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Capítulo cento e dezenove: A fúria Grey.
Por: Andrew DeLuca.
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A dor, você simplesmente tem que sobreviver a ela, esperar que ela vá embora sozinha, esperar que a ferida que a causou, sare.
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Depois do evento fomos para casa, estava tarde, a gritaria teria que esperar, mas ainda compramos comida chinesa para nós dois, Meredith estava feliz, pelo menos parecia, ela ligou o som do carro e começou a cantar, cantei também mais alto e bem desafinado, sabia que ela ia reclamar, exatamente por isso eu fazia.
- ah, não - ela pediu rindo e tampando os ouvidos com as mãos, continuei cantando - eu imploro.
- o que? Eu canto bem - parei a cantoria.
- não amor, infelizmente esse talento você não herdou da sua mãe - ela gargalhou.
- deveria mentir, é minha esposa - reclamei.
- sou sua esposa... Mas nos meus votos eu não falei nada sobre mentir, na verdade eu prometi sempre falar a verdade... Você é um riquinho, mimado... E canta mal.
- não me provoca, estamos sem sexo a quase um mês - reclamei.
- que terrível...
- Meredith?
- gosto de te ouvir chamar meu nome, lembro dos nossos votos... Você falando que...
- é a esse nome que pertenço - repeti - nada mudou... Sou seu para sempre.
- quero me desculpar por ter te afastado - ela parou de sorrir e me fitou.
- tá desculpada - peguei a mão dela e beijei.
- você é incrível...
- nos dois somos, juntos somos muito melhor.
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- pra onde vai toda arrumada?
- queria me levasse até o gabinete... Ainda não posso dirigir, marquei com a sua mãe para irmos ao cartório depois.
- claro - controlei minha animação, estávamos evoluindo, mas eu não falava nada, só deixava ela decidir.
- segura o sorrisinho, provavelmente eu vou brigar com todo mundo.
- tudo bem - sorri - quando sair da editora te busco e vamos ver sua irmã.
- tá bom - meredith pegou suas coisas e descemos juntos.
- e o livro?
- não quero escrever ainda - ela fez uma carreta - ainda não.
- tudo bem... Não tem pressa.
- precisamos ir ao mercado... Aurora me entregou a lista de compras, não sei como ainda temos comida ou roupas limpas - meredith pegou a lista e mostrou.
- caramba... Passamos na sua irmã, depois vamos ao mercado.
- talvez minha sogra possa ir comigo, ainda não posso trabalhar... Só vou no gabinete falar com Bernardo, Elise vai me buscar lá.
- tá querendo se livrar do seu marido? - estreitei o olhar.
- claro que não... Mas podemos conversar, acho que vai ser bom.
- então te busco em casa - sugeri.
- combinado.
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