uma expressão de pavor para Mark, que começou a rir.

- cada um lide com a sua Grey - ele levantou a mão como se estivesse se rendendo, mas deu de ombros e fugiu para a cozinha.

- eu te odeio - falei para o meu amigo.

- amoooor?

- tô indo... - fiz uma careta que ela não poderia ver.

- pode pegar as caixas no carro? - Meredith parou na porta mostrando seu sorriso de boa menina.

- eu pego - concordei, me virei para ir buscar as caixas.

- Andy? - ouvia a voz manhosa de Meredith.

- você não me chama de Andy. Nunca.

  Virei e encarei Meredith, ela deu alguns passos na minha direção e me deu um beijinho no nariz.

Love story IIOnde histórias criam vida. Descubra agora