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Capitulo cento e cinquenta e quatro: A casa nova.Por: Andrew Delluca.
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Obrigado por ser a parte mais reconfortante da minha vida neste momento. Obrigado por sempre ser o farol de que eu preciso toda vez que me sinto perdido, quer você queira me iluminar ou não. Eu me sinto grato pela sua existência...
É Assim que Começa (livro)
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Eu acreditava que era um homem de sorte, ver Meredith e minha mãe sendo amigas, rindo sobre algo que não fazia idéia, mas elas gargalhavam andando juntas na nossa frente, dei uma olhada para meu pai que deu de ombros, fomos trocados por nossas esposas, e estávamos servindo apenas para carregar sacolas, elas só olhavam para trás e falavam "vamos entrar nessa loja" e entravam, estávamos fazendo isso outra vez, olhei em volta e procurei um lugar para sentar, Bernardo avistou e me indicou, seguimos até os sofás em um canto e sentamos.
- elas passaram a viagem toda conversando - meu pai comentou.
- tenho até medo.
- primeira só bobagens sobre a casa... Depois assuntos sérios.
- muito sério?
- sim, acho que elas pensaram que eu não podia ouvir - ele riu como se estivesse orgulhoso de ter ouvido - sua mãe falou algumas coisas... Eu sempre soube que ela abriu mão de muita coisa para estar comigo.
- e isso lhe deixou preocupado?
- não exatamente... Mas ainda sim, parece que roubei algo dela.
- sinto que estou roubando algo de Meredith - murmurei.
- nisso sua mãe tem toda razão... Quando fala que você e Meredith começaram uma vida quando casaram, são a prioridade um do outro, e Meredith pensa a mesma coisa.
- ela é incrível né? - a olhei andando pela loja, observei o momento que ela parou e olhou na minha direção, abriu um grande sorriso e mostrou o vestido que segurava, aprovei com um gesto de cabeça.
- ela é... Já estou ansioso por ser avô.
- acredite pai... Eu tô ainda mais, literalmente tenho sonhado com uma menininha.
- será?
- não sei, mas acho que é a hora...
- o que acha desse? - Meredith se aproximou perguntando - acho que tenho que começar a comprar roupas para acomodar uma barriga.
- Meredith - fiz uma careta, ela estava adorando brincar com isso, não via essa tranquilidade em falar sobre um possível bebê a um ou dois meses atrás, era sempre muito vago e temeroso, agora ela simplesmente falava isso a cada dez palavras e cheia de empolgação, o que só me deixava mais feliz, porque a ver triste me matava de um jeito estranho.
- só tô brincando - ela mostrou a língua e seguiu em direção a Elise.
- acho que ela também está ansiosa por isso.