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Capítulo cento e sete: acampamento em família.

Por: Meredith Grey.

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Eu aprendi muito mais com os meus erros do que com meus acertos.

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   Eu acho que a mudança real nas nossas vidas foi a rotina, ela teve que mudar, acordar um pouco mais cedo para chegar a tempo na faculdade, no horário do almoço antes do trabalho acabamos almoçando com os pais de Andrew ou em casa, as vezes íamos algum restaurante, no final do dia voltamos pra casa ansiosos nos primeiros dias parecia tão longe, mas depois acostumamos, e a distância se tornou pequena, o caminho íamos conversando sobre nosso dia, eu sobre as novidades do gabinete e Andrew sobre as novidades da editora, assuntos aleatórios, e nosso novo esporte favorito, ler notícias nos sites de fofoca, não só sobre nossa vida que tinha virado pública desde que representei Bernardo, a parte boa era que já não era tudo ruim, os fãs dos meus livros comentavam muito, e quando descobriram que Andrew tinha um curta metragem que foi exibido no festival de Toronto começaram a postar sobre isso e repostar cortes do filme, além dos fã clubes que surgiram dos livros e do casal, o casal Andrew e eu "merluca" ficou conhecido, os leitores imploravam por novidades nossas.

- tem novos edits nossos - comentei.

- quero ver em casa.

- depois do pronunciamento do seu pai as fofocas diminuíram... Tô começando a sentir falta - falei brincando.

- sei.

- acha que vai parar?

- duvido, se a intenção é fazer ele perder nas próximas eleições... Só estão dando um tempo.

- isso é uma merda - suspirei - olha... Novidades.

Nosso novo hobby de ler fofocas não se resumia apenas a nossa vida, mas também dos famosos, principalmente de escritores famosos e pessoas envolvidas no mundo do cinema. Comecei a ler a matéria para Andrew.

- eu sabia que ele tava tendo um caso.

- que babaca, a amante é feia... Mil vezes a esposa... Por favor, se um dia tiver uma amante que ela seja mais gostosa que eu.

- por isso nunca vou ter, impossível achar alguém mais gostosa que você.

- sei...

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Aprendemos a compartilhar, a respeitar o espaço um do outro — essa parte foi mais fácil pra mim por ter irmã — mas Andrew era tão bom em ser bom para mim que não teve dificuldade em entender que as vezes só não estou feliz, feliz, tivemos muitos meses de convivência pra ele saber quando as vozes na minha cabeça me atormentavam, também aprendi a entender que ele tem mais dificuldade em compartilhar seus medos, até sua ideias, estamos ficando bons nisso em ser casados, o que eu tive dificuldade em aprender foi que teria pessoas para cuidar da casa, o que era importante por que a casa era imensa, mas acordar e ter alguém preparando meu café, nos primeiros dias fiz cara feia, mas Aurora era tão gentil que passei a gostar de ter ela na casa, ela dava aquela sensação de uma mãe cuidando da gente, apesar dela ter apenas quarenta anos, não dava pra ser minha mãe, só se tivesse engravidado muito cedo, mas ela era gentil.

O natal foi celebrado na casa do lago, toda família reunida outra vez ali, no ano novo Andrew e eu decidimos viajar e conhecer o México, o ano começou com tudo nosso último semestre de faculdade, nossos últimos dias naquele ambiente caótico como dizia Edmund.

Love story IIOnde histórias criam vida. Descubra agora