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Capítulo cento e quarenta e quatro: Saudade de casa.

Por: Meredith Grey.

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Em meio ao silêncio, encontro minha voz mais autêntica.

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Já era nítido que a praia estava surtindo seus efeitos, já estava levemente corada, e com marquinhas do biquíni, estava analisando esse pequeno detalhe enquanto me arrumava, sentei por um segundo enquanto analisava o quanto havia mudado nos últimos anos, meu cabelo, minha roupas, até meu jeito de falar, não que eu não falasse bem, mas sentia que havia mudado, minha postura, pouco se via da Meredith de quatro anos atrás a garota reclusa, que tinha medo até de ser tocada, eu não era como antes do trauma, nada em mim lembrava aquela garota, mas também não existia muito da garota depois do trauma, só dá Meredith depois do Andrew, a que voltou a se amar e ser livre, e eu gostava dessa nova versão.

-  o que está pensando?

- eu... - olhei meio sem graça para meu marido - estava olhando o meu vestido - apontei ele no cabide, também estava me olhando bronzeada.

- está mesmo - ele riu - e o que mais?

- eu não tenho mais nada daquela garota que você conheceu na faculdade.

- porque acha isso? - Andrew mostrou um olhar confuso, suas sobrancelhas se uniram com a surpresa do que falei.

- meu cabelo, minhas roupas ... Meu jeito... Não sei, não vejo mais nada da garota que você implicava.

- só tudo - Andrew bufou - você ainda é a mesma pessoa, só que feliz, livre, desinibida, realizada.... E com mas experiência, com novos aprendizados.

- você me transformou nessa pessoa.

- não, você se fez assim... Eu só mostrei que você poderia ser livre e feliz - senti seu beijo em meu ombro - deveria se arrumar, ou vamos nos atrasar.

- sem atraso - levantei rápido - me ajuda com o vestido?



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Era tão fácil conversar com Andrew, ele me entendia com poucas palavras, conseguia ver além do que eu dizia, e sempre estava lá pra me ouvir, não apenas ouvir, mais realmente se importar com o que pensava, ouvir sobre os devaneios dos meus livros, e se empolgar.

- ele vai mesmo fazer isso?

- vai... Acho que ela merece esse choque de realidade, para parar de ter tanto medo da mãe.

- tem razão.

- vou fazer o acidente também... Para ELE ter o próprio choque de realidade.

- ele ama... Só tá com medo.

- sim... Ele sempre foi apaixonado por ela, ainda é, mas depois de ser deixado por uma carta...

- eu não sei se perdoaria.

- se for amor, o perdão é algo existente.

Love story IIOnde histórias criam vida. Descubra agora